" Na proxima vez... "

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O garoto ainda trêmulo era auxiliado a levantar por uma enfermeira, quanto Mew era socorrido pela equipe médica - 10 miligramas de Diazepan, contenham ele - as ordens do médico vinham altas, enquanto o corpo do segurança era segurado pelos enfermeiros e a lanterna do médico buscava a reação das pupilas - Venha querido, vamos sair daqui - vendo o estado abalado do garoto a pequena mulher o leva pra fora do quarto, em sua cabeça apenas uma frase se repetia " não foi um sonho", "não foi um sonho ", dentro de suas frustrações e magoas, ele não se atreveu a perguntar sobre o mais velho. Mas como apenas Brigth e Mild haviam vindo lhe visitar, ele imaginou que o segurança já houvesse lhe esquecido, passou meses e agora dias achando que só ele sonhou com mais do que os beijos que trocaram aquele dia. A pequena senhora lhe senta na poltrona da sala de espera que agora estava vazia - Se acalme, vai ficar tudo bem, ele é um homem forte - a senhorinha que parecia ter por volta de seus 60,70 anos fazia um delicado carinho no dorso da mão de Kanawut - A senhora tem cuidado dele ? - ele ainda estava muito assustado, ver Mew depois de tanto tempo dessa forma, era algo que Gulf não esperava - Oh sim por muitos anos - o olhar da mulher era tão brilhante e o sorriso tão doce que aos pouco Gulf se sentiu relaxar, o peito parecia mais leve e a cabeça mais centrada - O que houve com ele, por que.... Ele está assim ? - ele lembrava do que a enfermeira dissera " salvando seu amado " e ele jurava ter visto Suppasit naquele dia, até agora a última parte foi tida como loucura de sua cabeça, delírios de uma mente cansada e desejosa, alucinações de um coração assustado, mas agora... poderia ser verdade !?

- Meu pequeno Boo sempre foi uma criança doce e calorosa, mas nunca teve o carinho que merece, ele se culpa por coisas das quais ele não tem controle, mas seu coração é tão puro e grande quanto a beleza de seu rosto. Acredite pequeno ele nunca lhe esqueceu, desde o dia que se foi, os minutos de seu dia foram todos dedicados e você, suas noite foram martírios de culpa e saudade, seu estado atual é o resultado de uma auto punição que ele não merece. Por isso vim lhe pedir pequeno Bii, agora que não posso mais ficar ao seu lado, deixo em suas mãos a tarefa de cuidá-lo, tenha certeza que ele cuidará de você com o dobro da intensidade e dará a vida se preciso for pra te fazer feliz. Você é o único que pode chamá-lo de volta, pois quando as almas se encontram nem o tempo pode romper o fio do destino - ainda que tenha prestado atenção a mulher suas palavras eram confusas ao pequeno modelo, e ficaram ainda mais, quando uma enfermeira lhe chamou a porta

- Senhor Kanawut o que faz aqui ? - Gulf encara a mulher já se colocando em pé - Estava apenas conversando com dona... Oh perdão esqueci de perguntar seu nome - dizia ele já se virando para a doce senhora, mas para seu espanto e a confusão da enfermeira não havia mais ninguém ali. A sala estava vazia além dele - Senhor Kanawut, o senhor está se sentindo bem ? Sei que o que ocorreu no quarto deve tê-lo assustado, mas agora está tudo sob controle. Você pode voltar pra cama - Gulf ainda se mantinha imóvel e incrédulo, será que além de tudo agora estava alucinado ?

As enfermeiras até ofereceram alguns remédio para ajudá-lo a dormir, mas após os mesmos serem recusados elas deixaram o quarto, os aparelhos do outro lado da cortina voltaram a apitar normalmente, Gulf mordia os lábios, batucava com os dedos contra o lençol, as palavras da pequena senhora ainda ecoavam em sua memória, não podendo se controlar ele levanta e caminha - novamente mancando - até a cama alheia. Ao abrir a cortina, lá estava ele, do mesmo jeito de antes, agora apenas o cabelo um pouco mais bagunçado, as mechas haviam crescido e até escurecido um pouco de acordo com o que o menor lembrava. Se aproximando, mas ainda mantendo uma certa distância, Kanawut se posta ao lado de Mew. Os olhos nem trêmulos estavam, era como se ele apenas dormisse profundamente, se não fosse pelos cabos e tubos entrando e saindo de seu corpo. Kana engole em seco, sentindo os olhos arderem com algumas lágrimas, a visão daquele homem sempre tão alegre e sorridente pesou em seu peito. Completamente abalado Gulf não imaginou que tudo podia piorar, mas ao virar o rosto pra limpar as lágrimas foi quando tudo desmoronou de vez, a vaga lembrança ganhou força em suas memórias, o choro ficou mais intenso quando sobre a mesa de apoio, ao lado da cama a pequena pelúcia lhe encarava sorridente...

Quando dormiu Gulf não sabia, mas podia sentir o rosto gelado e pegajoso pelas lágrimas derramadas durante a noite - Bom dia senhor Kanawut, o senhor tem visita - a enfermeira sorria e dava espaço para que o recém chegado passa-se - Eu

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Quando dormiu Gulf não sabia, mas podia sentir o rosto gelado e pegajoso pelas lágrimas derramadas durante a noite - Bom dia senhor Kanawut, o senhor tem visita - a enfermeira sorria e dava espaço para que o recém chegado passa-se - Eu... eu não quero receber visita - o garoto se vira de lado encarando a janela perto de sua cama - Oh... bem, ele... ele também vai visitar o outro paciente - claramente sem graça a enfermeira informa e se despede, Gulf ainda não encrava o outro ali, mas sabia bem quem era.

- Oi Mewmew, sou eu Mild, como tem estado ? - a conversa se mantinha, mesmo que nunca houvesse resposta - Comigo está tudo bem, Park tem me ajudado muito e Baii e claro tem sido um ótimo patrão e amigo. Apo já fez todas as cirurgias. Você lembra como ele reclamava da fisioterapia !? Pois então, graças ao bonitão do Mile, o novo médico, agora ele vai as sessões com um sorriso de rasgar a cara - ainda que não fosse pra si, a risada dada por Mild aqueceu o peito de Kanawut - O resto do pessoal da mansão também está bem, todos a sua espera, e... Aquele alguém, também está melhor, não está sendo fácil pra ele, queria que ele me deixasse estar por perto, mas entendo o quão assustador deve estar sendo... Só quero que ele saiba que, estarei aqui, seja quando for, estarei bem aqui - a voz evidentemente chorosa era dita em frente a cama de Supassit, mas era claramente direcionada a Gulf que não podia conter as lágrimas que já caiam de seus olhos - Eu, acho melhor eu ir agora, acorde logo amigo, estamos todos com saudade - um pequeno silêncio veio antes - ainda por tras da cortina - mas logo a voz volta a desejar - Tenha uma noite tranquila Kana - o homem pega a pequena bolsa sobre a mesinha e já se dirigia a porta do quarto, quase se assustando quando a voz sussurra as suas costas arrancando um enorme sorriso do secretario - Na próxima vez... Que vier me ver, traga a princesa Coelho por favor.

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