LIV

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Eu caminho até você, tento te alcançar, estendo meus braços para perto de ti mas quanto mais te quero por perto, mais você tenta se afastar. Olho para trás procurando o que um dia já foi nosso amor, e que agora resta somente migalhas, frangalhos do que o vento levou. Os tempos passaram, as estações mudaram, e eu me perdi de você, nos separamos no labirinto que chamamos de viver, seguimos outros destinos, sem ser o que planejamos onde eu estaria junto a você. Te grito com o eco do vazio de minha alma, mas você segue em frente com um sorriso no rosto, parecendo que não lhe falta nada. Chegamos ao nosso trágico e fatídico fim que juramos nunca passar. Mas acho que nessa promessa você estava de dedos cruzados por que tão de pressa fez questão de a quebrar.vi o vislumbre do nosso para sempre ao passar despercebido pela rua de nossa antiga casa, cheia de memórias ausentes de onde um dia foi nossa morada, onde um dia floresceu o amor, onde também conhecemos a dor. A dor da falta de reciprocidade, a dor das mentiras ocultações de verdade, a dor de te tocar e não te sentir, a dor do eu te amo dito apenas para o silêncio não residir, a dor que deixamos nascer entre nós, a dor de perceber que mesmo juntos estávamos sós, a dor da perda, do sentimento ruim e é claro, a dor de ter que aceitar que chegou o nosso fim.

Des(casos) de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora