Dante Sartori
Hoje minha vítima é o saco de boxe. Bato com toda a força e em várias direções para conseguir gastar toda a energia acumulada. Minha cabeça está a mil desde sexta-feira quando Scarlet não apareceu para trabalhar pois não estava se sentindo bem. Ela mentiu, eu sei que sim. E isso apenas se confirmou quando não respondeu minha mensagem ou atendeu minhas ligações no fim de semana. Minha preocupação é plausível, quando um submisso desce até o Subespaço, suas emoções podem ficar confusas.
Claro, não foi só por esse motivo que a procurei no fim de semana. Eu queria foder. Queria me enterrar naquela Marrentinha pervertida e gozar feito um louco, mas a sua intenção obviamente não era a mesma que a minha. No sábado, fui até a Luxúria e consegui uma transa fácil. Fácil e meia boca. A submissa da noite não se entregou completamente, estava resistente as ordens e não era 1% tão gostosa quanto Scarlet.
Na segunda-feira ela me ignorou de maneira brilhante. Fugiu de todos os lugares onde nos encontramos e esteve o dia todo em reunião com sua equipe, aposto que foi algo programado de última hora. Eu só queria entender o porque. Pensei que estávamos nos dando bem com sexo ardente e uma pitada de companheirismo. Talvez eu esteja sendo ingênuo e ela esteja se apegando demais, não aceitando que o que temos é somente sexo e nunca será nada além disso. Se esse for o caso, é melhor que se afaste mesmo, ou sairá machucada.
Assim que entro no elevador da empresa, me encosto respondendo mensagens da minha mãe e Isabelle. As duas estão cada vez mais insuportáveis em questão da minha demora nos Estados Unidos. Imediatamente, a minha cabeça se levanta da tela do aparelho quando sinto o perfume doce. Scarlet entrou no elevador e se mantém muito próxima da porta, provavelmente para se manter afastada de mim. Quando as portas se fecham, aperto o botão para travar o elevador. Ela não me atacada sexual como na outra vez. Então, me aproximo o suficiente para sentir sua bunda arrebitada encostar no meu pau. Sua respiração acelera quando inclino o corpo e passo a barba em seu pescoço, Scarlet me dá fácil acesso, beijo e mordo de seu ombro até a orelha.
"Eu não gosto de ser ignorado." Digo próximo ao seu ouvido.
"Você está parecendo um menino mimado." Acerto um tapa na sua bunda como repreensão. Ela suspira e fecha os olhos. Aposto que já está molhadinha pra mim.
"Amanhã eu vou voltar para Itália, não sei bem quando eu volto." Ela se vira pra mim. Seus olhos azuis são um misto de sentimentos. Tristeza, culpa, alívio... Sem pensar muito nisso, agarro sua nuca e aproximo seu corpo do meu. "Eu realmente gostaria de me divertir com o meu brinquedo favorito antes de ir." Ela morde o lábio inferior, me seduzindo mesmo sem querer. Scarlet se afasta de mim, virando novamente de costas.
"Será nos meus termos." Aperta o botão para liberar o elevador. "As nove horas no Sensations." Me informa e assim que as portas se abrem, ela me deixa sozinho lá dentro.
Essa Marrentinha ainda acaba comigo. Ela é diferente de todas as mulheres que já estive. Ela é mandona, quente como o inferno, não tem medo de experimentar coisas novas, não vê problema em bater de frente comigo... Porra, estou duro por ela mais uma maldita vez.
∆
Scarlet está aprontando alguma coisa. Sei disso ao receber uma mensagem sua dizendo para encontrá-la no clube, disse que estaria me esperando em uma das várias salas por trás da cortina preta. Sem querer estar a sua mercê, entro no clube as nove horas e não vou diretamente a sua procura. Sento na banqueta em frente ao bar e tomo uma dose dupla de whisky. Um casal se aproxima de mim, a mulher sorri e joga o cabelo em minha direção, mas o homem aprece mais interessado na loira do outro lado do salão.
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Minha doce obsessão
RomanceEla é um espírito livre. Ele dominador. Ela é fogo. Ele é gasolina. Ela grita preto. Ele sussurra branco. Ela ama swing. Ele ama BDSM. O mundo diz que os opostos se atraem, entretanto, isso seria uma verdade absoluta? Qual a probabilidade do italian...