Nós e o gelo

Capítulo 6 - fúria

Sunghoon

Park Hyejin, a maior doadora do orfanato, uma empresária, muito conhecida, por ter diversas empresa com consciência social e ambiental.

Eu sempre admirei essa mulher, principalmente sobre os posicionamentos sociais dela. Também ja foi beneficiário do bolsa esportiva, que a empresa  dela oferece para jovem em situação de vulnerabilidade.

Essa é a verdadeira face dela? Uma mulher que abandonou o filho? Esse nível se hipocrisias me enjoa.

Ja faz algumas horas que estou nesse quarto é realmente bem bonito, e cheio de coisas que nunca tive, cheio porém também muito vazio.

Nunca tive um canto só meu, onde eu dormisse sozinho, sem ouvir choros ou roncos. Não posso negar que me assusta,  um tanto.

Ouço a porta se abrir e imediatamente finjo dormir. Sinto alguém se aproxima, a pessoa mexe no armário e jogo um edredom um pouco gélido em mim, mas bem fofo, logo após isso se senta ao meu lado.

ㅡAchei que tinha dito pra você ir embora. - a Voz mais rouca da Senhora Hyejin toma meus ouvidos.

ㅡ Não quero de deixar sozinha - a Naeun se faz presente.

ㅡ Não estou, pela primeira vez em quase 15 anos, eu não estou sozinha. - ela diz.

ㅡ  Vai contar para ele? Será mais fácil se  contar. - a advogada diz.

ㅡ Não vou contar. - Ela diz e sinto sua mão tocar meu rosto. - Eu quero esquecer tudo isso, Naeun. - Sua mão e bem macia e seu toque é bem suave. - Quero só curtir meu filho.

ㅡ Mesmo sabendo o jeito que ele vai te tratar?

ㅡ É melhor ter o silêncio, do que não ter nada.

Depois de alguns minutos de carinho não resisto e caiu no sono.

Wonyoung

Chego no Colégio e o Jay ja gruda em mim, o mesmo me olha sorrindo e me olha sorrindo.

ㅡ Acho que sei, porquê terminou comigo. - ele diz alegre.

ㅡ Porquê não gosto mais de você.

ㅡ Não. - ele gargalha. - Porquê eu esqueci o dia dos namorados. - Oi?

ㅡ Vou fingir que não ouvi essa barbárie. - puxo meu braço, que estava preso entre seus braços. - Jay, vai amar outra pessoa pelo amor de deus. - tomo rumo a minha sala.

Entro e dou de cara com a Ryujin, não posso negar que estou chocada, ela tinha mudado de Colégio.

ㅡ Miss cor de rosa, quanto tempo. - a mesma diz.

ㅡ Eu quem o diga. - sento ao seu lado.

ㅡ Pode me falar o rolou com sua amizade com a Chaeyoung? Ja ouvi que vocês não andam mais juntas.

ㅡ O destino.

ㅡ O Destino, também tem o nome Park Jongseong.

ㅡ Se sábia por que perguntou? - digo fazendo bico.

ㅡ achei que não gostava dele.

ㅡ Não gosto, tanto que terminei. - digo. Ryujin me olha com uma cara maravilhosa.

ㅡ quando?

ㅡ Um pouco mais de dois meses. - tiro meu material e a mesma fica me encarando.

Shin Ryujin, por muito tempo minha melhor amiga, foi ela quem me apresentou a Chaeyoung.

Creio que para qualquer um, nós enxergar como amigas é um absurdo, mas no passado a Chae, era alguém que realmente gostava. Mas a entrada do Jay mudou tudo na nossa vida.

Hyejin

O Sunghoon, ficou no quarto o dia inteiro, não saiu para nem para comer, fiquei preocupada, mas ele não direcionou uma única palavra para mim. O jovem desce as escadas, senta do degrau e  coloca o tênis e vai saindo de casa, paro na frente do mesmo.

— Pra onde está indo? - ele não me responde.

— Sunghoon, pra onde vai? - minha amiga pergunta.

— Dar um volta, ou sou prisioneiro agora? - ele responde a Naeun.

— Volte antes de escurecer.- digo abrindo a porta.

♦

Ja faz horas, que escureceu e nada do Sunghoon, o Seoham e Naeun foram procurar ele, ando de um lado pro outro, até ouvir a campainha, pela câmera vejo ele olhando para os lados, abro a porta e mesmo entra.

— Onde estava? Eu disse para voltar antes de escurecer.- digo, o mesmo tira os sapatos e  coloca o chinelo, continua me ignorando, antes que ele suba para o quarto.- Sunghoon me responda.- seguro ele.

— Não  me toque.- meu filho puxa o braço com força.

— Não, me trate assim, você não sabe o que eu passei.

— Mas sei o que eu passei, você me abandonou, me descartou como se fosse lixo.- seus olhos encontram os meus, pela primeira vez e invés de estarem carregados de amor e ternura, são cheios fúria.- Por quatorze anos, fingiu que eu nem existia, agora quer bancar a mãe preocupada? - ele se solta e sobe para o quarto.- Eu não vou fugir, só causaria problemas para mim.- diz antes de sumir da minha vista.