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Essas três últimas aulas passaram bem devagar mas finalmente acabaram e agora era hora do almoço.

Fui até meu armário guardar os livros até porque ninguém merece andar com a mochila pesada. Peguei meu almoço que preferi trazer de casa e fui em direção ao refeitório.

Saí mais cedo da aula então o refeitório não estava muito cheio. Me sentei em uma mesa vazia e começei a comer enquanto fazia os trabalhos de matemática que o professor havia passado hoje mais cedo.

Estava quase terminando quando sinto duas pessoas se sentarem uma de cada lado do banco onde eu estava sentada. Olho para os lados com um certo receio mas dou um pequeno pulo quando umas mãos batem com força na mesa fazendo o cara ficar com o seu rosto perto do meu. Levanto meu olhar e encaro o garoto na minha frente e os outros dois do meu lado. Eram os 3 idiotas que mais cedo perseguiam Finn.

- Para uma novata você até que é bem gostosa. - Ouvir essa frase me deu vontade de chutar a cara desse filho da puta nojento.

- Você não tem vergonha na cara não? Eu nem te conheço seu nojento. - Falo e começo a recolher as minhas coisas a fim de ir embora. Sinto meus braços serem agarrados. - Me larga! - Me debato mas eles não me largam. Não tinha ninguém no refeitório, eu estava sozinha com esses três idiotas, pois o pessoal estava no jogo de beisebol.

- Onde pensa que vai? Ainda não acabamos.

- Tem certeza? - Ouço uma voz conhecida e olho para o lado vendo Robin. Uma sensação de alivio me preencheu nesse momento. - Vai dar o fora daqui ou vou ter que arrebentar a sua cara?

Eles não dizem nada e saiem dali. Meu olhar estava baixo e minha respiração acelerada, talvez pelo medo de que eles poderiam ter feito algo comigo.

Levanto meu olhar e vejo Robin me encarando.

- Você tá bem? - Ele fala se sentando na minha frente.

- Acho que sim. Obrigada.

- Aqueles filhos da puta não cansam.

- Como eles ainda não foram suspensos? O diretor não vê o que esses idiotas fazem?

- Você tá no ano de 1978, as pessoas não querem saber. Olha só, eu posso bater em quem eu quiser e não sou suspenso, mas se tirar mais um F a matemática me expulsam sem nem pensar duas vezes.

- É eu percebi. - Volto minha atenção para meus livros mas sinto Robin me encarar.

- Precisa de algo? - Falo largando meu lápis e me aconchegando no banco.

- Não, só queria te conhecer melhor. - Deixo escapar um sorriso. - Então, você se mudou para cá há muito tempo?

- Não muito, faz uns 3 meses eu acho.

- Legal. Deve ter visto a briga de hoje né?

- Sim, você arrebentou a cara do garoto. - Falo olhando para as mãos dele que estavam com fita. - Não quer que eu limpe as feridas? Não acho que fita adesiva e água vão ajudar muito.

- Não é preciso eu to bem.

- Eu vi como defendeu Finney. Foi bem gentil da sua parte.

- Finn é meu amigo. O mínimo que posso fazer é defender ele.

- Eu devia estar assistindo o jogo dele. Você sabe se ainda falta muito para terminar?

- Na verdade deve ter terminado agora.

- Droga!

- Aí, você é boa em matemática?

- Eu acho que sim, porquê?

- Você tem tempo para passar na minha casa depois da escola?

- Você tem dificuldade nessa matéria?

- O senhor Johnson fala muito rápido, ele não explica direito. Finn ia me ajudar mas ele não consegue ir hoje. Daqui a dois dias tenho um teste e se eu tirar outro F vou ser suspenso. Você pode me ajudar com isso?

- Claro, porque não? Me passa seu endereço e eu passo lá mais tarde.

- Se quiser pode vir comigo. Tem alguma aula agora?

- Não já terminei tudo. Acho que posso ir.

- Ok então vamos! - Ele fala sorrindo.

Arrumo minhas coisas e vou com Robin até ao campo de beisebol e aviso Gwen e Finney que vou ajudar ele com a matéria. Seguimos os dois o caminho para sua casa o que não demorou muito, então logo chegamos. Cumprimentei o tio dele que foi bem legal comigo e fomos em direção à sala de esatr.

- Bem-vinda à minha humilde residência. - Solto uma pequena gargalhada que o faz sorrir também.

- Obrigada. Vamos ao trabalho?

- Sim, mas antes, quer algo para beber ou comer?

- Não obrigada. - Dou um pequeno sorriso. Ele assente e se senta ao meu lado.

Começamos a estudar. Eu tentava explicar tudo calmamente para Robin entender. Aquilo estava se tornando divertido, ele é um bom companheiro. Depois de terminarmos, me despedi dele e fui em direção a minha casa.

Chegando lá, fui para o meu quarto e tomei um banho, logo vestindo uma roupa confortável e me deitando na cama. Acabei por adormecer e só acordei no dia seguinte com meu pai me chamando.

Born to Die | Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora