LVII

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Te esquecer foi mais fácil que pensei, te desligar da minha vida sem olhar para trás. Você tornou isso menos difícil quando todos os dias me quebrava pouco a pouco, quando me mostrava que seu amor nunca seria meu do jeito que prometeu, quando me fazia refém de sua própria carência de atenção, de seus próprios problemas pessoais sem se importar com o que eu sentia, apenas sendo egoísta, fazendo o que você mais bem faz. Hoje passo pelos lugares onde andei com você e já não sinto absolutamente nada, nenhum resquício de amor, nenhum resquício de dor, simples indiferença em relação a você e a tudo que vivemos em um passado do qual não quero me prender, me lembro dos juramentos que fizemos que sem questionar fez questão de quebrar, e mesmo depois de tantos erros eu ainda fui capaz de por tudo te perdoar. Te entreguei meu tudo, meu eu completo, meu ser, minha alma, meu coração, te amei com todas as minhas forças até minha última gota de razão, para logo em seguida perceber que tudo que fiz por ti foi em completo em vão, por que em troca de tudo isso a única coisa que recebi foram pedaços quebrados de um coração. Queria poder te desconhecer, das minhas memórias te deletar, como se nunca houvesse existido, como se nunca tivesse aparecido para em destroços me deixar. Queria voltar ao começo e de ti fugir no momento em que te esbarrei, queria ir ao passado e mudar o momento em que a ti me entreguei, e eu queria que fosse realmente fácil te superar como sempre digo que te superei.

Des(casos) de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora