Capítulo 9 - A galinha

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Foi quase em um piscar de olhos. Em um momento Amélia e Charlie deixavam Rony e Gina na porta da comunal da Grifinória e no outro suas línguas se enrolavam arduamente. Mãos queimando a pele um do outro e o cheiro de livros velhos compondo o aroma do contato entre eles.

Vou como se tivessem voltado no tempo. Charlie joga um feitiço sobre a ala proibida da biblioteca enquanto Amélia o puxava pela gola do casaco. O garoto de cabelos vermelhos sentia sua pele arrepiando a cada peça de roupa sendo retirada de seu corpo. Seu casaco já se encontrava no chão enquanto os dedos ágeis da garota abriam cada um dos botões de sua camisa. Os lábios de Amélia desceram pelo peitoral dele, traçando com a língua um caminho sobre sua barriga até chegar a barra da calça. Um suspiro forte deixou os lábios dele, mas ele apenas a puxou para cima enquanto puxava o suéter grosso dela do corpo.

O garoto admirou por um momento o corpo dela, que assim como o seu estava tão diferente desde a última vez em que estiveram juntos. Sua cintura mais fina e os quadris pareciam cada vez mais marcados formando uma curva que ele poderia deslizar os dedos por horas sem se cansar. Os olhos dela acenderam em um azul quase mágico pela luz que entrava da janela da biblioteca. Aquela era a única iluminação presente no local, mas era boa o bastante para enxergarem um ao outro com nitidez.

As mãos grandes de Charlie tocaram a cintura dela enquanto a puxava para perto de si. Seu rosto adentrando o pescoço dela deixando sua respiração quente arrepiar seus pelos de forma instantânea. As mãos dela se espalharam pelas costas dele enquanto o mesmo colava seu corpo no seu ainda mais. As costas dela se colaram contra as prateleiras de livros velhos, fazendo a soltar um grunhido com o contato de suas intimidades. Charlie afastou as pernas dela com os pés pressionando ainda mais sua ereção contra a intimidade molhada de Amélia.

A respiração ofegante da garota fez com que algo acendesse no rapaz.
Ela o puxou pelos cabelos, colando seus lábios violentamente. Suas línguas se tocavam e ambos podiam sentir seus lábios sendo presos pelos dentes um do outro. Era quase como uma reação única deles, podiam não ser tão bons em um relacionamento, mas quando o assunto era sexo pareciam saber exatamente o que o outro estava pensando.

- Se lembra... da primeira vez que estivemos aqui? - ofegou perto da orelha dela deixando uma mordida na pele de seu pescoço. - Filch apareceu bem na maldita hora. Se lembra do que você fez? - perguntou e Amélia engasgou levando os dedos até o botão da calça dele, a abrindo com certo desespero.

- Fiquei quieta até ele ir embora - sussurrou quase inaudível e Charlie afundou o nariz na bochecha dela inalando o cheiro do seu perfume profundamente.

Charlie abriu o botão da calça dela enquanto se afastava apenas para puxar para baixo. Amélia puxou o resto da peça com os próprios pés e juntos com os sapatos para fora de seu corpo e ele segurou seu maxilar firmemente fazendo ela olhar diretamente nos olhos dele. As pupilas tão dilatadas como as dela quase fazendo o tom esverdeado sumir.

- Você ficou calada enquanto eu te fodia com tanta força nessas prateleiras que você se segurava para não gritar - um gemido baixo deixou os lábios dela enquanto ele a erguia no ar e a colava sobre as prateleiras.

Seus lábios se tocaram brevemente enquanto o garoto deixava sua calça deslizar pelas pernas e puxava sua cueca para baixo. As pernas dela envolvidas em sua cintura enquanto ele a segurava com uma das mãos e com a outra puxava a calcinha dela para o lado. Amélia arfou quando sentiu os dedos dele entre suas dobras, mas seus olhos se acenderam.

Seus pelos se arrepiaram e ela conseguiu sentir nitidamente o cheiro invadindo seus pulmões. O cheiro de colônia masculina misturada com o chocolate ao leite era inconfundível, ele estava ali. Uma onda de poder tomou conta de sua coluna, queimando cada uma de suas vértebras. Uma sensação incontrolável de destruição adentrando suas veias e a fazendo fechar os olhos com força. Seus olhos se acenderam em uma coloração esbranquiçada que assim como sua mente pareciam poder ver as formas passando por dentro das paredes até chegarem ao corredor principal. Conversas baixas e risadas vindo da comunal da Corvinal. Sentia o cheiro da raiva percorrendo o corpo de Remus, escorrendo por seus poros. Seu batimento acelerado e o jeito em que seus músculos ficavam tensos.

Dear Professor - Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora