Capítulo 14 - Gilgamesh

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 Enki observou Ilema, de pé em cima do jardim suspensos e correu em sua direção. Ela pulou nos seus braços e o abraçou forte, e ele se sentiu sem reação com os braços soltos. Ela segurou os braço dele e botou na suas cintura. Nesse instante uma conexão por telepatia passou por eles, reconfortando-a por todo sofrimento que passou. Ela sorriu, sentindo toda a energia passando por seu corpo. Ela olhou para suas feridas e todas haviam sido curadas, a dor no seu joelho havia sumido, as cicatrizes, os medos, a insegurança, tudo havia sumido.

Pela primeira vez Enki sentiu oque seria o sentimento do amor, mesmo de raças diferentes. Ele tão distante de conhecer tal sentimento enraizado no seu ódio frenético por energia. Ser submetido, aprisionado, e passado tanto tempo longe do que aprendeu. Percebeu que suas origens era diferente, que a sua essência não era só para a destruição, seus irmãos haviam o ensinado errado, e seu pai tinha razão. Sentiu uma energia que nunca havia conhecido, além da destruição que conhecia; sentiu uma energia mais pura e limpa, partículas imaculadas de luz o invadiam.

Logo sua aparência negra, se tornou em uma forma mais de luz e limpa.

-O que é essa sensação? - Disse Enki a abraçando, e a olhando nos olhos.

-Isso se chama Amor, o sentimento mais puro. Esqueci de te ensinar algumas coisas - Ilema sorriu e então o beijou.

E assim aprendemos, que todos os seres que habitam no Universo são carregados de uma energia e como eles decidem fazer com essa energia, vão decidir seu caminho!

Os tempos foram passando, luas de prosperidade se levantavam no horizonte junto com a Era de Ouro. Cidades próspera inundadas pelo conhecimento dos reis da aurora. Enki a cada dia pertencia mais ao mundo. Aventuras incríveis de um mundo desconhecido que nunca poderia imaginar no seu interior que seria capaz de viver. Amigos e Pessoas, guerreiros que causavam o caos tinham seu destino em suas mãos, junto com todas as criaturas negras que existiam. Lobisomens e vampiros tremiam com sua presença, e muitos se esconderam. Os clãs de antigamente não eram capazes de matar humanos, Enki agora conhecido como Gilgamesh decidiu por si que seria capaz de proteger toda a humanidade. Seu segundo nome era conhecido por todos como Gilgamesh, o rei reluzente. O Emissário da Luz. Muitos monstros se espalharam pela terra distante, então Gilgamesh salvava os vilarejos de suas mãos e garras cruéis. Civilizações de humanos foram emergidas e graças aos dois Reis da Aurora, cidades prosperaram. Mas em uma noite qualquer, quando tudo estava perfeito. Duas cidades foram dizimadas do mapa em plena luz do dia, um ser desconhecido havia habitado nas profundezas.

Sodoma e Gonorra sucumbiram.

Gilgamesh partiu em sua missão, e em uma batalha que resultou da destruição de um continente inteiro. Submergido pelas ondas e marcas das batalhas que durou por meses. Os povos tremeram e nesse dia todos acreditavam ser o fim do mundo. Um povo distante, chamado de filhos de abraham criaram o manuscrito do mar negro contando todos os relatos dessa batalha, que um dia se perdeu nas ondas no desconhecimento.

Lá estava Ilema, triste. Pálida por um dia nunca mais poder ver Enki. Não sentir mais todos os momentos deslumbrantes que viveu ao seu lado.

-Eu preciso ir. Mais deles vão vir, descobri que Tiamat, era só um dos Errantes que haviam partido em busca de minha presença. Minha história é muito distante, meus traços são carregados de muita destruição, muitos deles nunca me esqueceram, eu preciso ir antes que seja tarde demais para todos os humanos que viveram ao meu lado. Eu encontrei heróis e pessoas muito boas, pessoas que carregadas de energias mudaram completamente meu questionamento, e ajudar eles fazem parte de mim agora, meu nome se perdeu e agora me considero como Gilgamesh, e sinto que um dia não passarei nada mais que uma lenda. Meu verdadeiro nome é Xohis, como era chamado pelo meu povo. Era um ser da Destruição temido, e odiado por muitos ancestrais do universo. –

E então em uma última noite, nos braços do luar. Ilema sentiu a energia penetrando todo o seu interior de Enki. Deixando assim um pouco de sua sombra para protege-la até seus últimos dias, fazendo com que Ilema vivesse mais anos. Ganhando a primeira marca do poder.

Enki viajou pelas infinitudes dos limites do universo, chegando até seu planeta natal. Tão escuro e denso, mas suas boas vindas não foram bens e nos confins de sua existência foi aprisionado pelos seus irmãos, e uma porta gigantesca com os símbolos e marcas amaldiçoando.

Somente o dia que um sangue banhado pelo guerreiro mais bravo e corajoso que existe seria capaz de liberta-lo. Essa foi sua maldição.

Manto Vermelho - AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora