Capítulo 15: A Fuga do Rato

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Harry aproveita sua primeira oportunidade para confiar em seus amigos em uma sala de aula vazia no dia seguinte. Ele diz a Ron e Hermione que há um retrato de Voldemort no castelo, e Snape acha que é a coisa real - o verdadeiro espírito preso lá de qualquer maneira - e Harry está inclinado a concordar com isso. Ele expõe sua teoria de que Black está tentando se juntar a seu mestre e conta a eles sobre a pintura de cobras onde Voldemort falou com Harry para lhe dar respostas, respostas que apenas Voldemort poderia saber.

"Isso é mental," Ron protesta imediatamente. "Dumbledore finalmente cedeu. Ele não pode manter um retrato sangrento de Você-Sabe-Quem em uma escola!"

"Harry, se você ainda não falou com Dumbledore sobre isso, não deveria tirar conclusões precipitadas", é a opinião de Hermione sobre o assunto. "É muito perigoso, nunca mais vá procurar aquele retrato!"

"Eu não planejo isso," Harry murmura, e ele fala sério. Sua conversa com Voldemort foi perturbadora em muitos níveis.

"Oy," diz Ron, cuja bolsa começou a se mover. "Saia, o que você está fazendo!"

Ron não está falando com sua bolsa, mas com algo dentro dela. A bolsa cai no chão, se abre e seu rato de estimação, Perebas, sai voando de cima. Perebas corre para a liberdade pelo chão da sala de aula, e Rony grita e se joga atrás de Perebas, mas é tarde demais. O rato desaparece debaixo de uma tábua do assoalho e desaparece.

"Ah, não," diz Hermione. "O... o rato de Ron acabou de fugir de nós?"

Harry dá um tapinha desajeitado nas costas de Ron. Ron parece extremamente chateado.

"Desculpe, cara. Algo engraçado está acontecendo com ele," diz Harry. "Você não disse que ele ficou doente enquanto você estava no Egito? Talvez ele tenha pegado uma maldição."

"Vou perguntar ao Bill," Ron concorda tristemente.

Harry e Hermione fazem contato visual, e Harry sabe que ambos estão pensando em como são gratos por Ron não poder culpar o gato de Hermione por este episódio.

Snape e McGonagall se unem contra Harry para sugerir que ele pule a próxima partida de Quadribol. Snape acha que Quadribol é, em geral, o destino de Harry; McGonagall está preocupada com o fato de Harry estar no campo de Quadribol sem supervisão com Sirius Black vagando por aí.

Harry se recusa, à queima-roupa, a deixar o Quadribol. É uma de suas poucas fontes de felicidade absoluta, e ele não vai desistir.

Um dia antes da partida, Snape substitui Remus Lupin em Defesa Contra as Artes das Trevas. Esta é uma ocorrência estranha e surpreendente - Snape não tem o suficiente para lidar com sua própria carga de aula? - mas Harry descobre imediatamente que ele tem uma agenda.

Snape dá aula sobre lobisomens.

Harry suspira, coloca o cotovelo na mesa e o queixo na mão, e fica olhando pela janela durante a aula.

Harry não sabe o que pensar sobre Remus Lupin. Sabendo que Lupin era um bom amigo de James Potter, é difícil aceitar que Lupin não fez nenhum movimento para se aproximar de Harry ou fazer amizade com ele fora da aula.

Harry também acha, entretanto, que as tentativas de Snape de revelar o segredo de Lupin são meio... mesquinhas. Snape disse a Harry que Lupin toma uma poção todo mês para garantir que ele não seja um monstro assassino, e Lupin é o primeiro professor competente de Artes das Trevas que Harry teve, então não há razão para expulsá-lo da escola – além disso. Snape simplesmente não gosta dele.

Snape pode ser o adulto mais competente que Harry conhece, mas Harry percebeu que seus padrões são muito baixos.

Após a aula, Hermione parece desconfiada e pensativa, e tem que correr para a biblioteca. Harry tem certeza de que ela descobrirá o segredo de Lupin em questão de horas ou dias.

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