Morgan
Não sei o que Constantine está me escondendo, mas ele parece estar mal, na verdade, está protetor até demais, não quer me deixar sozinha ou com alguém que não seja Íris e John, desde ontem quando voltamos da patrulha, mas ele não me diz o que é.
- Já almoçou, querida?
- Já. - Beijei a testa da Íris. - Eu vou sair agora, preciso ir no galpão.
- Sem o Tine?
- É, ele deve estar lá já, ou procurando outra coisa.
- Mas o John não está hoje, e recebi um pedido de não deixar você sair com outro motorista.
- Não vou com outro motorista, eu vou dirigindo. - Ela arregalou os olhos. - A estrada tem sinal, e o máximo que pode acontecer é eu ter uma crise de pânico, pode ficar tranquila.
- Tranquila...
- Eu volto até a janta, ou antes disso até. - Acenei, saindo.
Ela abriu a boca para falar algo, mas se disse, eu não escutei.
Peguei a chave do carro com um dos motoristas, falei que ele poderia ir para casa. Entrei no carro e joguei minha bolsa no banco do carona, suspirei e liguei o motor, ajeitei o banco, colocando ele mais para frente e ajeitei os retrovisores. Gosto do ronco do motor desse carro, é esportivo, caro e rápido, estou sem aparelhos, mas sempre escolho esse para sair. Também é de uma cor que me agrada, preto nunca sai da moda.
Talvez eu possa pedir um carro de Natal, tenho certeza que vou ganhar um se pedir.
Dei ré e sai de casa, estou chamando a atenção pelos olhares, adoro os olhares por que devem estar pensando: Quem é o velho que banca uma menina nova dessa? Ninguém pensaria diferente.
Mas se tem uma coisa que sou ruim, é no volante, não consegui treinar muito minha direção, mas sei muitas coisas na tentativa.
Parei no sinal, esperando que ele abrisse, mas antes de eu seguir meu caminho, algo me chamou atenção.
Uma cafeteria com muitos doces de vitrine, dei a volta quando consegui e estacionei na frente. Peguei minha bolsa e desci do carro, entrei na cafeteria admirando a beleza simples do lugar. Fui até o fim da fila, esperando a minha vez de chegar ao caixa, admirando as vitrines, minha boca salivou só de ver.
Senti alguém cutucar o meu ombro, olhei para trás, perdida.- Você é a última da fila? É para entrega?
- Ah, eu sou.
- Mas aqui é para pagar - Apontou para outra fila, a que é para escolha dos doces
- Ah, desculpe. - Sai da fila, indo para a certa.
Em poucos minutos fui atendida.
O meu pedido foi um pouco de cada.
Pedi donuts, bombas de chocolate, tortinhas, fatias de bolo, cupcake... Tudo o que tinha. E a quantidade final foi de quase cem 40 doces, fui pagar agora. As pessoas que ouviram o meu pedido ficaram um pouco boquiabertos ou achando que eu faria uma festa de última hora, talvez eu só queira experimentar um de cada.
Paguei e sai com os pedidos, claro, um funcionário me ajudou a levar até o carro, colocamos no banco de trás.- Obrigada. - Ele acenou levemente e voltou para dentro.
Os bancos ficaram cheios de caixas de doces.
Entrei no carro e voltei a dirigir, no meio do caminho, peguei vários doces, sempre que parava nos sinais.
Cheguei no galpão ainda comendo alguns, entreguei as caixas para dois capangas.- Faça o que quiser com isso - Falei enquanto entrava no galpão, não vou comer todos os doces.
Eles assentiram.
- Vamos distribuir - apenas dei de ombros e entrei.
Fui direto para a sala onde o Scott está, terminei de comer o meu doce primeiro.
Entrei e acendi as luzes, ri quando vi ele.
Está coberto de sangue, pálido e com uma expressão exausta no rosto.
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Marriage of Convenience
FanfictionConstantine Hill, chefe da máfia italiana. Morgan Stanley, uma jovem metida em negociações de interesse. Os dois foram obrigados a casar-se por motivos diferentes, agora precisam aprender a conviver juntos. Mas como fazer isso se os dois se odeiam...