" e si "

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4 horas antes 

— Hoii, não diga isso Kana, as pessoas vão levar a sério – Mild ria da piada mas seu rosto estava completamente corado — Só estou dizendo o que as fãs estão perguntando, se você não quer responder então talvez  devamos perguntar a P'Park,  o  que  acha Baii ?  – Gulf continuava a provocar o  amigo agora ganhando Bright como aliado — Humm devemos ligar pra ele ? – Vachirawit  já pegava o celular pronto a discar o número do segurança quando Apo os interrompe — Hoii Bright talvez devesse se preocupar com você, já que tem muitos comentários perguntado sobre seu casamento com nong Win também – Apo se divertia rindo das bochechas vermelhas de Metawin.

A live acontecia durante o almoço de amigos na casa de Kanawut, o dia havia sido cheio e o modelo sentiu que não havia dado atenção suficiente aos fãs, decidindo assim abrir uma live espontânea apenas pra conversar, o assunto relacionamento surgiu como sempre, mas dessa vez focado em Mild que passou boa parte da live rindo sozinho pra tela do celular. Os fãs haviam se tornado um parte importantíssima da vida de Gulf, o apoio que ele por muito tempo ignorou, dominado pelo medo de críticas e represálias por seu passado, bloquearam o menor a aproveitar as emoções positivas da vida, vendo agora os inúmeros comentários de amor e apoio não só a ele mas também aos amigos ao seu redor, Gulf lembra da época em que percebeu que ele não estava sozinho…





4 meses antes 

O pequeno gatuno descansava confortável sobre sua barriga, enquanto recebia pequenos cafunés de Kanawut, o menor havia se apegado aquela bolinha de pelos, agora graças as necessidades de animal, Gulf se permitia ir até o jardim, afinal o pequeno  animal não  tinha paradeiro, quando bem entendia se sumia em seus passeios noturnos, obrigando Gulf a buscá-lo pelo grande quintal. Em um desses passeio Kanawut  teve um encontro inesperado, um grupo de pessoas, de variadas idades estavam reunidas no pátio, acomodadas em uma coberta xadrez esticada na grama. As risadas compartilhadas ali aguçaram a curiosidade do garoto, sentando em um banco próximo aquelas pessoas, Kana apenas se deixava invadir pela graça das piadas sem graças contadas ali, até que alguém parece lhe chamar — Eii pisiu – sem saber ao certo se era consigo, ele prefere se manter em silêncio — Ei garoto bonito do cabelos negros – uma risada foi da logo depois da frase dita, não querendo se achar pelo elogio, mas sendo obrigado pela curiosidade Kanawut se vira, e com gestos pergunta se era a ele aquém chamavam — Sim você, gostaria de se juntar a nós? – o sorriso doce que vinha daquela senhora, deixou Gulf levemente corado, ele estava preste a recusar, quando uma garotinha de uns 10 anos veio até ele e lhe ofereceu um bombom, pegando sua mão e lhe puxando até onde todos estavam. Ao chegar lá, Kanawut recebe inúmeros sorriso, havia cinco pessoas reunidas, um homem já de idade, duas mulheres que pareciam ter sua idade ou um pouco menos, uma senhora que com certeza era a mais velha ali e a pequena criança, que dá uma batidinha no espaço ao seu lado pra que o garoto sentasse ali. 

Kanawut não sabia porque, mas todos pareciam felizes com sua presença, o ar a sua volta era de tanto acolhimento que ele não pode negar o convite, e retribuindo a doçura da menor ali, ele se sentou. — Qual seu nome meu doce ? – a pergunta veio da mais velha, Gulf se sentia um pouco incerto em responder — Oh tudo bem, todos aqui são meio louquinhos mas não representam riscos, sinta-se a vontade conosco – todos mantinham o sorriso largo e brilhante, claramente lhe convidando a fazer parte do que quer que fosse aquilo ali — Me chamo Gulf – piscando inúmeras vezes, o modelo sente como se de alguma forma um peso saísse de seu peito. Fazia tempo que ele não sequer falava com outras pessoas, apenas Prin e Saint ouviram suas mínimas palavras nos últimos meses — Seja bem vindo Gulf, e um prazer te conhecer – quem lhe dirige a palavra é o homem ali, a quem Gulf deveria ter medo segundo sua mente, mas que lhe encrava de olhos tão meigos que na verdade despertou uma espécie de compaixão em seu peito. Um cicatriz se estendia do queixo até abaixo do olho esquerdo do senhor, ao perceber que encrava a marca, Kana se curva desviando os olhos e pedindo desculpas quase de forma apavorada — Ohh tudo bem, não me encomodo e quase inevitável notar minha cicatriz, não precisa se preocupar não me ofende, e uma marca do passado que me lembra constantemente o quão forte eu sou – a forma firme e consiza do homem falar faz, com que Gulf erga novamente os olhos e se depare com sorrisos e olhares de apoio entre o grupo — Não sei qual situação lhe trouxe até aqui pequeno, mas saiba que entre nós o apoio é incondicional. Se sinta confortável a ser você mesmo – a garota de cabelos vermelhos foi a dona da frase, a menininha agora lhe esticava um pedaço de bolo de chocolate com pequenos granulado coloridos — Experimente tá uma delícia, e o primeiro bolo de Jujuba depois do trauma, nossa pequena chefe – todos sorriam e elogiavam a garota.

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