what can i do?

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Nesse breu que chamamos de sonho, ainda estou tentando entender oque é isso, pois todos falam que sonhos são incontroláveis e que acontecem por simples imaginações do nosso cérebro, sempre os controlei, desde pequena, mas adentrar os sonhos alheios não me parecia muito normal, não que minha vida fosse normal...

Ela nunca havia deixado claro, segundo a mesma, o mistério e místico faziam parte do longo passado dos Walker. Ela sempre disse antes de morrer, que ela não tinha o direito de me explicar nada, mas que Sonho os faria por ela, o que me falta saber é... Quem é Sonho?

Quando me deito para dormir me passa um flashback de suas palavras, desde isso eu adentro os sonhos de outras pessoas que a conheceram para encontrar respostas em seus sonhos para procurar oque me foi prometido desde pequena.

É uma luta sem fim, ainda não parei mas...

*— *-*

Merda era o meu alarme extra, estava atrasada de novo. Me levanto e me dirijo ao banheiro e ligo o chuveiro frio, foi algo que sempre gostei. Me fazem acordar, me dão vida e ânimo para viver, assim como meu querido e amado café açucarado que me fazia lembrar de casa, e que tinha o cheirinho dela...

Visto uma calça de moletom preta folgada. Uma camiseta de banda e um all star e início o rumo da biblioteca.

- Achei que tu tinhas morrido, tô te esperando a 30 minutos - Esse é Oliver, meu melhor amigo e colega de trabalho.

- Desculpa, desculpa, poupe minha mente agora, por favor

- Caiu da cama foi? - ele fala em tom de deboche

- Tive mais um daqueles sonhos estranhos onde eu vago pelos sonhos dos outros - ele fez uma cara de desafio - sério? Tá bom. Você sonhou que comeu pão de queijo na Rússia enquanto conversava com um gato falante - vi sua expressão de surpresa

- Certo você tem poderes, como que ainda dúvida disso?

- Não são poderes, deve ter muita gente que faz isso - tentei me convencer de que realmente acreditava nisso

- Aham tá bom - disse ligando o computador da recepção com os registros das retiradas de livros feitas - a propósito, chegou uma caixa de clássicos, pode organizar por favor?

- Claro, amiguinho querido preguiçoso - digo com um sorriso sarcástico pegando a grande caixa de livros e entrando na enorme área de prateleira que abrigavam centenas de livros.

Andando pelas prateleiras escuras eu me lembrava de casa, de como era confortável e aconchegante. Me perguntei porque insistia em seguir tocando aquela biblioteca, acho que por minha mãe ser a fundadora, não é como se isso determinasse que eu viveria disso, né? Ela sempre quis que eu tocasse seu negócio após sua morte. E tem sinceramente sido bom viver disso, me fez apreciar a leitura e o que ela traz, a imaginação. Acho que isso foi um impulso que me começar a escrever meu primeiro livro, sei que não serei uma grande escritora de sucesso, mas se começa de algum lugar não é? E também não pretendo viver desse lugar para sempre, mas agradeço que Oli esteja comigo.

Não havia se passado nem meia hora e eu já havia terminado de organizar os livros em seus devidos lugares, me surpreendo como meus pensamentos me fazem esquecer tudo e ficar no modo automático enquanto minha mente consegue pensar em mil coisas diferentes ao mesmo tempo.

Eu voltei para a ala da recepção e encontrei Oliver rindo para o celular. Decidi fazer oque sempre faço, vagar pelas longas e altas prateleiras de livros que cercam desde a infância.

Enquanto andava, pude lembrar de meus sonhos. Em como podia simplesmente entrar na mente de quem quisesse, mas sempre tive o mesmo objetivo. Encontrar esse tal de sonho que minha mãe tanto falava, ela dizia que ele era o deus dos sonhos, acho que era esse o nome.

Sandman - Bring Me A DreamOnde histórias criam vida. Descubra agora