Acordo mais cedo do que esperado no dia seguinte e então decido fazer um café da manhã mais elaborado. Acabo fazendo umas panquecas e um suco de laranja. Como e em seguida vou para o meu quarto e visto uma roupa. Lavo meus dentes e faço minhas higienes e em seguida desço as escadas saíndo de casa.
Acordei com um pressentimento estranho. Parecia que algo ruim ia acontecer, ou já aconteceu.
Vou caminhando até à escola e no caminho encontro cartazes de algumas crianças que aquele sequestrador já tinha levado. Bruce Yamada era um deles, ele era um cara bem legal. Conheci ele em um dos jogos de Finney...Chego na escola e vejo as pessoas susurrando e falando algo. Algumas olham para mim, mas decido não ligar. Sabe aquele pressentimento de à pouco? Pois ele estava cada vez mais forte e eu pude confirmar isso quando cheguei perto de Finney e Gwen e observei suas caras.
- O que tá acontecendo? - Ambos se olham com um semblante triste e em seguida Gwen me abraça.
- O Robin foi apanhado. - Quando Finney falou isso parece que algo atravessou meu peito.
- Quê? Como? Eu tava com ele ontem! - Falo com os meus olhos lacrimejando.
- Eu recebi uma ligação ontem à noite foi assim que eu descobri. Hoje terão as buscas. Você quer ir?
- É claro que eu vou! Robin é meu amigo. Eu não to acreditando. Isso não pode estar acontecendo. - Não aguento e começo a chorar enquanto ambos me abraçavam. Eu sei que conheço Robin faz pouco tempo mas eu consegui me apegar a ele rápido! Queria não ser assim que merda!
- Hoje só temos aulas de manhã, as buscas começam à tarde. A gente se encontra lá fora no portão. - Fala Gwen.
- Ta bom. - Falo e vou em direção ao banheiro. Eu to com medo, muito medo. Até agora os meninos que foram sequestrados não voltaram e foram dados como mortos. Eu não quero que Robin tenha esse fim. Não ele. Ele não merece. Eu vou fazer de tudo para encontrar ele.
Lavo meu rosto me olhando no espelho e vou em direção ao meu armário. Pego o necessário e vou para a aula. Sinto uma gigantesca vontade de chorar quando vejo que Robin não está ali. O sorriso que ele dava quando me via entrar dentro daquela sala. Isso é um pesadelo? Me fala que é por favor.
Me sento e as aulas começam. Não consegui prestar atenção em nada, só conseguia pensar em como Robin estaria. Será que ele estava bem? Será que ele ainda estava vivo?
As aulas do período da manhã acabaram e eu fui em direção ao portão onde me encontraria com Gwen já que Finney vinha comigo. O caminho até onde começariam as buscas foi silencioso. Eu estava perdida em meus pensamentos e preferi não dizer nada. Ambos também não disseram nada, acho que estavamos todos com medo do que poderia acontecer com Robin.
Chegamos perto dos policiais e pudemos avistar um grupo de pessoas não muito grande já junto dos policiais e de seus carros. Pegamos todos em uma lanterna pois talvez anoitecesse e fomos em direção ao bosque.
- ROBIN! ROBIN ONDE VOCÊ ESTÁ? - Eu gritava desesperadamente. Havia algo dentro de mim que achava que ele poderia aparecer. Mas o meu lado pessimista me fazia ter um pressentimento de que isto ainda não tinha acabado. E ainda tinha muita coisa por vir, e não eram coisas boas.
Passamos a tarde inteira nas buscas mas não descobrimos nada. Voltei para casa chorando, estava cansada e não tinhamos achado nenhuma pista! NEM UMA, MERDA!
Cheguei em casa e tomei um banho logo vestindo a primeira coisa que me apareceu à frente. Fui na cozinha pegar algo para comer pois não comia à algumas horas e voltei para meu quarto. Comi e logo me deitei adormecendo.
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Se passaram 3 dias e continuava tudo o mesmo. Não dormi direito em nenhum desses dias. Eu só acordava e ia na escola porque era uma obrigação. Não conseguia prestar atenção em nada. Essa já era minha última aula.
- Escolham um parceiro de laboratório. Lembrando que esses serão os seus parceiros até o final do ano.
Olhei em volta e avistei Finney sozinho. Pensei em me sentar com ele mas uma garota se sentou com ele. Donna, a garota por quem ele é apaixonado. Fiquei feliz por eles estarem conversando e então voltei a me sentar no meu sítio. Acabei ficando sozinha pois não sobrava ninguém. Talvez se Robin estivesse aqui eu pudesse ficar com ele.
Enfim, a aula acabou e fomos nos encontrar com Gwen.
- Uh Donna, Donna, Donna! - Ela fala zoando o Finney depois de eu ter contado a ela o que aconteceu na aula.
- Cala a boca! - Ele fala sorrindo que nem um bobo. Acabei rindo das caras que Gwen fazia.
- Adeus! - Ela fala indo por outro caminho.
- Onde você vai?
- Hoje é sexta-feira, vou dormir em casa da Suzie então...
- Eu cuido do papai.
- Obrigada! Adeus! Adeus Kim.
- Adeus. - Falo acenando. - Bem acho que vou indo para casa também.
- Beleza. Fica bem tá?
- Eu fico, obrigada. - Falo e abraço Finn. Cada um segue seu caminho para casa.
Caminhei calmamente pelas ruas vazias enquanto pensava em como Robin estaria. Na verdade, durante esses dias só isso passava pela minha cabeça. Saio dos meus pensamentos quando vejo uma van preta estacionada na minha frente. Não ligo muito continuando a andar até que um homem, que parecia ter uns 50 anos, saiu de trás da van derrubando uma sacola de compras. Dei um pulo para trás me assustando.
- Nossa como sou trapalhão! - Ele fala rindo.
- Você quer ajuda?
- Você viu isso? - Ele fala ainda rindo enquanto pega uma casquinha de ovo quebrada me mostrando e jogando de novo no chão. - Você poderia pegar o meu chapéu?
- Ah claro. - Eu falo e pego seu chapéu lhe entregando. Sei que não deveria falar com estranhos então decido ir embora.
- Espera! - Ele fala e eu me viro para olha-lo. - Você gosta de magia? Eu sou um mágico de meio período.
- Eu tenho que ir me desculpa. - Falo caminhando rapidamente.
- Você não quer ver um truque de magia? Seu amigo Robin quis. - Parei automaticamente.
- V-você...como você sabe que ele era... - Falo me virando e dando uns dois passos para a frente. - São balões pretos aí dentro?
- Sim. - Ele fala e abre a porta. Ele puxa os balões e me empurra contra eles. Me desepero e começo a gritar me debatendo. Pego a chave de minha casa que estava no meu bolso e consigo rasgar seu braço. Ouço ele gritar mas logo ele deita um spray dentro de minha boca. Sinto meu corpo ficar mole e só consigo chorar, ele me coloca dentro da van e tira os balões logo fechando a porta.
E então eu me toquei de que essa van, era a van que passou por mim à 4 dias atrás quando eu saí de perto de Robin.

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Born to Die | Robin Arellano
RomanceUma garota se muda para Denver e acaba conhecendo Robin e os irmãos Blake. Kimberly Stones é uma garota tímida, inteligente e medrosa, mas acaba sendo sequestrada por um assassino sádico e psicopata e é colocada em um porão à prova de som. Quando u...