Capítulo 39: Um Problema

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Severus entra em uma sala que, a princípio, parece estar vazia. A porta se fecha atrás de Severus e se tranca. Severus consegue esconder qualquer reação que tenha a isso, e segue para o outro lado da sala.

Lord Voldemort está estirado em um sofá no outro extremo da sala, parecendo muito ele mesmo novamente.

Quando Severus se aproxima, Voldemort gesticula para o tapete ao lado do sofá, onde Nagini está enrolada em frente à lareira.

"Ah, obrigado," Severus murmura. Ele tira um frasco do bolso e transfigura sua tampa para coletar veneno. "Ela vai cooperar comigo?"

Voldemort sussurra algo vagamente ameaçador para a cobra. Severus não vacila quando Nagini se desdobra e desliza em direção a ele. Ele se agacha e coloca o frasco no chão. Voldemort sussurra algo mais, e Nagini bate na tampa do frasco, então deixa seu veneno escorrer nele. Nagini deixa escorrer por cerca de um minuto antes de voltar para a lareira.

Severus guarda o frasco no bolso e se vira para encarar o Lorde das Trevas.

"Estou feliz que você veio ao baile," murmura Voldemort, olhando para Severus com os olhos semicerrados, seus lábios entreabertos. A visão dele tira o fôlego de Severus.

Severus está muito excitado. Essa é a única justificativa que lhe ocorre para o fato de que ele se empoleira na beirada do sofá ao lado de Voldemort, apoia a mão direita no encosto do sofá, se inclina e pressiona seus lábios.

Os lábios de Voldemort - ele tem lábios - são flexíveis e dóceis. Ele retribui o beijo de Severus, com ternura, como se Severus fosse algo precioso. Uma das mãos de Voldemort sobe e se enrosca no cabelo de Severus. A boca de Voldemort se abre, e a língua de Severus encontra seu caminho para dentro, como um leve pincel no início, ficando mais forte. Severus inclina a cabeça para um ângulo melhor enquanto eles continuam se beijando, e então ele tem que recuar um pouco para recuperar o fôlego.

A mão esquerda de Severus se levanta e acaricia a bochecha de Voldemort. "O que você quer comigo?" Severus pergunta, sem fôlego.

"Eu já te disse," Voldemort diz, um lado de sua boca se curvando em um meio sorriso. "Quero seus talentos e sua lealdade de volta."

Voldemort coloca a mão sob as vestes de Severus e esfrega a parte externa de sua calcinha. "Eu também quero o seu pau", diz ele, a outra metade de sua boca se curvando em um sorriso completo.

Severus não precisa de mais convites. Ele se levanta brevemente para tirar suas vestes e suas calcinhas. Enquanto ainda está deitado, Voldemort se contorce para fora de sua própria roupa. Severus olha enquanto Voldemort expõe seu corpo. Cada centímetro dele é totalmente pálido. Velhas cicatrizes brancas cruzam seu peito. Sua caixa torácica é visível sob a pele que parece estar dolorosamente esticada sobre uma armação grande demais para isso.

Severus engole em seco enquanto se senta no sofá. Voldemort move as pernas para um lado para dar espaço. Severus estende a mão e estende a palma contra o peito de Voldemort. A pele parece fina como papel. Mas Severus pode sentir um forte batimento cardíaco sob sua mão. O ritmo parece reverberar através dele.

"Você está tão... vivo," Severus se maravilha, e então cora quando ouve o quão estúpido ele soa.

"Eu estou," Voldemort concorda. Ele não ri. "Graças à você."

"Você teria vivido sem mim," Severus diz instantaneamente, com desdém.

"Oh, Severus," suspira Voldemort. "Existir como um espírito desencarnado, sem comida, sem dormir, sem toque. Ou ficar confinado ao mundo atrás de um retrato. Não é viver de verdade."

Um caminho inconvenienteOnde histórias criam vida. Descubra agora