Capítulo 18 - Amar era assim

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Oh, querida, todas as luzes da cidade
Nunca vão brilhar tanto quando os seus olhos
Eu trocaria todas elas por mais um minuto
Mas o carro está lá fora
E ele já me ligou duas vezes
Mas ele vai ter que esperar hoje à noite
- James Arthur -

Remus foi o primeiro a despertar naquela manhã. Os primeiros raios de sol se esgueiravam pelas frestas das cortinas de tecido grosso, iluminando pequenos pontos no quarto. Podia sentir o frio pelos seus pés descobertos, já a coberta fazia uma barreira quente e confortável para ambos os corpos deitados naquela cama. Ele se virou de lado, observando Amélia que dormia profundamente. A pele parecia ter melhorado das olheiras dadas pelos anos de escola e seus cabelos estavam bagunçados, jogados no travesseiro.

Remus levou seu polegar até uma das bochechas dela, acariciando cuidadosamente sua pele quente, mas se afastou rapidamente ao vê-la se mover. Inconscientemente, Amélia envolveu seus braços no tronco do homem, apoiando a cabeça no peito dele enquanto o mesmo a abraçava pelos ombros. Um suspiro profundo deixou os lábios dela.

- Precisamos de roupas mais quentes - a  voz rouca dela ecoou em um quase sussurro pelo quarto, fazendo Remus sorrir.

- Podemos ir ao vilarejo. Também precisamos de comida - ela concordou com um balançar de cabeça.

Rapidamente ela se desgrudou dele, se levantando e começando a abrir sua mala. Ele permaneceu deitado, observando cada movimento dela. A forma como o seu corpo se movia dentro da camisa larga e velha que pertencia a ele, e os pés que permaneciam a saltitar pelo gelado do chão. Ela vestiu suas calças, enfiando a blusa dele por dentro antes de jogar um suéter grosso por cima, mas antes de envolver seu pescoço com o cachecol vermelho, ela se virou para olhá-lo.

- Não vai levantar? Eu estou faminta e posso muito bem ir sozinha - ele sorriu. Aquele sorriso confortável e apaixonante que ele sempre dava quando estava apreciando pequenos momentos.

- Eu até iria, mas você esqueceu o principal - comentou se sentando na cama, mas ainda a olhando. As sobrancelhas de Amélia arquearam vendo o sorriso dele se alargar. - Não me deu um beijo de bom dia - a garota sorriu.

Remus a puxou rapidamente para envolver as pernas sobre o seu quadril enquanto a segurava firmemente. Ela se afastou o fitando por completo, os cabelos bagunçados e olhos sonolentos.

- Eu ainda nem escovei os dentes - ele riu encostando seu nariz contra o dela.

- Você fala como se eu ligasse para isso - e então a beijou profunda e docemente.

Ainda sem largar a intensidade das suas mãos sobre os quadris dela. Suas bocas se fundiram ainda mais, línguas dançando e se tocando lentamente. Ambos tinham consciência de que se pudessem ficariam ali para sempre, presos um no outro.

Amélia foi quem se afastou, sorrindo e tentando arrumar os cabelos deles com as mãos.

- Vamos? - ela perguntou vendo ele assentir preguiçosamente.

Não demorou muito para que ambos estivessem prontos e terminado de trancar a porta. Suas varinhas escondidas nos bolsos dos casacos eram as únicas coisas que os diferenciava de qualquer casal comum de trouxas. O vento gelado bateu contra o rosto deles fazendo Amélia esconder o nariz no cachecol fazendo um barulho engraçado ao abraçar o próprio corpo. Remus riu a puxando pelos ombros.

A caminhada até o vilarejo não durou mais do que dez minutos. Apesar de afastados, passaram por algumas casas ao longo do caminho, todas quase tão parecidas como a nova moradia deles. A rua principal era coberta por pedras ao longo de toda sua extensão, algumas lojas ainda estavam abrindo suas portas e limpando as vidraças. Crianças caminhavam com suas mochilas nas costas acompanhados de seus pais e outras pessoas acabavam de chegar em seus trabalhos.
Eles pararam diante de uma espécie de padaria, onde pães frescos eram expostos na vitrine junto de mais uma variedade de doces.

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⏰ Última atualização: Aug 25, 2022 ⏰

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