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Quando o dia do festival chegou, Lucien a levou para passear por Solano mais uma vez e assim que chegaram a rua principal Elain não sabia onde queria ir primeiro. Estava tudo tão lindo e enfeitado, fitas brancas e douradas, flores por todos os lados, lanternas sendo vendidas e feitas por crianças, barracas de comidas com um cheiro delicioso. Ela queria ver tudo de uma vez, praticamente correr de um lado para o outro e Lucien apenas disse que ela quem lideraria o passeio pelas ruas enfeitadas.

A irmã mais velha de Feyre agarrou a mão do parceiro e começou sua procissão pela rua extremamente larga. Durante o caminho recebia os sorrisos mais largos e sinceros das pessoas que nunca havia visto em sua vida, várias delas faziam uma reverência de respeito a Lucien e a ela também, a parceira do príncipe. Mas para Elain o ponto alto do passeio foram as três garotinhas que chegaram vergonhosas até si, cada uma de uma espécie diferente, e ainda com receio a entregaram uma coroa de flores coloridas.

Elain ficou encantada com a coroa e com as meninas, aceitou o presente se abaixando em frente a elas e as três juntas colocaram a peça na cabeça da fêmea que depois as agradeceu com um abraço e logo em seguida as três saíram correndo rindo e dizendo que Elain era muito bonita e gentil.

Após aquele presente várias outros foram dados a ela pelos habitantes da cidade. O dono da loja de tecidos a deu um lindo tecido de seda brilhante para vestir o chiton durante o festival. A dona da joalheria a deu braceletes e anéis, e um lindo colar e brincos de diamantes. O dono da loja de sapatos a deu uma sandália dourada de tiras e salto fino. Recebeu também um grande buquê de flores da florista e quando viu já estava com tantos presentes que Lucien estava tendo que ajudá-la.

Os dois pararam numa praça onde uma linda fonte de mármore branco representando um deus do sol jorrava água. Se sentaram a beira de fonte rodeados pelos presentes e agora comendo um pestelzinho amanteigado que era uma das iguarias de rua de Solano.

Então, Elain soltou um baixo riso e Lucien e olhou.

— Tudo bem? — perguntou ele sorrindo.

— Eu não tinha recebido presentes da última vez que passeamos — ela disse o olhando.

— Da primeira vez não sabiam que você era minha parceira.

— E agora sabem?

— Bom, a notícia de espalhou muito e... Digamos ficaram animados — ele disse. — É uma tradição presentear a fêmea  que vai se... — pensou um pouco. — Unir, e você como sendo a futura princesa...

— Princesa? — Elain arregalou os olhos castanhos de leve. Ele ainda não havia se tocado muito bem que iria virar uma princesa assim que se casasse com Lucien.

— Sim — ele disse rindo. — E digamos — ele se aproximou mais e ela também. — Que estavam testando sua gentileza ao receber os presentes — falou baixinho e agora os olhos de Elain se arregalaram mais.

— Queriam ver se sou boa?

— Eu acho que queriam ver se era má — ele disse rindo e ela prendeu o riso.  — Mas você se saiu bem... Olhe — apontou para todos os presentes e Elain os olhou. — Tenho certeza que vão chegar ainda mais.

— E você não ganha nada? — perguntou inclinando a cabeça para o lado e fazendo o cabelo castanho dourado deslizar.

— Não, segundo as tradições eu já tenho tudo — ele disse. — O essencial por assim dizer.

— E o que é?

Lucien respirou fundo e sorriu.

— Dizem que o macho tem que ter o para e o dinheiro para sustentar ela e os filhos que terão,  a força para protegê-la e o coração para ama-la — ele a olhou e Elain corou. — Então, os presentes materiais são todos para a fêmea, desde jóias e tecidos a até coisas de casa.

O Laço Partido (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora