Capítulo 29 - Alina Blackwell

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Anos atrás ... 

Tudo o que eu queria nesse momento era estar sentada no meu precioso sofá me enchendo de porcarias e vendo um belo filme de comédia mas como o azar anda lado a lado comigo eu estou me arrumando para o bendito evento que o engravatado com cara de sapo está me obrigando a ir. 

Ele é o seu chefe e precisa de você lá! 

Minha consciência me lembra do porque eu estou fazendo isso. 

Chefe. 

Pietro Matarazzo é meu chefe.

E não posso desobedecer e muito menos matar aquele sapo gostoso. 

Gostoso? 

Eu pensei isso? 

Merda. 

Preciso sair, preciso beber, preciso me divertir e preciso transar. 

Não necessariamente nessa ordem.

Minha mente anda pregando peças em mim. 

Peças muito perigosas. 

Pietro Matarazzo é um homem lindo, elegante, encantador, inteligente, poderoso, gostoso e sem dúvida perigoso para o coração de qualquer mulher e mesmo com todos esses atributos eu não posso me deixar levar pela a aparência do cretino porque eu sei que ele não vale nada e sempre que eu sinto que minha mente e coração estão fraquejando para o cretino eu me forço a lembrar o jeito tosco e cruel que ele trata as mulheres que aquecem a sua cama. 

Na minha primeira semana na empresa eu tive que dispensar cinco mulheres. 

Três ganharam joias como compensação pela a noite que tiveram com o cretino e as outras duas ganharam flores. 

A pior parte foi saber o motivo da diferença dos presentes. 

Sexo. 

As três que ganharam joias proporcionaram horas de prazer ao engravatado com cara de sapo e as duas que ganharam flores digamos que não foi lá muito prazeroso.

Palavras do cretino é claro.

Quando eu ouvi o cretino contar para o senhor Ettore alguns detalhes das transas eu tive vontade de estapear a cara dele e ensinar bons modos se bem que pelo menos ele foi tosco e cruel pelas costas delas porque quando as cincos foram até a empresa o cretino as recebeu com um sorriso bem cafajeste na cara e ainda teve a coragem de dar esperanças a elas e quando elas viraram as costas ele me mandou avisar aos seguranças que a entrada das cincos na empresa estava proibida, ele deu esperança a elas e mesmo que tenha sido um cavalheiro na frente delas a sua atitude depois foi desagradável. 

Brincar com os sentimentos das pessoas não é legal e isso fez com que eu criasse uma pequena raiva do cretino. 

Raiva e algo a mais. 

Um algo a mais perigoso para a mim.

Merda.

Termino de me maquiar e pego o colar que comprei com o cartão do cretino e coloco ele e depois os brincos. 

-Linda. -Sussurro enquanto me olho no espelho. 

Pego meu celular e vejo uma mensagem do sapo dizendo que está chegando e como uma boa encrenqueira que sou eu sentei no meu precioso sofá e deixei ele esperando por quinze minutos e depois desci e assim que ele me viu fez uma cara de bravo e eu apenas dei o meu melhor sorriso inocente e me aproximei. 

-Me atrasei senhor Matarazzo? -Pergunto e ele revira os olhos. 

Malcriado. 

-Eu já estava quase escalando o prédio para buscar a princesinha abusadora de cartão alheio. -O cretino revida e bato o pé com raiva. 

Camaleonte (Livro 1 Pietro Matarazzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora