Capítulo 12

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Meu corpo todo dói. Parece que treinei extremamente pesado durante horas na academia. Meu braços estão pesados e minha bunda ardida. Solto um gemido ao alongar meus membros. Abro os olhos aos poucos, as cortinas do ambiente estão fechadas, então não sei que horas são. A única coisa que percebo é que não estou na Luxúria e sim no quarto de hotel de Dante. Virando para o lado vejo que o dono da suíte está deitado ao meu lado, com a barriga para cima, com apenas uma parte do lençol escondendo seu pênis.

O italiano consegue ser ainda mais lindo completamente relaxado. Suas pálpebras estão relaxadas, escondendo a jóia verde que ele tem. Seus lábios vermelhos estão entreabertos e pedindo para serem beijados. Ele é uma verdadeira tentação. Mordo o lábio e resolvo, sem querer, puxar o lençol que cobre seu quadril, revelando seus pau. Mesmo assim, relaxado e fora de ação ele é enorme. Sinto água na boca e vontade de senti-lo novamente na minha boca.

Inclino o meu tronco e abocanho seu pau. O seguro e o levo fundo para dentro da boca, chupando forte a cabeça. Seu membro começa a ficar duro antes mesmo de Dante despertar. O levo até minha garganta, babando inteiro, subo circulando todo ele com a língua e ao final sugando a glande enquanto aperto suas bolas.

"Scarlet..." Dante geme antes de abrir os olhos. Solto um gemido de prazer no seu pau por ele reconhecer meu toque e começo a mamá-lo com ainda mais vontade. Quando o italiano acorda, suas orbes verdes estão cheias de luxúria e uma de suas mãos agarra meu cabelo como ele adora e intensifica meus movimentos no seu pau até que ele goze no fundo da minha garganta. Engulo cada gota e olho para ele toda safada enquanto limpo meu lábio inferior. "Vem aqui, coisinha perversa." Meu puxa para os seus braços, já estimulando minha boceta com os dedos para receber seu pau.

Depois de uma foda matinal deliciosa, visto minhas roupas de ontem e sento a mesa com Dante para tomar café da manhã.

"Porque acabamos dormindo juntos?" Questiono. Essa é a primeira vez e é uma intimidade grande demais que não sei se estou disposta a aturar.

Um sorriso presunçoso aparece nos lábios do loiro.

"Você ficou bem sonolenta depois de ser bem comida." Ele bebe o café da sua xícara. "Achei que seria melhor te trazer pra cá do que deixar você sair agora de manhã do prédio da Luxúria e acabar encontrando algum colega."

"Fez bem." Dou de ombros. "Normalmente não sinto sono após o sexo..." Olho para Dante confusa com a constatação. Ele responde uma mensagem no celular com uma cara feia e deixa seu iPhone em cima da mesa antes de voltar a me olhar.

"Você entrou no que chamamos de Subespaço. Isso pode acontecer por dois motivos, o primeiro pode ser porque você enfrentou um limite alto de dor e não usou a palavra segura, então, seu corpo usou hormônios e endorfinas para combater a dor. Eu particularmente não acho que foi o seu caso. O outro cenário seria por um imenso prazer e entrega ao seu dominador, seu corpo libera adrenalina, endorfinas e encefalinas, o que tenho quase certeza que foi o seu caso. Quando o submisso entra no Subespaço a resposta sexual fica ainda mais elevada, já vi alguns casos, que o submisso consegue atingir o orgasmo sem nem ter o toque físico."

"Uau." Estou realmente chocada com tanta informação. Nunca pensei que o BDSM poderia ser algo tão louco e profundo assim.

"A sua sonolência é normal." Dante rejeita uma ligação no seu celular antes de voltar a falar. "Geralmente a submissa se sente fria, incoerente e sonolenta após a cena, por isso é importante o cuidado do seu dominador em dar suporte físico e emocional."

"Isso é muito louco!" Mordo a ponta do dedo tentando digerir toda a informação. "É fácil uma submissa entrar nesse Subespaço?"

