Capítulo 23 - Na Estadas de Roma Nada se Esconde.

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Ao observar que era indefeso. Mostrava medo em sua afeição. Lis guarda seu arco-flecha. Sua expressão mostrava um olhar amedrontado, com os braços colhidos. O homem chega próximo deles.

— Eu vi tudo, o meniooono , Nãooo-oo era human-oo-no. – Gaguejou o homem.

— Como assim?! — perguntou Orzeo.

Logo Pretus se ansiou.

— Meu filho, você o viu? Era um menino com uma saia com uma presilha azul, cabelo curto. Por favor, diga que você viu. — Pretus pegou ele pelos ombros, e o balançou desesperadamente buscando uma resposta do homem, o homem nervoso sem conseguir dizer nada, olhou para o chão. O olhar estava distante, demostrava muito aflição pelo que havia visto.

Orzeo se aproximou dos dois, separando-os.

— Deixe-o fala. 

— De repente... engoli...uuu-u o menino, monstruoo — disse o homem tremendo com uma voz roca e muito baixo. — Eu nunca vi nada assim, entrou numa porta escura, tudo escu.... — Finalizou o homem sem conseguir falar direito, se ajoelhou e se encostou na parede tremendo.

— Ele está em choque ainda — afirmou Lis se aproximando dele, o tocou no ombro. — Calma. — Ele olhou para os olhos dela, e se acalmou rapidamente. 

Começou a dizer tudo que sabia para Lis. Sussurrando palavras que só Lis conseguiu ouvir, conseguiu fazer com que aquele homem falasse, nas suas palavras não mostravam medo, ou gagueira.

Lis se virou para Orzeo, suspirou ao perceber a expressão imensa de curiosidade.

— Uma mulher que se transformou em uma criatura, atravessaram por uma porta escura. 

— Entendo — disse Efetus, com as mãos no queixo. — Então parece que realmente temos uma criatura rondando por Marsellhas.

Quando o céu começa a escurecer. Os primeiros pingos de chuva caem, não chegando em nenhuma pista que levassem até onde estavam as crianças. Qual caminho poderiam seguir dali em diante e quais pistas valiosas que fariam encontrar as crianças, agora pelo menos sabiam que realmente era uma criatura e não um homem, o quão forte ela poderia ser? Era preciso pensar, criaturas são seres naturais de destruição, precisariam da ajuda de muitos homens.

Os chuviscos se transformaram em chuvas fortes, desaparecendo assim as pegadas que estava no chão.

Orzeo com seu cabelo molhado, botou sua capa na cabeça.

— Netuno de novo nos desfavorecendo — disse ele.

Efetus olhou para o céu que estava escuro. Os primeiros relâmpagos começaram a vislumbrar na distância ao noroeste.

— Amanhã continuaremos nossa procura — exclamou Efetus, então prosseguiu;

— O local será na praça central dos mercadores. Na frente do comerciantes de batatas, de mais cedo. Caso ele não estiver hoje, no banco central próximo ao museu pagão. Quando o sol estiver nascendo, se encontraremos lá.

Orzeo ficou ansioso, pensou como iria fazer para dormir mais uma noite. Seus instintos diziam que uma batalha estava próxima, isso o fazia tremer de ansiedade.

—  Vou me embebedar de vinho enquanto isso, Lis quer me fazer companhia? — "Vai saber talvez eu consiga, a como eu queria uma companhia como ela, tão doce são seus olhos verdes. Seus longos cabelo loiro, iria passar minhas mãos úmidas por todo seu corpo, enquanto a beijo inteira", pensou Orzeo, que nunca tinha visto uma pele tão linda como a da de Lis.

Tentou passar um olhar conquistador, fixo e cheio de expectativas.

— No mesmo lugar — afirmou Lis olhando friamente para eles, botando o capuz na cabeça, e indo embora, quando do nada um gato marrom passa por ela, e a segue junto.

Orzeo apontou para a direção que Lis foi.

— Você notou também? 

— Notei sim, não sou cego — respondeu Efetus.

— Aquele gato não saiu da nossa cola. 

— Todo tempo que perdemos, mais perto ele está da morte, não podemos ir embora, temos que continuar! — exclamou Pretus, nervoso.

— Com esse tempo anoitecendo a cidade fica um caos. Piora ainda mais as nossas chances de acha-lo. Não se preocupe Pretus, vamos achar seu menino! — exclamou Efetus olhando-o. Pensando como estaria no lugar dele, caso Ovelia sumisse. Nem por um minuto imaginaria. Toda quieta, tímida. Já a conseguia ver ela quando crescesse, seria uma mulher de princípios. O que ela queria ser? Efetus pensou em talvez ser dona de casa, sempre grudada com suas bonecas de palhas, ou trabalhar para algum dominus como filosofa. Existia muitas possibilidades. Sindra provavelmente queria ser uma padeira, com suas receitas imaginárias. "Não vejo a hora de vê-las grandes.", pensou ele.

— Por favor estejam lá pelo amanhã, que Netuno guarde vocês — dissePretus, pensando na possiblidade que no outro dia não estaria ninguém lá para ajudar. Quem é louco, depois de saber que é uma criatura mística. As chances de morrerem é grande qualquer um.

Manto Vermelho - AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora