Dante Sartori
Corro rápido na esteira a fim de aliviar toda tensão no meu corpo. O jantar de ontem com alguns fornecedores me deixou irritado e preocupado, mas o que acabou com a minha noite foi a ligação de vídeo com Isabelle.
Minha noiva consegue ser um verdadeiro pé no saco. Suas conversas fúteis não me interessam, não quero saber sobre o que ela comprou ou não para compor um look e muito menos quero ouvir sobre as cobranças para o casamento. Quando iniciou esse assunto, imediatamente disse que desligaria, ela começou a chorar e se fazer de vítima. Isabelle realmente seria uma vítima minha?
Não. Definitivamente não. Isabelle parece um anjo, mas isso se limita a aparência. Ela é manipuladora e na maioria das vezes consegue o que quer com a sua voz doce e algumas promessas. Eu deveria cair fora desse relacionamento antes que seja tarde. Se já não for, não é? Oito anos são muito tempo. Aguento tudo isso pelo simples fato de poder foder outras pessoas e viajar com frequência. Talvez seja a hora de parar de nos enganar.
Ao final do treino saio da academia do prédio e subo até meu quarto. Antes de entrar no chuveiro e me preparar para mais um dia de trabalho dou mais uma ajeitada na caixa negra sobre a cama. A deixarei com o porteiro para que ela possa ser encaminhada para Scarlet. Dentro dela está um vestido preto de couro, curto, com um decote tentador e adornado com metais, saltos altos finos, uma calcinha preta de seda, um batom vermelho e um bilhete escrito de próprio punho com orientações sobre a nossa noite em uma das masmorras da Luxúria.
Esteja preparada, minha cadela. Sorrio e aperto o pau, louco por imaginar a Marrentinha não sendo tão marrenta.
∆
Me despeço de Thomas e sigo para dentro do prédio da Luxúria. No elevador ajeito a gravata e aguardo a porta se fechar, mas essa é segurada pela pequena Srta. Moore. Scarlet entra e me olha de cima a baixo, me cumprimentando apenas com um sorriso de lado. Ela está gostosa, como sempre. Quando a porta está quase se fechando novamente e eu estou pronto para me aproximar e provoca-la, novamente alguém coloca o braço e entra na caixa metálica, dessa vez é um homem que não conheço.
"Eu tenho muita sorte de você ser a primeira pessoa que estou vendo no prédio." O homem diz abrindo os braços na frente de Scarlet.
"Max!" Se anima e o abraça. O homem tira seus pés do chão e a aperta. Continuo olhando para frente. "Como foi de férias? Eu senti tanto sua falta nesse últimos mês." Ela ri e segura os ombros dele.
"Mentirosa." Ele sorri e analisa seu corpo como eu fiz quando ela chegou. Ele segura sua mão e a faz girar. "Você está linda." Elogia. O ambiente começa a ficar pequeno.
"Scarlet?" Chamo. Ela me olha de cenho franzido e então percebe a situação.
"Max Donovan, esse é Dante Sartori." O homem arregala percebendo com quem estava dividindo o elevador enquanto flertava com sua colega de trabalho. Ele estende a mão em minha direção e finalmente o elevador começa a subir.
"Prazer, Sr. Sartori." Aceito sua mão com um aperto firme. "Sou Max, o chefe do setor de marketing."
"Bom ter você de volta." Minto e saio assim que a porta do elevador se abre, seguindo para minha sala.
Observo ele e Scarlet ainda conversando na porta da sala dela. Maldito abutre. Não será a sua cabeça no meio das pernas dela mais tarde e é isso que importa.
∆
Eu estava ansioso. Scarlet Moore tinha esse efeito sobre o homem controlado que sempre fui. Sua entrega sexual sempre me deixa ansioso pelo nosso próximo encontro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha doce obsessão
RomanceEla é um espírito livre. Ele dominador. Ela é fogo. Ele é gasolina. Ela grita preto. Ele sussurra branco. Ela ama swing. Ele ama BDSM. O mundo diz que os opostos se atraem, entretanto, isso seria uma verdade absoluta? Qual a probabilidade do italian...