"Não é." Ele balança a cabeça. "A entrega e a confiança no jogo precisa ser grande. Você realmente me surpreendeu, Marrentinha." Ele belisca minha perna. Reviro os olhos para o apelido idiota.

Me sinto sufocada com o tanto de intimidade que trocamos nas últimas hora, como uma covarde resolvo fugir.

"Preciso ir, senão vou me atrasar para o trabalho. Até mais, italiano."

"Não é como se o seu chefe fosse te demitir por chegar atrasada!" Grita quando já estou fechando a porta.

Saio do chuveiro enrolada na toalha e já entro no closet, procurando o que vestir para o trabalho. Pensando e abrindo as portas ouço meu celular tocar em cima da cama, tento ignorar, mas quando o som estridente começa novamente vou pegar o aparelho preocupada com o que pode ter acontecido. Suspiro ao ver que é o nome do contato salvo, é Margareth, mãe de Jason.

"Hey, Margareth." Seguro o celular entre o ombro e a orelha enquanto puxo a calça pelas pernas.

"Oi, minha filha." Sua voz é pesarosa, como na maioria das vezes que fala comigo. A dor pela perda do seu único filho ainda a consome. "Vamos almoçar mais tarde?" Franzo o cenho, não havíamos combinado nada... Quando percebe que demoro para responder ela logo complementa. "Hoje é aniversário do Jason, Scar." É como se eu levasse um chute no estômago. "Você não se esqueceu, não é?"

Sim. Eu me esqueci. Eu esqueci o dia do aniversário do amor da minha vida porque estava ocupada demais transando e me envolvendo mais do que deveria com o meu chefe. Como eu pude fazer isso com Jason? Eu sou uma vaca.

"Claro que não." Meus olhos estão cheios de lágrimas e minha voz embargada. "Eu acho que prefiro ficar sozinha hoje, Margareth... Ainda dói." Ouço suas lágrimas do outro lado. "Podemos combinar o almoço para semana que vem." Ela concorda e após mais algumas lágrimas e lamentos desligamos o telefone.

Nervosa e cheia de culpa sento no chão encostada na cama. Escondo a face no rosto e choro como uma criança que acaba de perder o seu bem mais valioso. Choro por ter uma parcela de culpa no acidente, choro de saudade, choro por Jason não estar completando seus vinte e cinco anos hoje, choro por ter esquecido essa data que ele tanto gostava de comemorar. A dor é tão grande que solto um grito de desespero.

Kate invade meu quarto em um rompante. Assim como estive ali, de braços abertos para ela, minha melhor amiga faz o mesmo. Ela se ajoelha na minha frente e me abraça apertado, enquanto as lágrimas não param de correr por meu rosto. Kate me embalada e acaricia minhas costas. Ela se afasta por um breve instante enquanto digita algo no celular. Quando estou mais calma ela me ajuda a deitar na cama, me cobre com o edredom, beija minha testa e me diz que conversaremos a noite quando ela chegar do trabalho, ela se desculpa, mas eu entendo, é sua primeira semana de trabalho.

Trabalho. Ver Dante. Solto um gemido apenas de pensar nisso. No que eu fui me meter? Passei a maldita semana inteira transando com aquele italiano, não era para ser assim, eu não vou me entregar para outro homem. Não vou sofrer novamente a dor de uma perda! Não. Novas lágrimas surgem, não sei se elas param antes ou depois que caio no sono.

Com os olhos inchados e o nariz vermelho recebo Emily e Kate na minha cama no final do dia. As duas voltaram juntas do trabalho e decidiram que seria bom me fazer companhia. Deitadas, tomando sorvete, conto a elas o motivo do meu choro. Ambas entendem e ficam abraçadas comigo até tarde da noite. Emily diz que avisou Dante que eu estava com problema de saúde e que ele foi super compreensivo. Apenas concordo, não querendo falar ou pensar no italiano.

Mas infelizmente minha paz dura pouco. Depois que Emily foi para sua casa e Kate para o seu quarto, meu celular vibra com a chegada de mensagens de Dante.

Dante: Não sei o que aconteceu. Mas espero que você esteja melhor.

Visualizo sua mensagem e não respondo.

Minha doce obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora