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"- Ás vezes o amor não é suficiente e a estrada fica
difícil, eu não sei porque..."

• • • • • • • • • • • • • • • •

Eles retiraram o corpo inconsciente de Robin de cima de mim e me ajudaram a levantar.

- Você tá bem? - Eu encarava um ponto fixo no chão não ouvindo absolutamente nada do que acontecia ao meu redor. Tudo ficou em silêncio por momentos e eu apenas me perdi em meus pensamentos.

Os policiais me acompanharam até à parte de fora da casa, e quando já estava fora daquele pasadelo voltei a mim e vi Finney e Gwen do outro lado da rua. Eles vieram correndo até mim e me abraçaram me fazendo retribuir. Eu precisava de um pouco de afeto nesse momento.

Do outro lado, onde antes estavam ambos os irmãos, havia um monte de carros da polícia e vários repórteres já gravando para a TV.

- Você tá bem! Eu não acredito. - Falou Gwen enquanto se soltava do abraço.

Eu não disse nada e simplesmente apertei Finney contra o meu corpo com mais força e começei a chorar. Ele retribuiu o abraço e colocou uma das mãos dele sobre meu cabelo acariciando enquanto a outra permanecia levemente sobre minhas costas fazendo carinho também.

- Vamos, você tem que comer algo. - Falou ele ainda me abraçando.

Me soltei dele e ele passou o seu braço na minha cintura enquanto eu encostei a minha cabeça no seu ombro ainda chorando. Fomos até uma ambulância e os médicos cuidaram dos meus machucados, e logo em seguida me entregaram uma garrafa de água e algo para comer.

Me alimentei, pois estava precisando, enquanto Finney e Gwen estavam sentados do meu lado. Ambos estavamos enrolados em um cobertor. Conversei um pouco com eles para tentar me distrair, até que vi meus pais chegarem e correrem até mim. Ambos me abraçaram chorando e eu retribui sentindo o calor aconchegante do corpo de ambos. Como eu sentia saudade daquilo...

Conversaram um pouco comigo mas em seguida precisaram ir falar com as autoridades e os repórteres lá presentes.

Encarei os caras retirando os corpos cobertos por um pano preto de dentro da casa. E então me levantei rapidamente voltando à casa onde estava presa antes, afim de tentar ver Robin mas fui impedida.

- ME DEIXA PASSAR! EU QUERO VER ELE!

- Você não pode entrar agora, querida. Estão trazendo o garoto para fora nesse momento, ele irá ser levado a um hospital. - Fala uma policial que estava na porta.

Travei quando vi uma maca carregando um corpo. O corpo dele. Ele continuava inconsciente e tinha uma máscara para respirar. Se apressaram a passar com ele e então eu peguei na mão dele tentando correr na mesma velocidade em que levavam a maca.

- Você vai ficar bem! Eu sei disso, porque você é forte. - Falo já com a voz travando.

- Você precisa sair agora. - Fala uma mulher me puxando enquanto levavam Robin para dentro da ambulância. Vi seu tio correndo e entrando na mesma junto com ele.

Fiquei para trás olhando a mesma ir embora e sinto uma mão em meu ombro. Vejo Gwen que em seguida me abraça enquanto eu ainda encarava o veículo se afastar rapidamente.

-  Meu nome é Chefe Walker do departamento da polícia de Denver. O longo pesadelo da nossa comunidade finalmente chegou ao fim esta noite com o resgate das crianças desaparecidas, Kimberly Stones e Robin Arellano. Mas também houve a descoberta de quatro corpos que acreditamos ser as outras crianças desaparecidas. Aqui estão os fatos do caso pelas pessoas que o solucionaram. Detetive Wright?

Born to Die | Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora