Capítulo 16

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É um fato que antes da bebida te matar ela humilha. E foi exatamente isso que aconteceu quando liguei para Dante no meio de uma festa e me masturbei no banheiro enquanto falava sacanagens com ele no telefone. Quando ele foi para a Itália me diverti no Sensations, transando e beijando outras bocas, mas não fiquei satisfeita porque apenas pensava que se Dante estivesse junto seria bem melhor. Então, meu tesão foi se acumulando e a situação vergonhosa chegou.

Mas por fim, foi realmente bom para a minha noite. Foi em uma boate com Emilly e Kate, nos divertimos até metade da madrugada quando um idiota tentou agarrar Emilly a força. De nós três, Emmy é a mais romântica e na dela, Kate sempre fica com mais caras mesmo sendo a recém separada. Emilly tentou se afastar do cara várias vezes, mas o idiota bêbado continuou insistindo, quando eu fui intervir ele gritou e segurou meu braço com força, ganhando um soco o nariz de um cara aleatório, segurei a mão das meninas e saímos correndo. Até quando as mulheres serão subjulgadas por idiotas que acham que tem direito sobre o nosso corpo?

Ainda estou indignada com a situação! E o roxo acima do meu cotovelo não vai me deixar esquecer por algumas semanas. Coloco uma blusa de manga longa para evitar dar explicações, assim como fiz durante o dia no trabalho. Borrifo bastante perfume e passo um gloss. Me afasto do espelho dando uma última conferida na roupa. Estou com uma saia de couro curta e saltos, mesmo com o tempo dando uma esfriada, conheço Dante e sei que talvez não consiga esperar para estar entre minhas pernas.

A última vez que estivemos juntos eu ainda não estava com a cabeça totalmente no lugar, mas depois de recomeçar a terapia estou me sentindo mais leve. Katherine e Emilly me encurralaram depois da cena em que esqueci o aniversário de Jason e me debulhei em lágrimas. Conversando com elas e com a minha nova terapeuta comecei a ver que eu posso sentir saudade dele, mas não sofrer como se eu revivesse aquele dia. Preciso seguir em frente por mim! E é por esse motivo que me sinto mais leve em encontrar Dante. Martina, a terapeuta, disse que não é uma boa situação me envolver com o chefe, mas como já está acontecendo, e ele é o primeiro homem que me fez voltar a ter algo mais próximo ao normal, não devemos nos afastar se isso não faz mal. E realmente não faz. Nosso caso é apenas sexo casual, realmente não estou pronta para entregar meu coração. Um passo de cada vez, ainda tenho muito o que melhorar e trabalhar, como o fato de não conseguir falar novamente com a mãe de Jason, mas acredito que em uma sessão resolvi assuntos importantes, na sessão dessa semana discutirei outros pontos.

Recebo uma mensagem de Thomas, o motorista de Dante, avisando que já chegou. Conforme prometido naquela ligação estou indo buscá-lo no aeroporto, lógico que decidi isso após ele mandar fotos do chocolate que pedi. Passo pela sala e me despeço de Kate que está mexendo com vários papéis do seu trabalho.

"Boa noite, Sr. Thomas!" O comprimento entrando na porta de trás do Bentley.

O caminho até o aeroporto é tranquilo e até que rápido, já passa das oito da noite e o trânsito caótico do horário de pico já está mais calmo. Apenas estranho quando Thomas não segue para entrada do aeroporto e sim para um portão pelo qual nunca passei. Quando ele estaciona o carro e vejo um jatinho acabando de pousar entendo o que está acontecendo. O bastardo é rico o suficiente para ter um avião particular. Mimadinho! Desço do carro para que ele me veja quando descer, minhas mãos frias ajeitam a roupa, encosto no carro e aguardo.

Não consigo deixar de suspirar quando a porta do jatinho se abre. Dante sai de dentro vestido de maneira casual, jeans e polo, segurando uma pequena mala de mão. O vento bagunça seus cabelos loiros levemente cumpridos, o sol ainda se faz presente no céu, dando uma cor fantástica aos seus olhos e suas bochechas. Apenas de ver esse homem o meio das minhas pernas esquenta, são tantas lembranças excitantes! Ele desce a escada do jato o tempo todo me encarando. Ao se aproximar, Thomas aperta sua mão e pega a mala, guardando na traseira do carro. O italiano para na minha frente e sorri. Apresenta o seu sorriso mais cafajeste, sem dúvidas. Em seguida, segura minha cintura com as duas mãos e desce sua boca na minha, enlaço seu pescoço e o puxo para mais perto, deixando minha língua se encontrar com a dele. Não é um beijo delicado ou tímido, é intenso e com fogo. Dante desce uma das mãos para minha bunda e aperta, empurrando meu corpo contra a lataria do carro, solto um gemido contra os seus lábios e volto a atacar sua língua sedutora. Sinto sua ereção contra minha barriga, desço minha mão de maneira discreta por seu abdome e aperto seu pau ainda por cima da calça.

Minha doce obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora