CAPÍTULO 13

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Eda sutilmente desce da cama para ir em direção a Seyfi que ainda está parado na porta do quarto.

Quando trouxe Eda aqui, admito que não pensei muito nas consequências que isso traria para as nossas famílias, em primeiro lugar pensei na segurança dela, para apenas depois começar a colher os frutos que essa junção acarretaria.

— O que você está fazendo aqui? — ela questiona a ele.

Linda, mesmo irritada.

— Ele trabalha para a minha família — eu deixo ela saber.

Tanto segredo envolvendo nossas famílias e fazendo eu e Eda sermos colocados como inimigos, enquanto não sabemos sequer qual o motivo nos levou até aqui... Por outro lado Seyfi está circulando entre ambas as dinastias sem problemas, então foda-se, lide com a ira dela, eu não me importo.

— Você é um Bolat? — Eda aumenta o tom de voz, mas Seyfi não mexe um único músculo — Ai meu Deus, as armas que você me deu... ela são...

— Sim — respondo por ele — Notei desde o primeiro segundo que você apontou uma delas para mim.

— Ela não deveria estar em minhas mãos, isso é quebra de acordo. — Ela diz, sua ficha caindo.

— Tecnicamente sim, mas como não era sua culpa, nós estamos quebrando o acordo apenas agora. — Eu pisco para ela, me esticando na cama.

Eda volta a atenção para Seyfi e eu apenas observo ela tomar as rédeas da situação, é fascinante de ver.

— Eu preciso de respostas, Seyfi — ela pressiona.

— Você não está em uma posição muito boa para cobrar algo de alguém — ele finalmente responde —, mas fico feliz em ver você, mesmo que em situações não... favoráveis.

— Por que você me deu as armas? — ela não cai na conversa dele.

— Para a sua proteção, eu já disse — ele rebate.

— Mas porque as armas deles?

Ela nem consegue falar o sobrenome da minha família e ainda assim eu não consigo parar de adorá-la.

— Porque são as melhores — explica Seyfi.

— Isso é verdade — eu me encaixo na conversa — Eu inspeciono tudo.

Eda se vira para mim com um olhar de quem diz "Fica fora dessa" e eu apenas me calo sorrindo. Ela mesmo em território inimigo, age e fala como se pertencesse ao lugar, como se fosse dona de tudo.

Malditamente linda.

— Não me sinto confortável em conversar sobre isso na frente dele... — Seyfi fala para ela.

— Pois se acostume, Serkan vai estar presente comigo por um bom tempo.

Sim, eu vou estar com você.

— Preciso de apenas alguns minutos a sós com você, por favor, Eda — ele insiste — Prometo explicar tudo.

— Apenas alguns minutos são o suficiente para você explicar mentiras de uma vida toda?

Eda é imbatível em suas palavras.

— Por favor — ele pede de novo.

E eu sei que ela vai ceder porque Eda é assim. Afiada como a navalha que ela sempre carrega na perna, mas também com um bom coração.

— Serkan...

— Estou saindo! — Não preciso que ela me peça, eu sei que preciso dar um tempo a eles, mas antes que eu consiga passar por ela, ela segura a minha mão.

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