𝐔𝐦 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨.

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Pov Morgan:

O caminho inteiro foi desse jeito, com beijos, abraços e mãos bobas, da parte dos dois.
Chegamos em uma espécie de clínica, sério que vamos ver sobre a cirurgia hoje?
Saímos do carro juntos e caminhamos até lá dentro. Ele me levou para fazer os exames necessários e falar com o médico detalhes para a cirurgia, foi mostrado para mim a clínica, sala de cirurgia e uma conversa detalhada e demorada sobre riscos, recuperação, cicatriz e o tamanho que os meus peitos ficariam depois. Quando disse que seria rápido, não pensei tão rápido assim, Tine é impulsivo.
Fiz algumas perguntas e depois fiquei quieta, Tine não me deixou sozinha nenhuma vez. Fomos embora quando acabamos de conversar e fazer os exames.

- Você é impulsivo. - Falei enquanto saía da clínica.

- É um defeito, infelizmente.

- Você só não marcou o dia da cirurgia porque precisava falar comigo.

- Não gosto de deixar as coisas para depois.

- Mas isso foi rápido.

- Rápido demais?

- Muito rápido.

- Desculpe. - Abriu a porta do carro para mim.

- Agora vamos para casa?

- Vamos a um restaurante.

- Restaurante?

- Restaurante.

- Oh, que chato. - Bufei. - Não vou ser a comida principal.

- Meu lado feminista odiaria concordar com isso.

- E eu odiaria te ver negar.

- Bom, vamos ser civilizados hoje.

- Sempre somos civilizados. - Caminhamos até o carro.

- Que piada. - Riu falso.

Entramos no carro e continuamos com a aposta, com as mãos bobas e beijos, ainda tenho 3 dias e algumas horas.
Fomos para um restaurante, na verdade, parecia ser um restaurante de frutos do mar. Um restaurante caro e chique, muito chique.
As pessoas que estão entrando e saindo tem um ar de "nobre", parecem ser donos de negócio ou turistas com bastante dinheiro.

- Frutos do mar? - Perguntei quando sai do carro. - Por que vamos comer frutos do mar?

- Porque eu reservei uma mesa neste restaurante, não em outro.

- Que bom que negou sobre eu ser o prato principal, ou vai me chamar de piranha?

- Não é uma piranha, é minha esposa. - Beijou minha bochecha. - Vamos entrar, antes que me acuse de te chamar de algo.

Andamos até a recepção, onde Constantine deu nossos nomes, ou só o dele, já que foi ele quem fez a reserva. Entramos com facilidade, nos direcionaram até uma mesa no segundo andar, onde parecia ser mais calmo e chique, deve ser por causa das pessoas bem vestidas, estão iguais empresários ou só pessoas de famílias ricas, igual Tine.
Vamos lá, isso aqui está bem desigual, só consegui entrar nesse restaurante porque estou acompanhada de um cara rico, bem visto pelas pessoas e filho de papai, mesmo que não no bom sentido. Se eu estivesse sozinha, ainda usando roupas antigas antes do casamento, não me deixariam entrar aqui, mesmo que eu tivesse o dinheiro contado para comer o prato mais caro do cardápio.
Me sentei com o Tine em uma das mesas do fundo, perto de um aquário com diversos peixes, coloridos e grandes. O restaurante é iluminado por lustres delicados, de vidros detalhados como cristais, tem um pianista tocando uma música calma, que é acompanhada por um violonista. Os garçons andam de um lado para o outro, servindo pessoas e anotando pedidos, todos muito bem vestidos e arrumados.
Nas paredes, tem quadros de pinturas, parecem ser réplicas ou então, compradas em um leilão, mas são bonitas. Não consigo parar de encarar as pinturas, principalmente as que parecem ter saído das histórias de mitologia grega.

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