Capítulo 26

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Dante Sartori

Por um momento penso que estou sonhando. O cheiro doce dela invade meu nariz, e seu corpo pequeno e quente está completamente enrolado no meu. Me sinto acalentado e feliz por Scarlet estar aqui em meus braços.

Abro os olhos para encontrar minha Marrentinha ainda dormindo, suas pernas estão entrelaçadas nas minhas e sua cabeça descansando no meu peito. É impressionante como ela combina com o meu quarto, com a minha casa. É como se ela pertencesse a esse lugar, pertencesse a mim...

Nunca fui um homem possessivo. Nem dentro e nem fora do quarto. Isabelle tinha o meu carinho, mas mantinhamos um relacionamento aberto, então, é óbvio que nunca me vi ciumento com ela. Relacionado ao sexo excêntrico vez ou outra mantinha uma submissa fixa, mas nunca presenteei nenhuma delas com uma coleira ou cobrei qualquer coisa, nunca senti um mísero sinal de ciúme.

O que me leva a crer que Scarlet é especial. Não era meu desejo ou o dela se apaixonar, mas o nosso envolvimento foi tão intenso e somos tão parecidos no âmbito sexual que parece que se estendeu ao resto. Quando a vi ontem a noite meu coração disparou e foi preenchido por sentimentos que nunca pensei sentir antes. E não quero que isso acabe, realmente não quero. Pela primeira vez na vida vejo um futuro com alguém ao meu lado.

Além de querer ser alguém melhor. Quero dar para Scarlet todos os presentes que ela merece, momento especiais e românticos, viagens e muito... Amor? É isso que eu sinto por essa marrenta encrenqueira? Eu a amo?

Scarlet se remexe em meus braços e esfrega o nariz no meu peito antes de deixar um beijo.

"Eu posso me acostumar com isso." Sussurra sem abrir os olhos, como se não soubesse que estou acordado.

"Eu também posso, Marrentinha." Sussurro de volta.

Ela abre os olhos preguiçosamente e o sorriso mais lindo do mundo aparece em seus lábios. Scarlet deixa um selinho em meus lábios e então se espreguiça, fazendo o lençol escorrer e mostrar nossos corpos nus. Ao ver minha ereção matinal Scarlet sorri.

"Café da manhã ou sexo?" Questiona já subindo em cima de mim e sabendo a minha resposta.

Depois do sexo matinal, tomamos um café da manhã delicioso preparado pela minha governanta, a Sra. Roncalli, que ficou curiosa e feliz quando apresentei Scarlet como minha namorada. Em todos esses anos, a única que a senhora conheceu fora Isabelle, mas nunca presenciou tanta demonstração de carinho entre nós como está vendo agora. Recuso-me a ter Scarlet longe de mim, então, tomo café da manhã com ela em uma das minhas pernas, não perdendo a oportunidade de alimenta-la com frutas e bolos.

Agora, após estarmos devidamente alimentados estamos relaxando dentro da banheira em meu quarto. Scarlet está entre meus braços e pernas, com a cabeça encostada no meu peito. Uma música qualquer toca ao fundo e a banheira está cheia de espuma, tornando minha Marrentinha deliciosamente escorregadia, não perco a chance de deslizar minhas mãos por seu corpo.

"Você disse para a Sra. Roncalli que sou sua namorada." Reflete enquanto brinca com a espuma.

"Isso é um problema pra você?"

Scarlet se vira e senta como um indiozinho de frente pra mim.

"Dante, como iremos assumir um relacionamento? Nós estamos a um mar de distância e..." Seus olhos estão nublados de preocupação e se desviam dos meus.

"Scar, olha pra mim." Seguro seu queixo e a obrigo a me encarar. "Se você disser que não quer estar comigo ou ser minha namorada, eu aceito o seu pé na minha bunda. Mas não tente arranjar empecilhos onde não há." Seguro seu rosto com as duas mãos, vejo algumas lágrimas em seus olhos lindos. "Se eu quiser, posso viajar pra te ver toda semana, assim como posso mandar te trazerem. Eu tenho um jatinho e dinheiro não é um problema." Deixo um selinho em seus lábios. "Estamos entendidos?" Ela concorda e me abraça apertado, aproveito para puxa-la para o meu colo. Ter essa Marrentinha sentada em mim, mesmo que não seja sexual, é uma delícia.

Minha doce obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora