Capítulo 30: Como consequências

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Severus retorna às masmorras para encontrar um perturbado garoto de quatorze anos sentado no chão, caído contra a porta.

"Severo!" grita Harry, e ele se levanta de um salto e joga os braços ao redor de Severus. "O que aconteceu? Eu não consegui te encontrar e eu estava tão preocupada."

"Venha para dentro, criança," diz Severus em uma voz levemente repreendedora, separando-se de Harry. O corredor está vazio, mas Harry não se certificou disso antes de sua explosão. Severus abre a porta e empurra Harry para dentro, fechando a porta atrás deles.

"Sente-se", diz Severus, direcionando Harry para o sofá. "Sparky, chá", ele ordena de um elfo doméstico. O elfo doméstico não aparece, mas o serviço de chá sim.

Severus coloca açúcar em uma xícara e entrega para Harry. "Beber."

Harry obedece, mas ainda encara Severus com os olhos arregalados. "Diga-me o que aconteceu ", diz ele, quase choramingando.

Severo sim. Ele conta a Harry tudo o que sabe. Ele apenas deixa de fora suas provocações para Dumbledore sobre seu plano de dormir com Lucius Malfoy, que não é um plano real e que Harry não precisaria saber mesmo que fosse.

"Oh," suspira Harry. "Graças a Deus Cedric está vivo. Eu não acho que eu poderia suportar se ele tivesse morrido esta noite, quando Você-Sabe-Quem me queria em vez disso."

Severus bebe seu próprio chá e não diz nada.

"O que fazemos agora?" Harry pergunta com uma voz queixosa.

"Nós dormimos," Severus diz gentilmente. "É muito tarde."

Harry dá a Severus um olhar indignado.

"Nós não fazemos nada," Severus suspira. "Nós sempre soubemos que esse dia estava chegando e... Nós. Fazemos. Nada."

"Posso dormir aqui esta noite?"

"E preocupar seus amigos assim?" Severo repreende.

"Tudo bem," diz Harry, caindo no sofá. "Mas, por favor, não me faça subir sozinho até a Torre da Grifinória."

Severus não estava planejando isso, e ele acompanha o menino por nove lances de escada, então lhe dá boa noite.

Harry ainda parece ansioso, então Severus coloca a mão no ombro do garoto. "Nós vamos superar isso," Severus diz, suas costas bem retas. "Nós vamos."

Harry dá a Severus um sorriso fraco, então entra na sala comunal da Grifinória.

No café da manhã do dia seguinte, Dumbledore não diz nada sobre Voldemort. Ele apenas pede aos alunos que deixem Cedric Diggory em paz. Cedric não está presente no café da manhã. Nem Dumbledore explica o que aconteceu com Moody; ele apenas anuncia que Defesa Contra as Artes das Trevas está cancelada até novo aviso.

Harry, Ron e Hermione também não falam sobre Voldemort. Eles vão para a aula, jogam xadrez e discutem os resultados dos exames. Todos os três chegaram ao quinto ano, e Hermione é a melhor do ano novamente, é claro.

Ron finalmente conta a Harry sobre o encontro que a Sra. Weasley teve com Dumbledore antes de ir para casa. "Ela foi perguntar a ele se você poderia vir direto para nós neste verão", diz ele. "Mas ele quer que você volte para os Dursleys, pelo menos no começo."

"Ele disse por quê?" Harry pergunta. Ele sabe perfeitamente bem o porquê, mas se pergunta se Dumbledore está disposto a contar a verdade aos Weasleys.

"Ela disse que Dumbledore tem suas razões," diz Ron, balançando a cabeça sombriamente. "Suponho que temos que confiar nele, não é?"

"Nós temos?" Harry levanta uma sobrancelha. "O que o torna excepcionalmente qualificado para nos dar ordens?"

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