Minha doce obsessão

Capítulo 5

Dante Sartori

Sigo a mulher de cabelos castanhos e intensos olhos azuis que vem me deixando louco por todo o circuito de câmeras de segurança do prédio Luxúria. Ela passa pela entrada de funcionários, cumprimenta o segurança com um sorriso que nunca recebi dela. Entra no elevador e pega o celular da bolsa, digita durante todo o caminho até o terceiro andar. Ela sai do elevador e cumprimenta seus colegas nas baias com acenos e sorrisos para todos os lados, seus lábios vermelhos se destacam na câmera. Como eu gostaria de borrar a porra desse batom.

Quando conheci Scarlet Moore soube que ela seria um problema para a minha sanidade. Atrevida, desbocada e gostosa. Uma mistura perigosa que quero provar. Quero muito. Nunca me envolvi com uma funcionária, mas Scarlet me faz querer fode-la em cima da minha mesa durante horas. Principalmente depois de sábado quando ele me viu ganhando um boquete. Ela pode não saber, mas naquela noite, o meu gozo foi todo para ela.

Scarlet entra em sua sala e não consigo mais acompanhar seus movimentos. Suspiro e esfrego a testa, eu preciso foder essa marrenta. Preciso muito.

Com esse pensamento decido entrar no e-mail e começar a trabalhar. Leio arquivos, analiso currículos e envio alguns e-mails. Ligo para Emily para passarmos alguns pontos dos dias. Leio e assino documentos enviados pelos funcionários e alguns fornecedores. Tiro os óculos de leitura e esfrego meus olhos. Odeio a porra da parte burocrática! Preciso contratar um diretor geral o quanto antes, pelo menos, com essa quantidade de trabalho o dia passa rapidamente.

Uma notificação de e-mail chama minha atenção, vejo que a Srta. Moore resolveu enviar a relação de produtos que ela listou para compra.

Pego o telefone e ligo para Emily, solicitando que ela peça para Scarlet vir até minha sala. Como de costume, abro a câmera de segurança e vejo a morena rebolando até a porta da minha sala, antes de abrir ela diz algo para Emily e faz uma careta antes de abrir a porta. Daria uma pequena fortuna para saber o que ela disse, tenho quase certeza que não teceu elogios a mim.

"Você não sabe bater?" Pergunto para provocá-la.

Scarlet Moore fica uma delícia quando está brava. Além disso me excita em níveis inimagináveis, isso porque, eu adoraria deixá-la mansa e submissa em baixo de mim.

"Você que me chamou." Ela dá de ombros. "O que você quer?" Cerro a mandíbula e discretamente ajeito meu pau dentro da calça social, louco de tesão.

"Sua lista está autorizada, pode pedir compra." Ela arqueia as sobrancelhas e cruza os braços. "Agora passe a chave na porte e sente-se." Scarlet me olha confusa e abre a boca para retrucar. "Por favor." Rosno.

Scarlet tranca a porta, não posso deixar de passar meus olhos pelo seu corpo. Quando se vira ela vem caminhando sobre seus scarpins até a cadeira na frente da minha mesa, senta-se e me encara com os braços cruzados e olhos cerrados. Sustento seu olhar como fiz tantas vezes, desejando que abaixe seu olhar. Como sempre, ela não o faz.

"Sobre o que você viu no sábado..."

"Um homem recebendo um boquete, nada que me afete." Um sorriso cínico aparece nos seus lábios, mas posso ver que está mentindo.

"Abaixe suas armas, Scarlet." Peço e arqueio as sobrancelhas para irritá-la. "Tenho uma proposta para te fazer." Levanto o dedo para que ela não retruque e espere. "Há uma tensão sexual gigante entre nós desde o dia que você caiu sentada nessa mesma sala..."

"Vá direto ao ponto, Sartori."

E eu vou.

"Quero comer você, Scarlet."

Pela primeira vez vejo essa mulher chocada. Seus lábios formam um O perfeito, além do seu rosto estar vermelho de vergonha. Ela realmente não estava esperando por isso. Sinto meu ego inflar por saber que consegui deixar essa desbocada toda sem graça.

"Você ficou louco?" Ela levanta e coloca as duas mãos sobre a mesa de carvalho. "Eu não vou ter nada com você, Sartori!" Ela diminui o tom ao ver que está se exaltando.

"Porque não?" Pergunto confuso.

"Você é meu chefe." Sacode a cabeça inconformada.

"Isso é só um detalhe." Dou de ombros. "E não serei seu superior imediato, vou embora assim que contratar alguém para o cargo, sendo assim, nunca mais vamos nos ver, Scarlet." Levanto e abotoou meu paletó, ela segue o movimento das minhas mãos. "Você é baunilha demais para transar comigo?" A desafio com o olhar e um riso sarcástico escapa dos seus lábios.

"Você ser meu chefe é um dos pontos, Sartori, o outro ponto é que sou uma voyeur e apenas uma pessoa não me satisfaz na cama. Eu não sou nada baunilha..." Uma pervertida! Assim como eu, agora que quero você mesmo pequena Scarlet. Ela se afasta da mesa, indo em direção a porta.

"Vamos fazer um acordo." Digo quando sua mão toca a maçaneta para destrancar a porta. Vou para frente da minha mesa e apoio o corpo nela. Scarlet caminha na minha direção e fica muito próxima a mim, consigo sentir seu hálito quente e mentolado próximo ao meu rosto.

"Eu não quero nada com você! Nem um acordo e muito menos sexo!" Seu indicador toca o meu peito. "Eu não sou o tipo de mulher que você está acostumado. Então, realmente espero que você me deixe em paz, ou senão, sinceramente, vou prestar uma queixa de assédio." Ela sai da minha sala pisando duro, dessa vez, não a impeço.

Essa americana atrevida vai dar mais trabalho do que eu imaginava. Mas não vou desistir, agora estou ainda mais determinado em me divertir com ela. Confesso que não me importo em ser seu chefe, isso não será algo rotineiro, será apenas com ela, uma única vez, apenas para eliminar esse tesão todo.

Ela ser uma voyeur é um pouco surpreendente, Scarlet Moore pode ser realmente uma caixinha de surpresas. Eu não me importo com o tipo de sexo que ela faz, eu sou um pouco voyeur e já estive com duas mulheres de uma vez, eu adoraria levar isso adiante. Não tenho tabus em relação ao sexo, o importante é a diversão e o prazer que encontramos no final.

Olho no relógio sobre a porta e vejo que está na hora de ir. Guardo minhas coisas dentro da bolsa de couro e a penduro no ombro. Passo pela mesa de Emily e dou um aceno com a cabeça, ela fica vermelha e sorri, gostaria que outra funcionária fosse tão tímida. Já no elevador pego o celular e vejo que há cinco ligações perdida de Isabelle e várias mensagens:

Belle: Oi, meu amor

Belle: Porque não me atende?

Belle: Quando volta para Roma?

Belle: Dante?

Respiro fundo algumas vezes antes de responder rapidamente. Não tenho saco para mulher grudenta.

Eu: Volto em breve.

Minha meta para o fim dessa semana e no máximo começo da próxima é encontrar um novo diretor geral, comer minha diretora de compras e retornar para a Itália.

Pensando nisso observo meu pau ainda meia bomba, o aperto por cima da calça e decido que preciso me aliviar. Entro nos contatos e procuro o nome da mulher que estive no sábado. Alicia é uma exímia submissa e se deixou a disposição para satisfazer todas as minhas vontades e desejo. Ela responde quase imediatamente. Pego alguns brinquedos lacrados antes de ir para o hotel me divertir.