capítulo 36

2.5K 190 161
                                    

Desculpem qualquer erro.

Boa leitura!!

Sadie

Os últimos raios do sol se pondo estão entrando através das cortinas brancas. Eu paro um instante, olhando-a. Usa apenas um curto robe verde, as pernas dobradas embaixo dela. Está escrevendo em alguma coisa. Um caderno? Um diário? A menina é uma surpresa atrás da outra. Que adolescente ainda escreve em diários hoje em dia, com redes sociais? Então, me recordo da sua resposta para minha avó na noite do casamento. Ela não gosta das redes sociais. Enruga a testa e morde o bocal da caneta, parecendo concentrada. Um sorriso secreto brinca na boca carnuda e ela escreve mais algumas palavras. Só então sente a minha presença e levanta a cabeça. Eu pego ainda um vislumbre do sorriso e da expressão misteriosa, os olhos castanhos parecem duas pedras preciosas enquanto me encaram. Ela está diferente agora. Os olhos ainda são inocentes, contudo, tem certa dose de malícia pelos prazeres carnais que já experimentou em meus braços. Está desabrochando, se tornando uma mulher. Uma mulher linda, deliciosa. Deslumbrante. Há um balanço sensual em seus quadris quando se movimenta pela casa, me seduzindo com sua inocência, me viciando nela.

Como na tarde de ontem,quando eu tive que me concentrar no relatório - esse que só consegui terminar agora - e ela foi ao escritório como uma sereia sedutora para me distrair. Meu queixo caiu quando tirou a roupa na minha frente e veio sentar no meu colo. O relatório foi esquecido no mesmo instante. Não demorou muito, Millie estava completamente empalada em meu pau, cavalgando-me com abandono. Ela também está viciada no meu pau e o conhecimento disso me deixa envaidecida. Depois a comi em cima da mesa, sobre o braço da poltrona, e encerramos no carpete, perto das portas da sacada, a brisa entrando e nos envolvendo, enquanto fodíamos e gemia como loucas. O sexo com ela é algo que não consigo mensurar de tão gostoso. Depois de duas semanas pensei que estaria mais controlada, mas, não. Minha fome só tem aumentado.

E surpreendentemente a dela também. Tenho estado em cima dela quase todo o tempo e a menina não reclama em nenhum momento, porra. Me toma toda, num encaixe tão perfeito que chega a me dar raiva. Estive com muitas mulheres. Mulheres de verdade e nunca senti essa emoção estranha e avassaladora que sinto com Millie. Nos olhamos em silêncio. Há uma energia densa nos envolvendo agora, sempre que estamos no mesmo espaço. Foram duas semanas muito intensas. Devo reconhecer que há uma espécie de intimidade entre nós agora, forjada nas noites em que viramos a madrugada explorando incansavelmente o corpo uma da outra. Nos dias em que mal saímos da cama, fodendo e gozando gostoso demais. Um sorriso tremula em minha boca. Um bom estrategista sabe quando retroceder e foi isso que fiz ao lhe fazer algumas concessões. Não tenho um histórico de voltar atrás em minhas decisões. Fiz isso porque estou completamente louca por ela. Não vai me custar nada ser um pouco menos... uh, hostil.

Ela é minha. Por enquanto isso não é negociável. Millie me pertence.

- O que está escrevendo? - pergunto, minha voz estranhamente suave.

- É um diário. - suas faces ficam rosas, envergonhada. - Parece bobo, eu sei. Mas, gosto de dividir minhas emoções com ele, desde pequena.

- Não é bobo. - digo-lhe. - Um pouco antiquado, talvez.

- Você nunca teve um? - pergunta, com um brilho atrevido nos olhos castanhos.

- Sou uma mulher ocupada. - bufo presunçosamente.

Ela rola os olhos.

- Oh, claro, eu não havia reparado nisso. - diz com desdém. Calor inunda minha virilha e meu pau começa a engrossar.  - Terminou com o relatório? - me pergunta com aquele brilho de malícia que mencionei se intensificando em seus olhos. Que safadinha. Os cantos da minha boca sobem cinicamente.

A DÍVIDA - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora