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Já havia se passado muito tempo desde o nascimento dos gêmeos de Azriel, e de Gwyn. Fazia um ano que os dois estavam morando no Refúgio do Vento para serem treinados como illyrianos e voltavam duas vezes por mês para casa. Por que ela sabia tanto? Talvez por que olhava para Azriel com os meninos e Gwyn rindo juntos num canto da sala da casa do rio após um jantar em família e invejava, sim, invejava muito.

Se sentia culpada por pensar que ela poderia estar ali com o mestre-espião, que ela quem seria sua esposa, foi uma ilusão boa por um tempo, tempo demais para ser exata e durante aquele tempo o laço entre ela e Lucien doía, ardia no peito de Elain e a noite ela raramente conseguia dormir já que não parava de escutar o bater do coração do parceiro.

A irmã mais velha de Feyre olhou em volta apenas para ver que ela era a única sozinha naquela sala. Nestha tinha Cassian e as filhas, Feyre tinha Rhysand, Nyx, e agora a pequena Stella de um ano e meio. Morrigan tinha Emerie cujo se olhavam com uma paixão verdadeira e invejável e até mesmo Amren estava ali com Varian e o filho deles. Todos tinham família, todos eram completos, enquanto ela... Ela havia ficado para trás.

— Já vamos indo — escutou Azriel dizer a Rhysand que ninava Stella nos braços e sorriu casto para o mestre-espião.

— Ok, tenham uma boa noite — disse Rhysand.

— Raphael! — escutou Gwyn chamando o menino moreno de olhos azul mar que pulava nas costas do irmão.

— Vamos tentar — disse Azriel suspirando cansado e indo até os filhos. Ele pegou Raphael pela roupa o levantando de Adonis e pegou Adonis pela roupa com a outra mão.

— Ah! Qual é pai eu não fiz nada! — disse o menino ruivo de olhos avelã.

— Mãe! Você não vai deixar, vai? — dizia Raphael enquanto Azriel os carregava para fora e Gwyn ria segurando os casacos e cachecóis dos filhos nos braços os seguindo.

Elain encarou a família até que ela saísse pela porta e logo se escutou os risos dos meninos se distanciando e o de Azriel e de Gwyn. Uma família feliz, uma família quase perfeita, ela tinha que admitir. Suspirou profundamente e então Nestha se sentou ao seu lado tomando uma taça de vinho branco.

— Se continuar encarando eles assim perguntas irão surgir — disse a irmã mais velha e Elain a olhou erguendo as sobrancelhas. — Já faz muito tempo, Elain...

— Eu sei, eu apenas os admiro — disse ela com sinceridade. — São felizes, tem filhos lindos... Eu fico feliz por eles.

— Eu sei que sim — respondeu a irmã. — Mas outras pessoas podem não entender.

Elain olhou em volta e quase ninguém a olhava, a não ser Morrigan, que a olhava com desconfiança as vezes quando se tratava de Azriel e Gwyn.

— Acho que todos já deviam ter superado — ela disse se levantando. — Vou para cama...  — andou na direção na porta calmamente.

— Ah sim, o casamento — escutou Feyre dizer baixinho a Cassian. — Ele ainda não disse nada sobre, mas, parece que vai ser logo.

— E é uma fêmea confiável? — perguntou o general e cunhado de Elain.

— Acho que ele sabe bem o que está fazendo.

— Será mesmo? Por que — se aproximou mais de Feyre. — Ele tem uma parceira, sabe.

Elain travou no lugar de uma forma que todos notaram sua rigidez. Feyre e Cassian a olharam com olhares culpados.

— Eu disse que não era uma boa ideia falar sobre isso aqui — disse Amren com um sorriso nos lábios rubros.

O Laço Partido (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora