Born to Die | Robin Arellano

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Vou te abraçar,
vou te beijar em meus braços,
vou te levar para longe de casa...

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Já estávamos caminhando fazia uns 30 minutos e eu já tava quase morrendo pois estava fazendo um calor infernal. Me permiti a parar um pouco e coloquei minhas mãos nos joelhos respirando fundo.

- Aí, como você é podre! Só estamos caminhando à 5 minutos. - Robin fala enquanto olha para mim.

- Vai se fuder! Fazem 30 minutos! Minhas pernas não foram feitas para isso não. E sem falar que tá um calor do caralho.

- Calma, a gente já ta quase lá.

- Afinal, aonde a gente vai? - Falo já voltando a acompanhá-lo.

- Você verá em breve.

Assim que ele diz isso, eu consigo avistar ao longe um campo com flores. Bastantes na verdade. Era um campo de tulipas, minha flor favorita. Era um campo bastante colorido, havia várias cores o que fazia o ambiente ainda mais bonito e aconchegante.

Encaro Robin e ele pega em minha mão entrelaçando nossos dedos me guiando até ao grande campo em nossa frente. Caminhamos por um estreito caminho que tinha entre as flores até chegarmos a uma pequena descida que ligava o campo florido a um pequeno lago com alguns peixes e rochas nas laterais. Aquilo parecia um quadro de tão bonito... Era tudo tão natural. Eu amava a natureza, era tão relaxante.

Nos sentamos e eu permaneci calada, encantada com aquele maravilhoso lugar. E então apenas fechei os olhos e inspirei aquele ar refrescante. O vento batia em meu rosto juntamente com o Sol quente me trazendo uma sensação de paz e calma. E só depois de longos segundos eu consegui finalmente abrir meus olhos. Encarei Robin e abri um sorriso.

- Gostou? - Ele pergunta me encarando tão profundamente que pude até sentir que ele podia ler meus pensamentos.

- Eu amei Robin, isso é simplesmente incrivel. - Falo olhando ao meu redor apreciando ainda mais a beleza daquele lugar. - Como você sabia disso? - Eu pergunto e ele suspira pesadamente encarando o chão.

- Minha mãe. Ela amava me trazer aqui quando eu era mais pequeno. Achei que você fosse gostar. - Ele fala me encarando com um pequeno sorriso.

- Ela está bem? Sua mãe... - Pergunto com algum receio de sua resposta.

- Ela e meu pai morreram há alguns anos atrás, mas eu não gosto de falar sobre isso.

- Me desculpa, eu não queria fazer você lembrar. Mas mesmo assim, você sabe que eu to aqui se quiser falar. Estarei sempre aqui para você, Robin. - Ele me encara por alguns segundos e sorri. Eu posso jurar que seus olhos brilharam.

- Ela iria amar você.

Eu sorrio e encaro seu rosto iluminado pelos raios de sol quentes. Seus cabelos balançavam com a leve brisa fresca que permanecia no ar e então eu simplesmente paralizei olhando seus lábios rosados e carnudos. Eu estava hipnotizada com sua beleza.

Robin me encarava com esse mesmo olhar hipnotizante, como se estivesse paralizado olhando algo em meu rosto. Pisquei rápido para tentar sair daquele tranze e então vi o mesmo se aproximar. O olhar dele se intercalava entre meus olhos e minha boca. Ele parou com seu rosto a centímetros do meu e pareceu pedir algum tipo de permissão com o olhar.

Meu cérebro não estava me deixando raciocíonar mais nada direito então apenas afirmei com minha cabeça e senti uma de suas mãos pousar sobre meu pescoço e a outra sobre a minha cintura. Ele acariciou minha bochecha com seu polegar me fazendo fechar os olhos com o conforto que aquilo me trasmitia. Robin apenas se aproximou mais e então senti seus lábios macios tocarem os meus. Um gigantesco misto de sensações incríveis e agradáveis se formou me fazendo sentir nas nuvens. Parece que nossos lábios se encaixaram perfeitamente! Parecia que mais nada se passava em nossa volta.