Capítulo 2 - Alina Blackwell

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Catorze xícaras de café. 

Papéis sujos de café. 

Dias e mais dias de implicâncias. 

Apelidos raivosos. 

Um vaso de flores. 

Um quase sequestro. 

Dois dias em uma ilha. 

Um romance. 

Uma separação. 

Reencontro. 

Sentimentos renascidos. 

Fuga. 

Gravidez. 

Quatro guarda-costas. 

Saudades. 

Meu pequeno Nicolas. 

Um sequestro. 

Dor. 

Desespero. 

Lágrimas. 

Inferno.

Um bom resumo para tudo que vive com o Pietro desde o dia que pisei na sua empresa. 

-Você precisa comer Alina. -Nero fala pela milésima vez no dia e eu apenas suspiro. 

Minha vontade é voltar para a cama e me afundar nas cobertas e dormir, sinto meu corpo pesado assim como os meus olhos e todo o meu corpo dói. 

Estou vivendo um maldito pesadelo. 

-Eu não consigo. -Sussurro enquanto passo a mão pela minha barriga onde meu pequeno esteve protegido do mundo por nove meses. 

-Você precisa fazer um esforço Alina ou vai passar mal de novo. -Levi fala e segura a minha mão. 

-Eu quero o meu filho por favor traz ele de volta para os meus braços. -Peço chorando. 

Meu coração dói e tudo o que consigo pensar é se estão alimentando ele, se ele está aquecido, se tomou banho, se está bem, se tem dormido, se tem chorado ou se está chamando por mim. Estou vivendo um inferno sem a metade da minha alma. 

-Pietro vai trazer o Nico de volta Alina confie nele. -Nero fala e começo a rir de repente. 

Confiar nele?

-Alina? -Levi fala quando levanto com tudo da mesa e jogo o prato na parede. 

-TRAZER O NICO DE VOLTA? CONFIAR NELE? A CULPA DISSO TUDO É DELE NERO DELE E DESSA MALDITA MÁFIA E DA FAMÍLIA DELE! -Grito com ódio. 

Foi exatamente por esses motivos que eu abandonei ele no passado e não aceitei o seu pedido de casamento, eu não ia conseguir lidar com a pressão e o perigo que era a vida do Pietro por isso eu deixei ele mesmo eu amando muito ele aquilo tudo era muito para mim e fui embora sem olhar para trás. 

Eu amava o Pietro mas o medo era maior, eu já sabia o que poderia acontecer comigo se eu ficasse com ele afinal eu já tinha sofrido uma tentativa de sequestro quando ainda era apenas uma secretária imagina o que aconteceria se eu fosse legalmente sua mulher? O meu medo era grande, os poucos minutos que passei dentro daquela van com aqueles homens quebraram a minha mente. Eu quase fui levada mas o Pietro me salvou.

-Eu sinto muito bella mia isso tudo é culpa minha. 

Lembro das palavras do Pietro quando ele me resgatou. 

Naquele momento todos os sinais estavam sinalizando que aquele homem era perigoso demais e que eu deveria me afastar mas o meu coração já era dele. Eu sabia que não deveria ter continuado ao seu lado mas era o Pietro e ele rapidamente se tornou um pedaço de mim e na primeira vez que eu vi ele machucado por causa de uma emboscada eu soube que não aguentaria aquilo mas o meu coração era fraco e não consegui me afastar e foi assim até o segundo ataque onde ele ficou desacordado por dois dias aquilo foi o fim para mim. 

Camaleonte (Livro 1 Pietro Matarazzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora