𝐇𝐚𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐭𝐚𝐥

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Constantine

Passei a madrugada inteira no escritório, Cristine esteve aqui, conversamos como nos velhos tempos, por minutos seguidos, ignorei tudo o que estava acontecendo. Quando ela saiu, eu voltei aos estudos e só voltei para o quarto de manhã cedo, entrei silenciosamente, Morgan ainda dormia quando caminhei até o lado dela da cama e abri a gaveta, para pegar o remédio de dor de cabeça, porém, encontrei algo bem mais intrigante.
Um teste de gravidez, um teste de gravidez que marcava positivo. Isso é péssimo, queria estar sonhando.
Encarei o teste e a morgan, intercalando os olhares. Minha expressão agora é de desespero, não sei o que fazer, por que ela não me disse? Por que escondeu isso?
Me sentei ao lado dela e fiz carinho no rosto para que acordasse, me diga que isso é mentira, por favor.

- Ainda está muito cedo... - Resmungou e me olhou.

- Sente na cama.

- Eu não quero. - Virou de costas para mim.

- Morgan, senta na cama. - Virei ela para me olhar, está sem os aparelhos. - Senta na cama. - A levantei devagar para sentar.

Peguei a mão dela e coloquei o teste, ela olhou para ele confusa e coçando os olhos.

- Por que está me dando isso? - Me olhou.

- Estava na sua gaveta, por quê?

- Na minha gaveta? Por que na minha gaveta?

- Eu que pergunto, por que na sua gaveta?

- Não sei, não fiz e nem comprei teste nenhum. - Parece estar mentindo, já que está aflita.

- Não minta.

- Eu não tô mentindo.

- Então como foi parar lá?

- Não sei, já falei. - Pegou os aparelhos e colocou eles nos ouvidos. - Eu não fiz nenhum teste.

- Ninguém entra aqui além de mim e você, Morgan.

- Mas eu não fiz nenhum teste, estou falando a verdade!

- Não ia aparecer do nada!

- Tine, isso não é meu! - Por que está mentindo? Por que ainda mentindo? - Nunca fiz teste de gravidez!

- Não tem como não ser seu!

- Não tem como eu estar grávida! Porra!

- Tem sim!

- Não, não tem! Eu não estou grávida! Isso não é meu!

- Então de quem é porra?!

- Já falei que não sei! Não faço ideia. Agora para de dizer que estou grávida! - Está respirando fundo, talvez a pressão tenha caído com o susto.

Suspiro pesadamente e passo as mãos na cabeça, ela está me encarando quieta, realmente a pressão dela caiu, está se apoiando com as mãos no colchão.
Seguro os ombros dela.

- Deite de novo. - Me levanto para pegar os remédios de pressão.

Ela se deitou, respirando fundo e tentando não apagar. Coloco os comprimidos na mão rapidamente e a ajudo a engoli-los. Fez careta por causa do gosto amargo deles, mas depois ficou quieta.
Fiquei com ela até que a pressão regulasse novamente, o que demorou, já que precisei levantar os pés dela. Mais uma vez, culpa minha, não deveria ter a deixado agitada logo cedo.
Voltou a dormir antes que eu percebesse. Não sei o que pensar, não sei como esse teste veio parar aqui se ela jura que não o fez.
Eu só poderia ter certeza que não é dela se fizesse um exame de sangue. Mas ela vai negar, tenho certeza. Mesmo assim, não custa nada tentar. Não vou comentar nada agora.

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