Sinto meu corpo ser carregado, mas não tenho forças para ver ou reparar em alguma coisa.
- Meu maldito braço. - Escuto alguém dizer. - Eu devia quebrar o seu pescoço pelo o que você fez ao meu braço sua vadia. - Sinto meu corpo ser atirado para um colchão.
Minha visão ainda está turba devido ao spray, mas consigo ver que estou em um sítio sujo que parecia um tipo de porão. Me levanto e me sento na cama ainda processando o que está acontecendo. Aperto mais meus olhos quando vejo o sequestrador se sentar na minha frente. Ele tinha uma máscara esquisita e assustadora. Levantou seu braço e começou a tocar no machucado. Eu realmente tinha feito um estrago ali.
- Credo. Está coberto de sangue. É como se eu tivesse matado alguém. Você tá vendo isso? - Eu não falei nada, tal como minha cara não expressava nada. Apenas ódio. Eu sentia ódio, mas por dentro eu estava assustada e com medo. Muito medo.
- Acho que você não pode ver merda nenhuma. - Ele fala enquanto passa a mão na frente do meu rosto. - Eu sei que você está com medo. Mas eu não vou te machucar mais. O que eu disse sobre quebrar seu pescoço...eu só estava com raiva. - Ele faz uma pausa pequena e começa a rir. - E você rasgou meu braço. Eu não vou usar isso contra você. Eu acho que agora estamos quites. - Ele começa a mexer no meu cabelo, mas eu não me movo, apenas encaro ele com raiva. - Você não precisa ter medo porque nada de ruim vai acontecer aqui. Quanto a isso eu dou a minha palavra. - Ele fala e levanta seus dois dedos como um tipo de "promessa".
- Você gosta de refrigerante? Eu vou te dizer uma coisa. Vou buscar um refrigerante para você e depois... - Ele para de falar e olha para trás como se estivesse ouvindo algo. - É o telefone? Você ouviu um telefone tocar? Eu vou ver quem é, e então depois eu volto e te explico tudo. - Ele fala e vai embora trancando a porta.
Me levanto devagar indo em direção à porta e tento abri-la mas não consigo. Minha visão está voltando ao normal então consigo enxergar melhor o quarto. Ele é relativamente grande, entro em uma divisão que estava escura ligando a luz, logo vendo uma privada toda suja e uns tapetes do lado. Volto para onde estava e vejo um telefone preto na parede. Vou em direção a ele e pego colocando no meu ouvido. Tento ligar mas não funciona. Quando olho melhor vejo que os fios dele estão cortados então desisto o colocando no sítio.
Minha cabeça não estava racicionando tudo isso. Me deitei na cama e coloquei minhas mãos no meu rosto só então me lembrando do que aconteceu com os outros meninos. Robin está morto. Se ele não estivesse morto ele não teria sequestrado outra pessoa. Foi isso que passou pela minha cabeça, e então começei a chorar. Eu não acredito que isso tava acontecendo. Ele me apanhou. E agora não tinha por onde eu escapar. Eu ia morrer.
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Gwen's pov
Depois da escola fui para casa da Suzie pois era sexta-feira. Eu ia dormir lá essa noite, ou pelo menos era o que eu pensava. A mãe de Suzie me chamou dizendo que meu irmão estava no telefone.
- Oi Finney, ta tudo bem?
- Gwen, o pai de Kim me ligou dizendo que ela não chegou em casa. Você viu ela?
- Não. Achei que ela tivesse ido com você.
- Ela me falou que ia para casa. Será que ela...- Merda. Largo o telefone e saio correndo até a casa de Kimberly. E o que eu tava pensando aconteceu. Carros da polícia estavam em frente da casa dela e os seus pais estavam conversando com os policiais desesperadamente. Vi Finn chegando e ele me abraçou. Ela foi levada. Ela e o Robin foram levados.
Quando voltei para casa rezei a Jesus para que me fizesse sonhar de novo. Talvez com os meus sonhos eu conseguisse encontrá-los. Todo mundo acha que Robin está morto. Mas Finn ainda tem esperanças de que ele está vivo, então eu vou acreditar nele.

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Born to Die | Robin Arellano
Storie d'amoreUma garota se muda para Denver e acaba conhecendo Robin e os irmãos Blake. Kimberly Stones é uma garota tímida, inteligente e medrosa, mas acaba sendo sequestrada por um assassino sádico e psicopata e é colocada em um porão à prova de som. Quando u...