Capítulo 8 - DORMI DEMAIS

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Quando acordei, o sol já estava alto, percebi que estava no sofá da sala dele, a noite levantei algumas vezes para ver como ele estava, porisso demorei para acordar.

Escutei barulho na cozinha, apareci na porta e o vi de avental fazendo tapiocas, doces e salgadas, a mesa estava posta, tudo estava delicioso. Me senti uma convidada, e o gourmet de hoje, uau, acho que ele ficaria muito bem de gourmet na TV. É uma possiblidade.

Conversamos bastante, disse que era raro ter febre ou ficar gripado, mas às vezes acontece. Comemos mais um pouco as iguarias do novo cozinheiro.

Lavei as louças, arrumei a cozinha, já deixei alguns ingredientes prontos para o almoço e outros em andamento.

Subi para arrumar o quarto do moço,a pequena saleta de refeições, limpar o banheiro e reorganizar e limpara a biblioteca.

De repente, surgiu e perguntou:

- O que estamos vivendo aqui?

Pensei um pouco e respondi.

- acreditei que estava vivendo um sonho, mas já percebi que é real.

Você  saiu da tela da TV, materializou-se , me quis como mulher, eu te quis como homem, viramos bons amigos, nos divertimos juntos, a verdade é que contra toda forma de lógica e de juízo, estamos nos relacionando. O que você acha?

Eu a quis, desde a primeira vez em que a vi. Essa é a minha verdade, como você mesma disse, estou vivendo o agora, o já.

Coloquei uma música e dançamos, parecia mais um pacto de nossa loucura. A propósito, ele não é um bom dançarino. Afinal, ninguém é bom em tudo.

Subi com a refeição, almoçamos na saleta de cima, depois jogamos gamão, xadrez, estes jogos eu consegui ganhar, todas as vezes, até que ele desistiu.

Descemos para a sala e fomos jogar videogame. O que ele não sabia, é que eu havia treinado uma madrugada inteira, com o som em silêncio e estava bem melhor. E ganhei também. Várias vezes e quem riu bastante desta vez fui eu.

Seu fogo era imediato, semelhante a um tornado, me arrastava, mal acabávamos, recomeçava tudo de novo. Era impressionante, a reação profunda que causava em mim. Não conseguíamos parar, esse menino, esse homem, dormimos.

Quase todos os dias, a qualquer hora, em lugares inimagináveis da casa.

Já estávamos morando nesta casa há 4 meses, logo ele iria começar a gravar e eu ficaria lá um bom tempo sozinha. Em prol da privacidade, ele preferia não ir e vir das gravações todos os dias, ficava hospedado por meses em hotel, depois voltaria, assim me disse.

Sentiria muita falta dele, mas assim era, assim tinha que ser.



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