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Lucien a deixou na porta do quarto onde a parceira ficaria hospedada nos dias que estaria ali, deram um singelo boa noite antes de Elain fechar a porta e ele seguiu para seu próprio quarto que ficava em outra ala do palácio. Quando o ruivo abriu a porta se separou com Lírio deitada nua em sua cama o esperando.

Ela apoiava o peso do corpo em um dos cotovelos e a outra mão estava repousada sobre o quadril dela, parecia até mesmo a pintura de uma musa, mas, ela não deveria estar ali.

— O que está fazendo? — perguntou Lucien fechando a porta e se mantendo no mesmo lugar, sem mover um músculo sequer.

— Te esperando para dormir, como sempre — respondeu Lírio sorrindo com os lábios carnudos e ele abaixou a cabeça, respirou fundo.

— Não podemos — disse sem olha-la, mas ele pode sentir que o sorriso da noiva desapareceu.

— Compartilhamos esses quarto, Lucien — ela disse e ele a olhou.

— Quando Elain estiver aqui, não.

A bela fêmea de curvas sensuais se sentou na cama, ela arqueava a sobrancelha bem feita.

— Por que?

— Por respeito a ela — ele disse e um sorriso inacreditado estampou os lábios de Lírio.

— Respeito? — ela disse. — Da mesma forma que ela te respeitou?

Lucien engoliu em seco, trincou os dentes com força.

— Pelo Caldeirão, Lucien — disse a noiva dando um riso incrédulo. — Ela praticamente trepava com outro as escondidas enquanto estava lá para vê-la. E agora você vem e me fala que não vamos fazer nada por respeito a ela?

Ele se manteve em silêncio e de cabeça baixa.

— Você não tem sangue de barata — rosnou Lírio.

— Elain está aqui — começou ele. — Para que nossa parceria flua e não acredito que indo para cama com você todas as noites em que ela estiver aqui vai ser algo positivo.

— Então está dispensando de vez o nosso casamento? — perguntou ela se levantando e colocando um roupão de seda branco. — É isso?

— Nosso casamento ainda pode acontecer, se eu e Elain não nos acertarmos.

— E o que você quer? Quer o nosso casamento ou sua parceira que vai te dar centenas de anos num compromisso forçado?

Lucien a encarava, sem dizer uma palavra sequer, por que sabia que sua reposta não iria agradar Lírio... Era óbvio que ele queria sua parceira, que ele queria Elain.

Uma risada pesada e incrédula saiu de Lírio que andou até ele.

— Então pode esquecer o nosso noivado — disse parando em frente a ele. — Por que diferente de você, eu não aceito ser a segunda opção de alguém.

A fêmea passou por ele e saiu pela porta a fechando com força deixando Lucien sozinho com seus pensamentos.

Segunda opção... Ele era a segunda opção de Elain? Não, ele era o parceiro dela, mesmo tido outro macho com ela, Lucien sempre seria o parceiro dela, ele e não outro. Na verdade, Lucien nunca se sentiu nem mesmo como uma segunda opção para ela, já que ela não o queria de maneira alguma antes de o laço começar a exigir sua aproximação, e ele tinha lidado com aquilo.

A situação era meio parecida com a de Azriel e Gwyn, muitos poderiam pensar que a ruiva fora a segunda opção do mestre-espião, mas Lucien sabia que não era assim, por que ele entendia, ele sabia.

O Laço Partido (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora