Capítulo 18 - A Rastreiadora.

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   Deixando a casa de Efetus, ambos seguem em diante, seguindo a estrada rumo ao norte de Marsellhas, onde fica o Velho Alvorada Magnir, seguindo uma estrada menos movimentada, eles chegam em um local da cidade onde há um templo abandonado. Orzeo se espantou por Efetus ainda não ter visto aquela parte da cidade. O templo era cinza com umas texturas desbotadas e símbolos verde-escuro. Destruído e com a estrutura de cima caída e próximos de muitas vigas e poucas casas por perto, ali era um lugar onde as pessoas evitavam passar, as paredes e as pedras continham muitos símbolos ocultos e os moradores locais acreditavam que existia uma maldição presente.

— Olhe esses símbolos, ouvi falar que antes de conquistar Marselha os povos que viviam aqui cultuavam uma deusa, e que eles sacrificavam uma mulher grávida a cada seis meses, dizem que essas terras são amaldiçoadas — disse Efetus, sentindo um arrepio na espinha, fazendo o sinal a Júpiter. — Quem é capaz de sacrificar uma mulher grávida? — perguntou.

— Devem ser só mitos — respondeu Orzeo, se aproximando dos símbolos em uma parede próxima do templo, os dois pararam em frente as imagens e ali permaneceram por alguns segundos. — Vamos indo, temos o dia todo ainda para conseguir esse trabalho, e quanto mais a gente demorar, menos as chances de o garoto estar vivo, e esse lugar está me dando arrepios.

Apressando os passos em direção ao antigo bar, depois de andar duas milhas de distância do local onde haviam saído, eles avistam o estabelecimento. Feito de madeira com uma cor viva marrom escrito Velho Alvorada Magnir em gaélico, utilizando galhos e paus. Estava grande e destacado. Uma das primeiras construções que não foram modificadas quando Roma invadiu. Com uma aparência tribal, o bar é um lugar de velhas lembranças e histórias. Onde a maioria dos guerreiros vão para contar seus contos e façanhas ou apenas encher a barriga de rum e cerveja.

Entrando no bar eles avistam uma mesa no meio com vários soldados reunidos e mulheres sobre seus colos, pareciam contentes, Orzeo os invejou. O que menos tinha era dinheiro para gastar com prostitutas. Outra mesa com um grupo de caçadores almoçando, portando arco-flechas nas costas, e mais à direita mais duas mesas próximos a parede, onde está o local mais escuro, uma das mesas com três homens jogando baralho e discutindo, alguns parecem não está tendo um bom jogo. Do lado dessa mesa, uma pessoa estava sentada, portando um capuz preto e arco-flecha verde visível só na ponta, e por fim outra mesa com dois velhinhos tocando tambor e flauta, o local tem uma atmosfera sombrio, o canto da dupla que faziam a alegria.

Sem a música, a atmosfera daquele lugar seria outra, apesar de ser dia não tinha nenhuma janela, o lugar estava com umas velas bem localizadas pelos cantos e algumas penduradas dando luz ao lugar. Orzeo se perguntava porquê aquele lugar ainda não foi incendiado pela grande quantidade de velas.

Uma garçonete chega trazendo uma bandeja com uma jarra de cerveja na mesa dos soldados, um deles dá um tapa na bunda.

— Olha essa bunda, há se eu tivesse uma noite com ela — disse o soldado olhando para o traseiro da garçonete, ela deixa a jarra na mesa e carregando um olhar sereno volta para a frente do bar.

Orzeo caminhando em frente ao bar. A mulher o avista.

— O que gostaria de beber?

— Vou querer duas cervejas de malte, se tiver de Jordana melhor.

— Ah sim.

A garçonete logo vai para um balcão cheio de bebidas, se abaixa em um barril e enche dois copos de cerveja e entrega para os dois que agora estavam sentados.

Orzeo deixou quatro asses em cima da mesa, o suficiente para encher dois copos. — Preciso de uma informação, saberia me dizer se existe algum rastreador por perto? — Ela o olhou fixamente.

Manto Vermelho - AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora