Parece ter sido à muito tempo não?
Mas não foi. Ou foi?
Dois anos e meio? Três? Talvez eu tenha acabado por perder a conta.
Terá alguma vez isso sido realmente importante? O tempo...
Não, tenho a certeza que não.
Agora percebo a lentidão com que nos arrastávamos, os dias nunca correram.. Mas deviam te-lo feito, para desejar-mos que eles abranda-sem.. O tempo devia ter-se esgueirado, para pedir-mos que pará-se.. Os segundos deviam ter voado para longe, muito longe, para implorar-mos que volta-se, e congela-se. Mas nada disto aconteceu. O único escritor aqui era eu, a única a acreditar em romances, contos de fadas.
Porque é que te viras-te contra mim? Quando tudo o que eu quis fora o teu bem? Agora que tens preparado para mim? Consegues fazer-me pior do que eu fiz? Eu decidi amar-te, à muito tempo.. Poderei agora remediar-me? Penso que sim, agora consigo. Aqui não há meios termos, eu tenho de conseguir, já nada me espera ou pode esperar vindo de ti.