CAPÍTULO 5

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— Você tem alguma pista de quem pode ser o cara que está tentando comandar a zona neutra? Além de você? — pergunto falando diretamente no seu ouvido quando estamos passando pela pista de dança.

— Não tenho — ela responde —, mas alguém com certeza vai aparecer e se apresentar para nós.

— Como você tem tanta certeza?

— Observe o lugar — ela diz, parando na pista de dança, suas duas mãos subindo o meu ombro, me puxando para dançar — Só há casais aqui, a informação que tenho é que esse homem gosta de assistir... você sabe... ele é voyeur. Por isso ele promove essas festas em busca de um casal que possa o satisfazer, só precisamos arrancar a informação de quem está fornecendo as merdas que eles chamam de droga de qualidade.

— E como você sabe que ele vai se apresentar para nós?

Eda começa a balançar seu corpo de acordo com a melodia da música. Ela sorri e se aproxima mais de mim, de uma maneira que não há espaço entre nossos corpos.

— É simples — ela sussurra no meu ouvido, seus lábios tocando o lóbulo da minha orelha — Nós vamos ser o casal mais sexy na pista de dança, ele não vai resistir.

A maneira que ela fala não me deixa dúvidas de que ela pode facilmente fazer isso. O jeito que seu corpo está se mexendo pressionado ao meu, a forma que suas costas estão nuas para quem quiser ver... ela está comestível.

O problema real está no fato de que esse homem pode não ser o único a não conseguir resistir a Eda esta noite.

— Você precisa me ajudar aqui — ela sorri, quem estiver nos observando com certeza pensa que estamos falando algo sacana no ouvido um do outro — Dance comigo, Serkan.

Eu deixo minhas mãos encontrarem sua cintura, a apertando mais perto de mim. Movo meu corpo acompanhando seus movimentos de acordo com a música... é lento, sexy, excitante. Eda levanta o rosto para me encarar, fazendo nossas respirações se encontrarem. Eu sinto o cheiro do perfume dela se misturar com o meu próprio cheiro.

Entre uma música e outra eu deixo minha mão tocar a sua costela, movendo meus dedos por toda a sua coluna desnuda. Percebo Eda prender a respiração e fechar os olhos, apenas para no minuto seguinte ela ficar de costas para mim e deixar sua bunca encaixada no meu quadril.

Porra.
Isso está ficando fora de controle.

Levo minha boca até o seu pescoço, deixando uma leve mordida na sua orelha, e espalho beijos de boca aberta ali, trazendo minha língua para a brincadeira e lambendo um ponto no pescoço dela que a deixa arrepiada mesmo com o calor que está fazendo no lugar.

É bom saber que não sou o único afetado por esse teatro que ela inventou.

— Eu vou até o bar — ela diz de repente, saindo de perto de mim.

E eu aproveito esse momento longe da sua forte presença para ir até o banheiro lavar o rosto, tentar colocar minha cabeça no lugar.

Olho meu reflexo no banheiro e penso em toda essa loucura que está acontecendo. Eda não só é uma Yıldız, como também parece ser a responsável pelo desvio das armas da empresa de meu pai. E o pior, o que eu faço diante disso? Eu danço com ela, sentindo seu cheiro e seu corpo gostoso colado ao meu.

Definitivamente ela me faz perder o juízo.

Quando volto ao salão eu vejo Eda sentada em uma das cadeiras em volta do balcão do barman, sua postura corporal me diz que ela encontrou o cara que ela queria. Já fiquei com ela tempo o suficiente para perceber quando ela mantém sua expressão poderosa, de mulher que pode fazer qualquer coisa.

DYNASTYOnde histórias criam vida. Descubra agora