Capítulo 21

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Não consigo me mexer. Abro os olhos tentando entender o porquê e é quando vejo Dante me segurando como se sua vida dependesse disso. Suas pernas estão entrelaçadas com as minhas e seu braço segurando minha cintura próxima ao seu corpo. Tento me desvencilhar, mas ele é grande demais para ser empurrado por mim. Estranho todo esse contato físico, normalmente acordamos separados, no máximo um braço ou uma perna se tocando.

Aproveitando meu cárcere começo a repassar a noite passada.

Foi insana.

Delirante.

A melhor noite da minha vida.

Não ter todos os sentidos funcionando elevou meu prazer de forma bizarra. Além de Dante ser um exímio dominador que sempre pensa no prazer da sua submissa. Foi a melhor foda da minha vida, mas o que veio depois é um vago borrão. Sem dúvidas desci ao subespaço novamente.

Me lembro de Dante me cobrir com a sua camisa e descer até um dos quartos do primeiro andar. Ele estava nervoso e ansioso, mas cuidou de mim. Me ajudou a tomar um banho, me fez tomar água e comer um chocolate antes de me colocar na cama.

Viro a cabeça e vejo o italiano dormindo serenamente. Meu peito dói. Não quero admitir, mas ele nem se foi e já estou com saudade. Martina talvez tivesse razão, eu não vou lidar bem com a partida dele, não seria possível isso depois de passarmos tantos meses juntos.

Como se sentisse que eu o estava observando, Dante abre os olhos lentamente. As duas jóias verdes, perdidas no sono, ficam em mim e um sorriso ladino aparece em seus lábios.

"Bom dia, Marrentinha." Deixa um selinho em meus lábios. "Você me seduz até dormindo." Ele ri ainda com a voz rouca de sono e se afasta de mim, espreguiçando aquele corpo lindo de morrer. Porém, a serenidade que vi em seu rosto desaparece em questão de segundos. Ele levanta, passa a mão nas mechas loiras e me olha. "Você entrou no subespaço ontem, então, não conseguimos falar sobre isso, mas eu fiz merda, Scar." Sento na cama assustada, puxando o lençol para cobrir meus seios.

"O que você fez?" Questiono quase histérica.

"Nós transamos sem camisinha!" Ele solta o ar com força. "Eu estava tão excitado e envolvido na cena que me esqueci completamente, isso nunca me aconteceu antes, eu..." Solto uma gargalhada e deixo meu corpo cair na cama novamente. "É sério, Marrentinha!" Ele fica ainda mais desesperado. "Para de rir!" Vejo um sorriso escapando dos lábios dele.

Quando não estou esperando Dante se joga em cima de mim, fazendo cosquinha na minha costela. Nossas risadas se misturam, eu grito de desespero e me falta até o ar. Quando estou vermelha e mole de tanto rir, Dante para de me torturar. Ainda em cima de mim, nossos olhos se encontram dizendo muito no nosso silêncio, ambos ofegantes e excitados. Sinto o seu membro duro na minha coxa.

"Eu fiquei nervoso de verdade." Ele confessa esfregando seu pau na minha coxa. "Em quinze anos com a vida sexual ativa nunca tinha feito sem. Mas eu fiz exames a pouco tempo, não tenho nada. Minha maior preocupação são filhos... céus, se você estiver grávida..."

"Eu tomo anticoncepcional, lindo." Acaricio seu rosto. "E faço exames regulares. Estou limpa também." Ele suspira aliviado e deixa a cabeça descansar no vão do meu pescoço.

"Que alívio!" Ele ri e deixa um beijo no meu pescoço. "Apesar de toda preocupação, porra, foi muito gostoso." Me olha de novo e desce a mão por meu corpo, acariciando minha bunda no final.

"Foi?" Pergunto abrindo minhas pernas para ele se encaixar entre elas. Sinto seu pau na minha boceta e fecho os olhos em expectativa. "Me relembre o quão gostoso foi." Deixo uma lambida em seus lábios, seguida de uma mordida no inferior.

Minha doce obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora