Morgan
Me levantei devagar, tentando me soltar dos braços do Constantine, ele parece estar em um sono muito profundo, não quero acordar ele desse sonho. Ver meu marido dormindo bem já é algo raro, ainda mais depois das perdas recentes. Eu queria muito vê-lo descontraído como sempre e não com olhos cansados de tanto peso, seus sorrisos sinceros fazem falta.
Lavei meu rosto para afastar os pensamentos impróprios que tive, quase morri do coração ao voltar para o quarto, Tine estava sentado na cama encarando a janela, quase caí para trás por susto. Coloquei a mão no peito e caminhei até ele.
- Não vai voltar a dormir?
- De onde tirou que eu estava dormindo? - Abraçou minha cintura e encostou o rosto em mim.
- Então vai ficar acordado?
- Acordado não, vou ficar te admirando... - Precisei rir, não consegui esconder o quão feliz fiquei com o elogio.
- Obrigada, Tine.
Ficamos conversando até amanhecer. A temperatura no quarto parecia estar baixa, mas quando Tine me abraçou e fez cafuné, acabou derretendo até o meu coração. Tudo bem que eu derreta o coração para qualquer carinho que me ofereçam.
Só consegui dormir desse jeito. Acordei tarde e com uma miniatura de cachorro do meu lado, posso jurar que Asterin odeia me ver dormindo.- Bom dia para você também, Ast. - Ri com a lambida que ele deu na minha bochecha. - É um aviso que o café está na mesa?
Ele latiu e balançou o rabo, não demorou para voltar a me lamber. Me sentei enquanto olhava em volta, o lado do Constantine está totalmente arrumado, nem parece que ficou abraçado comigo na noite passada.
As roupas que ele dormiu também estão dobradas em cima da poltrona.- Nem uma cartinha ele deixa. - Me levantei. - Seu dono é um canalha.
Falei olhando pro Asterin, ele sentou na cama e inclinou a cabeça pro lado, como se estivesse entendendo.
- Sim, estou falando do Constantine, ele é um mané! - Parou de olhar para mim, está olhando para outro lugar. - Asterin, não me ignore, poxa!
Me abraçaram por trás, segurando minha cintura e me levantando como se não pesasse nada. Posso sentir que está resmungando do meu grito, já que chegou por trás e me assustou!
- Me solta! Agora! - Bati com o cotovelo na barriga da pessoa. Ela me soltou. - Vou te fazer virar eunuco!
- Você não mata nem barata, Morgan. - É Constantine, não o que eu conheço.
- Por que está sem camisa? E por que está em casa? Pensei que não ficasse em casa essa hora.
- Vamos ter um dia na piscina.
- Dia na piscina? Eu nem sei nadar, Tine. - Vi ele rir, achou engraçado.
- Vou te ensinar a nadar, na verdade não só eu...
- Eu vou ensinar também! - Nick cortou ele enquanto pulava do meu lado, segurando meu biquíni. - Vamos, vamos, vai se vestir!
- De onde você veio!? - Se eu tivesse problema de pressão, estaria morta.
- Eu vim da minha casa no outro lado da cidade, agora vai se trocar boba.
- Mas... Ah... - Não consegui raciocinar, Nick me guiou pro banheiro e fechou a porta. Antes me deu o biquíni.
Se eu negar, vão me jogar na piscina à força.
Me troquei e coloquei os aparelhos, escovei os dentes e lavei o rosto. Ainda estou com sono.
Sai do banheiro rápido até, mas não tinha ninguém no quarto, devem estar esperando na piscina, segui as vozes e só parei quando fiquei perto delas, foi a melhor ideia da minha vida. As vozes me levaram até a cozinha, onde encontrei uma mesa cheia de comidas. Bolos, frutas, café, suco, pão... Tudo que possa imaginar. Tenho certeza que estou babando. Íris sorriu para mim e falou bom dia, também me mandou tomar a vitamina de todos os dias. Nick está agarrada com ela, beijando a bochecha da senhora e dizendo que estava com saudades.
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Marriage of Convenience
FanfictionConstantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os dois foram obrigados a casar-se por motivos diferentes, agora precisam aprender a conviver juntos. Mas como fazer isso se os dois se odeiam...