Capítulo 5 - NÃO TEM COMO NÃO SER ASSIM

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Pela manhã, ainda escuro, comecei a fazer minha ioga próxima a piscina, fiquei num canto atrás das árvores, onde não seria vista. A intenção era ser discreta, o mais invisível possível.

Estava tão concentrada que nem percebi os olhos atentos atrás do vidro da cozinha. Faltava 1 hora para iniciar o horário de trabalho, horário este que eu mesma estipulei.

Eu estava bem estressada por conta da noite mal dormida, porisso me esforcei fazendo posições um pouco mais difíceis, postura de equilíbrio sentada, Bakasana (postura do corvo), trikonasana (triangulo estendido), algumas nem tentei por não estar muito preparada e também já estava com fome.

Quando você não tem uma boa noite de sono compensa na comida.

Assim que melhorei do meu mal estar, sentei e meditei um pouco.

Não tinha muito tempo, fui ao meu quarto, tirei as roupas coladas ao corpo, tomei um banho rápido e fui para a cozinha preparar o lanche do moço.

Ele já estava sentado comendo. Pedi desculpas por não estar pronto ainda,  ele riu dizendo que estava adiantado. A propósito,  havia gostado de assistir minha ioga e meditação.  Disse que iria tentar também se não me incomodasse.

Óbvio que ficarei incomodada mas não disse nada. Como se concentrar com ele do meu lado me observando.

Tomei o desjejum preparado por ele, bom até, sabe se virar, fome não passa.

Percebi que fizesse o que fosse, hoje minha energia estava minada, seria um daqueles dias intermináveis.  Tentei me controlar, fui para a sala, hoje faria limpeza em todos os ambientes, trabalharia muito para me manter equilibrada.

Mas não consegui nem começar, logo senti uma presença atrás de mim,  um perfume de homem e sua mão passou pela minha cintura e me virou. Ficou olhando dentro dos meus olhos como que procurando aprovação, quando perguntou: - você não está bem hoje, não é? vou te ajudar.

Mil respostas vieram a minha mente, a voz não saiu, estava muito próxima a ele, lembrei de nossa diferença de idade, lembrei que ele era meu patrão, que seria linchada por milhares de mulheres em praça pública, lembrei que não havia iniciado meu trabalho, não lembrei mais nada.

Senti a respiração dele em meu pescoço, os braços me envolvendo, quando vi desejo em seu olhar, fiquei mole, ele percebeu minha entrega, seu corpo jovem e quente me tocando, ele tirou a camiseta, estava de moleton, percebi que nada havia embaixo.

Seu sexo em riste, eu de vestido, nem sei como e quando foi tirado, senti seu corpo sobre mim, ele me penetrando lentamente, me excitando e logo o vai e vem acelerado, me levando a loucura. Neste momento não podia pensar em mais nada, só na explosão de emoções que aquele homem estava me causando.

Queria mais e ele sabia disso, me controlava com as mãos, eu não podia sair dali e nem queria. Me abri o mais que pude para que ele continuasse, ele explodiu, sua voz rouca balbuciou coisas, alguns sons roucos, ele ficou vermelho. Fui também, novamente meu corpo se contorceu inteiro, que delícia. Não era sonho, era real.

Ficamos parados no sofá por alguns instantes, tentei levantar, ele não deixou. Disse que sentiu que seria assim desde o primeiro instante em que me viu, seria por muito tempo mais.

Eu estava bem mais calma, dei um sorrisinho de consentimento, continuamos nossa brincadeirinha até que satisfeitos nos apartamos, me refiz, vesti a roupa e corri para meu apartamento para tomar outro banho.

Desta vez coloquei uma calça comprida, uma blusa simples, e fui finalmente executar meu trabalho.

Estava muito bem, bastante relaxada e vingada de todas essas mulheres jovens e lindas.

Eu consegui de fato o que elas estavam querendo. Meu bom humor me fez cantarolar enquanto ouvia musica no meu celular.

Vi quando ele passou para ir a sua academia particular, malhou por horas, tomou banho e veio almoçar.

Disse que almoçaríamos juntos e se recolheria ao quarto para estudar os textos das próximas gravações. Perguntou se eu estava bem, olhei com ar divertido e disse que sim. Estava muito bem, ele riu.

A tarde, peguei o carro e fui ao mercado. Comprei itens para mudar o cardápio, para o café da manhã, produtos de limpeza, é perigoso ir ao mercado quando se está de bom humor. Tudo para receptivo e quando se tem um cartão a disposição então. Acho que exagerei.

De qualquer maneira não precisaria ir ao mercado por um bom tempo.

Aproveitei e comprei comida japonesa, será muito bom para o jantar. Não é pesada, e variar o cardápio é uma idéia bem saudável.

Já era tarde, quase 21 horas quando ele apareceu para jantar, disse que estava cansado mas havia feito todas suas atividades. Jantamos, ele apreciou as delícias do Japão, aprovou a mudança.

Convidou-me para assistir uma película e então fui apresentada a TV da sala, que ficava camuflada em um móvel que eu nem imaginava. Era o único que eu não havia conseguido abrir e havia deixado para limpar depois. Era um TV enorme de 75 polegadas, ao seu lado haviam consoles de videogames, parecia um cinema.

Estirou seu corpo de 1,85m de altura no sofá e mostrou onde eu deveria deitar junto a ele. Eu preferi sentar na poltrona ao lado do sofá. Ele riu debochadamente.

O filme era de lutas, soco pra lá, chute pra cá, também a escolha foi dele. Assisti

No intervalo preparei chás, e assim que acabou a película, que não gostei, me despedi e fui dormir. Estava cansada.

A noite fui a cozinha beber água e ouvi barulho de TV ligada. Ele estava dormindo no sofá, busquei em meu quarto um edredon e o cobri, desliguei a TV, acendi o abajur e voltei para dormir.




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