Capítulo 24

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Scarlet Moore

Parece que eu acabo de correr uma maratona. Meu coração está acelerado, minha boca seca e um suor discreto e frio deslizando por minhas costas. Quando o vi distante resolvi provocá-lo, entrar novamente no nosso jogo de gato-rato. Eu sabia que quando me visse, não demoraria para Dante se aproximar e me tomar como dele novamente.

Percebo o quão burra fui de não tentar mantê-lo por perto. Senti tanta falta do seu cheiro, da sua voz, do seu toque... Dele todo! Por esse motivo não me desgrudo de Dante enquanto ele nos guia até uma das suítes da Luxúria Italiana.

Quando fecha a porta do quarto, Dante me pressiona contra ela. Seus olhos verdes queimam de desejo e talvez... carinho? Amor? Eu sei que estou apaixonada por ele e pretendo me declarar, mas ele poderia sentir o mesmo por mim? Poderíamos fazer isso dar certo?

"Quero você." Sussurro e tento abrir o botão da sua calça, Dante segura minhas duas mãos as afastando do seu corpo e as prendendo contra a porta. Mordo o lábio e sorrio, excitada pelo meu dominador estar dando as caras.

"Porque você se afastou de mim?" Questiona. Seus olhos verdes me inspecionam em busca da verdade.

"Não quero falar sobre isso agora." Subo minha perna direita e enrolo em seu quadril. "Me beija, Senhor." Peço.

"Porque você está aqui, Scarlet?" Ele solta uma das minhas mãos e aperta meu pescoço. "Eu não vou comer você enquanto não for sincera comigo." Desliza a mão até minha mandíbula e levanta meu queixo, me obrigando a encará-lo.

"Dante..." Suspiro e fecho os olhos.

Toda a coragem que eu estava sentindo desapareceu. Estar junto a esse italiano faz várias dúvidas e receios surgirem novamente. Medo da rejeição, de um possível término e também da morte... O que seria novamente minha culpa se algo acontecesse no trajeto Nova York - Roma.

"Você nunca facilita minha vida, não é?"

Dante perde o pouco de paciência que tem e me joga de costas na cama, a excitação volta a me invadir quando ele vai até um armário a esquerda e pega dois pares de algemas. O loiro se aproxima de mim novamente, subindo em cima do meu corpo. Ele pega uma mão e prende na cabeceira de ferro, repetindo o processo na outra. Após, ele me posiciona bem sentada na cama.

"É agora que você vai me torturar até a verdade sair?" Provoco.

Um sorriso sádico aparece nos lábios de Dante. Qual será seu método de hoje? Uma surra? Ou quem sabe uma negação ao orgasmo? Qualquer uma das alternativas me deixam louca de tesão e com um sorriso enorme no rosto.

Entretanto, minha alegria dura pouco. Dante havia saído do quarto, minha expectativa era que ele voltaria com algo para incrementar nosso jogo, e se fosse em outro momento até poderia ser isso. Mas hoje, apenas hoje, eu gostaria que ele fosse apenas meu. Quando ele retorna para o quarto de mãos dadas com uma loira peituda fantasiada de diabo, o ciúme me invade. Dante sussurra algo no ouvido dela antes de se afastar e puxar uma cadeira, posicionando o móvel em frente a cama, onde tenho uma visão perfeita do que está por vir.

O maldito italiano tira os suspensórios dos ombros e os deixa cair ao lado do corpo, em seguida, desabotoa sua calça de bombeiro e a deixa deslizar por ser corpo até o chão. Dante não usa uma cueca, então minha atenção e da loira é diretamente atraída para o seu pau duro.

Meu coração acelera e posso sentir o meio das minhas pernas esquentar e umedecer, tenho que fecha-las para sentir algum tipo de alívio.

Dante senta na cadeira completamente nu e de pernas abertas. É a visão do céu, do meu verdadeiro paraíso particular.

Minha doce obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora