" Eles virão... "

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🚫🚫🚫🚫🚫  Esse capítulo pode conter gatilhos, é por inteiro cheio de conteúdos sensível e perturbadores, não leia se não puder lidar com as emoções descritas aqui. Por favor priorize sua saúde mental e emocional 🚫🚫🚫🚫 E não deseje o mal da escritora 😢





1° Mês

Os dia já não existiam, as noites eram todas iguais a única diferença era a tortura experimentada por Gulf naquele quarto. Os pulsos tinha enormes e constantes manchas roxas, graças às cordas de linho, diferente da primeira vez, o garoto agora estava sempre desperto quando as maldades de AA vinham até seu corpo, exatamente agora o homem remexia em uma pequena mala, enquanto Kanawut estava preso a cama. As lágrimas quase não saiam mais devido a quase desidratação, Pattarabut se aproxima tocando seu pé, preso por uma tira de couro e firmemente fixa na lateral da cama — Lembra ontem quando me chutou bebe !? – o sorriso era assustador e debochado, o brilho da agulha veio antes de Gulf sentir o objeto invadir o espaço do entre a carne e a unha do pé direito — Agora não vai mais conseguir...



2° Mês

— Late cadela... Late e implorava pela comida – as lágrimas perdidas a um tempo agora retornam devido a humilhação sofrida. Por 3 dias Kanawut ficou sem nenhuma alimentação, sua única fonte de hidratação era a água da banheira que havia se tornando um novo pesadelo em sua vida, sendo assim Gulf praticamente não ingeriu comida ou líquidos nessas últimas 72 horas, agora pelo menos liberto das amarras, ele é obrigado a ficar de quatro em frente a Pattarabut, o mingau aguado e fétido não era nem um pouco apetitoso, mas o corpo de Gulf já não suportava mais,  ele precisava de qualquer coisa pra se manter vivo, ele sabia que Mild logo estaria ali, ele não podia desistir, engoliu em seco sentindo a garganta arranhar, a boca parecia cheia de areia, mas ainda sim ele se forçou — A... au... au – por um momento Gulf até cogitou coletar as próprias lágrimas e usar como fonte de água, mas os braços tremiam sem força nem pra manter seu corpo erguido — Bom toto, agora pode comer – praticmente se arrastando Gulf quase alcança o pequeno pote, quando o resmungo veio do agressor — Tcs tcs, mas deve comer como um bom cachorrinho – segurando o pote, Kanawut sente sua angústia crescer quando o pote de comida é virado sob sua cabeça e o mingau escorre por seus cabelos, um dia brilhantes e cheio de vida, mas que agora eram opacos e bagunçados — Não deixe nada no chão – misturando suas lágrimas ao líquido aguado, Gulf esfrega a mão no piso sujo de madeira e leva a mão até a boca, sorvendo qualquer nutriente que pudesse tirar daquele lixo. Enquanto o outro continuava a lhe humilhar e abusar psicológica de si, seus pensamentos se concentravam em uma única frase " Eles virão... Eles virão... Ele vira !!"



3° Mês

A perna latejava, o roxo da carne era quase preto agora, se perdurando pelas paredes Gulf se arrasta pelo espaço rumo ao banheiro, molhando uma toalha ali esquecida, ele limpa o suor do pescoço e testa, além de alocar a toalha sobre o ferimento, tinha certeza que estava inflamado e possivelmente com febre. Ah dois dias a "brincadeira da noite" foi pisar em seu tornozelo e ver até onde Gulf aguentava, a " brincadeira" terminou quando o estalo do osso foi ouvido e o grito rouco do garoto ecoou pelo quarto.

As luzes da lanterna eram direcionadas pro chão, sendo erguidas precisas em certos pontos estratégicos, os vultos pretos se espalhavam pela pequena casa, o aspecto precário era evidente, parecia até que ali não existia vida, mas a investigação foi precisa, não havia erro, era aqui — Todos em suas posições, todos tem o alvo em evidência, ninguém além dele, eu repito ninguém além dele – as instruções eram passadas via rádio. A operação montada a 3 meses, foi conturbada, usando de todos contatos que tinha Suppasit consegui contatar um agente de alta patente na S.W.A.T. Max Nattpol era um conhecido ex-comandante dessa força tarefa, o que era perfeito pra Supassit, pois tudo feito aqui era extra oficial. Mew passou noites em claro em busca do paradeiro de Kanawut, interrogou homem por homem envolvido naquele acidente ( os que haviam sobrevivo pelo menos ) Apo lhe fez jurar que encontraria e traria Kana com vida, o segurança e amigo não estava aqui pra encontrar Kanawut pessoalmente. Seus ferimentos foram sérios, duas cirurgias e 6 meses de fisioterapia pela frente. Mild também havia caído em depressão pelo sumiço do modelo, nem Park o novo namoradinho conseguiu acalmar o secretário. Mas agora tudo era passado, agora finalmente Mew o teria de volta, não sabia nem se tinha esse direito, não tiveram nada além uma ficada, mas em seu peito era como se uma parte de seu coração tivesse sido arrancada do peito — Mew é agora – Tul chama seu nome, sinalizando que os atiradores já estão posicionados. Mew e mais dois homem de Max invadem a casa, subindo a escada precária enquanto outros se espalham vistoriando os demais espaços da casa. Suppasit faz sinal mudo indicando que eles fossem adiante no corredor, como se sentisse estava no lugar certo ele arromba a porta...

...

— Vadia onde vocês está ? – Gulf se assusta com a voz exaltada de AA, ele sempre apareceu calmo, ele sabia que tinha toda situação em seu controle, vê-lo daquele jeito era estranho, assustado ele tenta se esconder no banheiro, mas como o mesmo não tinha porta, de nada adiantaria, sendo arrastado de volta pro quarto, Gulf tropeça caindo no chão — Maldita cadela, não tenho mais tempo pra brincar, nossa história termina aqui – a faca foi erguida, os olhos de Gulf se arregalaram, as lágrimas queriam sair, mas ao mesmo tempo ele já não se importava mais, com toda certeza o fim seria melhor do que continuar ali, ele não tinha mais pelo que sonhar, aqueles a quem ele esperava nunca vieram. Seus olhos se fecharam e ele apenas esperou que a dor acabasse e seu último suspiro fosse mais leve. O rosto se tornou molhado, quando o estouro do tiro ecoou ali, o grito de AA foi de dor, e Kanawut não esperava por aquilo, ao abrir os olhos ele pode ver as manchas de sangue em seu rosto, o homem todo de preto se punha a sua frente com a arma ainda em punho...

Supassit não podia acreditar no que via diante de si, sim era ele, mas de certa forma não era mais. A pele chocolate era manchada por roxos e vermelhos, o brilho dos cabelos já não existia mais, o corpo era pele e osso e os olhos pareciam opacos — Por buda – a arma é jogada no chão enquanto o mais velho se ajoelha perto do modelo — Gulf, Gulf pode me ouvir, eu estou aqui, esta tudo bem agora – os olhos de Suppasit se enchiam de lágrimas, o peito doía como se tomasse uma facada, e tudo piorou quando os olhos de Kanawut se arregalaram e o menor se afastou assustado. Ver aquela cena era chocante demais, Mew sabia que não seria fácil, mas o que via ali agora era doloroso. Gulf se encolhia contra cama, apenas murmurando algo indecifrável, mas o choro era claramente compreendido por Mew, que se manteve parado segurando o nó na garganta — Kana, olha pra mim por favor – tirando a máscara negra que cobria seu rosto ele implora pela atenção do menor, o delicado nome provoca um pequeno reconhecimento no garoto, que ainda assustado vira apenas o rosto em direção ao segurança, mas a cena de terror só ficam pior, um barulho surge as costas de Mew — Sua cadela ingrata !!! – Pattarabut avança em direção a Gulf com a arma em punho, Suppasit teve que agir rápido, se colocando à frente de Kanawut o segurança rapidamente chuta o joelho de AA, fazendo o homem cair pra fora da quarto, mas não rápido o suficiente pra que a bala fosse evitada. O brilho e o cheiro de pólvora se espalha pelo quarto, enquando o sangue mancha a camisa de Mew.

Pattarabut se ergue aos tropeços vendo as lanternas que correm pela casa, mancando ele se arrasta pelas escadas trocando alguns tiros com os homem que se espalham por ali, já ao fim da escada, ele podia ver a luz do lado de fora, o carro escondido ao fundo da propriedade já estava pronto pra fuga, ao alcançar a sala principal da casa AA tem tempo apenas de soltar um palavrão antes que o barulho ecoasse ao seu redor. O corpo alvejado pelos tiros cai imóvel e quase desmanchado no chão. Max da o comando de cessar fogo e se aproxima, indicando aos outros que continuassem a inspeção em busca de possíveis comparsas. Prontamente o mais velho sobre as escadas em busca de vitimas e do segurança que havia passado por ali minutos antes, ao chegar ao quarto o medo lhe toma. Sentado no chão e escorado na cama, Suppasit estava desmaiado com o pequeno garoto também adormecido em seus braços .





 Sentado no chão e escorado na cama, Suppasit estava desmaiado com o pequeno garoto também adormecido em seus braços

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