Capítulo 12 - A Liberdade

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O egoísmo persegue os homens, em busca de tomar o poder, da inveja pelo próximo. Nenhum reino será impedido das guerras. Onde o homem cruel busca pela sua anseia de destruição. Ilema estava destruída por dentro. O que mais poderia fazer ao ver seu povo sendo massacrado novamente? Quando era a si mesmo não importava.

Entre as paredes do palácio estava Noturnid com Enil na sua frente, junto com os outros grandes famílias líderes de Núbia.

-Tem certeza que vai dar certo? - Perguntou Enil, estava tremendo ao falar com Noturnid.

-Sim, não se preocupe. -

Noturnid se levantou, seu sorriso era sarcástico, se aproximou com sua espada e apontou para Enil bem próximo do seu rosto, a lamina quase tocava seu rosto.

-Ninguém é páreo para mim, eu vou massacra-los. Esses vermes insolentes que ousam me desafiar, irei empalar eles todos. Não ouse desafiar meus comandos novamente, muito menos dar comandos de guerra que não estão no seu comando, mas uma atitude dessa e irei fatia-lo em milhares de pedaços e darei para meus lobos.- Disse ele.

Virou seus olhos para seu grande fiel associado; senhor Gulus e disse;

-Mande cinco concubinas para meu quarto. Preciso me preparar para a guerra, e não se esqueça de muito vinho. -

Seus passos pesados cintilavam pelo palácio, saindo pela porta foi de encontro para seu quarto. Lá estava as mais belas mulheres que tinha de Núbia, seu sorriso perverso, seu desejo por poder. Tudo se encontrava no prazer. Agarrou a primeira pelo cabelo e puxou com tanta força, tacou na parede; sua cabeça bateu na parede fazendo com que desmaiasse. Provavelmente já estava morta. Os olhos das outras com medos estavam amedrontadas.

-Sim, é assim que eu gosto. Bastante medo, agora venham minhas graciosas jóias. -

Enil se ajoelhou e começou a chorar, depois de pressionado por Noturnid. Os dias costumeiros normalmente eram assim. muitos não ousavam desafiar Noturnid, e as perguntas eram cada vez mais difícil.

-Os dados estão certos? - Perguntou Martuta, seu rosto estava mais esquelético que o normal. Seu gibão roxo era tão estranho quanto o de Nannati, ambos eram tão egocêntricos.

-Estão. Em pouco tempo Núbia vai cair. Noturnid é muito iludido pelos desejos e prazeres. Uma hora ou outra seus soldados vão cometer um error, apesar de que as batalhas que teve em campo aberto foram ganhas. - Respondeu Nannati.

Enil se apavorou. - Não podemos confiar. Precisamos fugir logo.

-Eu entendo o seu medo Enil, mas precisamos ter cautela. Esse povo é conhecido por dizimar população inteira, principalmente seus nobres. Soube por boatos que todas as mulheres foram estupradas nos vilarejos próximos e seus homens mortos.

-Por Enki, nossa Núbia vai ser massacrada. - Disse Enil.

-Poupe-me da sua empatia. Quando se tornasse assim? - Disse Nannati.

Núbia havia sido cercada por um novo inimigo, o sitio durou por vários meses, Noturnid foi capaz de retalhar os inimigos através das muralhas, porém, um imprevisto aconteceu. Um erro foi cometido, que botou toda a cidade em risco. Um dos soldados de Núbia havia esquecido de trancar uma das portas de saída da muralha. A sede dos seus soldados por vinho e mulheres fizeram com que desviassem sua atenção. Achando ser um grande exército e sim era, porém até mesmo os grandes exércitos sucumbe para os pequenos erros daqueles que são tolos em achar que sempre vencerão.

Logo a cidade se encheu de soldados sumérios. Noturnid depois de assumir o poder de Núbia, e por muito tempo comandando Kazob e Kazap — reconhecidos por Notunid como dois grandes generais. Os dois acabaram por fugir de Núbia, e deserdar do comando de Notunid, enfraquecendo a armada de Núbia sem precedentes. Ninguém sabia para onde eles foram. Com essa informação logo Núbia foi avistada por má olhares. E traçando uma nova guerra, com o império sumerio.

Ilema presente no palácio observando a cidade entrar em chamas e dezenas de soldados combatendo, e outros entrando pela cidade. Correu até o templo onde estava Enki. Segurando as chaves da gaiola em sua mão. Seu rosto ainda havia muitas manchas, seu corpo estava mais magro do que o normal. Seu coração batia tão alto que conseguia escutar, estava em perigo e sabia oque aconteceria se os soldados a pegassem.

Eu preciso libertar Enki! Eu espero que ele ainda possa me perdoar, e se for destruir esse mundo. Que assim seja!

Estava ansiosa carregando as chaves para abrir a gaiola de Enki, logo os corredores do palácio se encheram de soldados inimigos. Muitos já haviam chegado no palácio e quase próximos do templo de Enki.

Um dos soldados sumério observou aquela reluzente criatura passando pelos corredores do templo, seu desejo já atiçou.

Os sons de gritos e desesperos eram escutado a distância, criando uma grande orquestra aterrorizante. Passando pelo corredor que levavam para o templo de Enki. Ilema tentava procurar a chave em meio a dezenas de chaves o mais rápido possível para abrir a gaiola de Enki. Eram tantas e nunca teve a chance de abrir. Quando um dos soldados inimigos a puxou pelo cabelo.

-É a famosa imperatriz prostituta. – O soldado se virou para os outros homens que estava saqueando o templo. -Aqui, achei uma coisa mais valiosa, venham homens! - Os homens que o escutaram, estava correndo na porta, de repente pararam e foram na direção deles. Eram vários deles. Ilema não teria a minima chance, seria o seu fim. Depois de tudo que passou nas mãos de Noturnid, seu destino terminaria assim?

Ele a carregou pelo corredor e a jogou contra a parede, começou a amaciar suas mãos sobre seu corpo. Ela então pega sua faca que estava amarrada na cocha, e acerta o pescoço, o soldado cai no chão imóvel.

Pegando as chaves de volta para tentar abrir a gaiola.

-Eu não consigo. Qual é a delas!!? –

- Tem mais três soldados vindo, rápido Ilema! – Disse Enki.

Os soldados estavam ao menos de alguns metros de alcançar suas mãos em Ilema, e ainda restando apenas duas chaves para testar na tranca. Ilema observou uma que estava com o símbolo da sua mãe: uma flor com três pontas e então tentou abrir — o barulho do tique da tranca e então a gaiola é aberta. Soltando pequenas partículas negras no ar visíveis, que só Ilema conseguia ver.

Enki estava livre.

O chão tremeu, os céusficaram mais escuro com nuvens negras preenchendo todo o céu,relâmpagos e estrondo tão altos que faziam com que as paredes tremessem. Todos os soldados que estavam batalhando no pátio haviam parado eobservado oque acontecia. Uma nuvem negra afligiu sobre o coração de todosos homens, e sentiram enjoou no estomago

Manto Vermelho - AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora