Capítulo 13 - Não estou culpando você

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Kara Marie Danvers  |  Point of View






Levantei, contrariei todas as expectativas, inclusive as minhas, e cambaleando procurei algo que pudesse me ajudar, mas nada me pareceu útil. Então o agarrei com o braço menos dolorido pelo pescoço e apertei ele contra meu corpo. Monel conseguiu me derrubar, mas não diminui o aperto ao torno de seu pescoço e ele batia no meu braço, tentava me atingir de alguma forma.

— Essa é a regra número um da cadeia, não vire as costas para seu inimigo. Melhor prestar atenção porque vai precisar aprender rápido antes de ir para lá.

O soltei quando parou de se movimentar e peguei a arma, e as chaves em seu bolso e caminhei até Alex, cortei as amarras dela e ela me abraçou forte, mas eu a empurrei.

Ligue para a polícia, ele vai acordar logo. – Falei sem conseguir ver o seu rosto por conta da minha tontura.

Ela correu para o sofá e pegou um celular ali.

Com a maior dificuldade de me mover amarrei Monel na cadeira que antes estava Alex e sentei na poltrona perto da porta.

— Você está bem?

Não consegui responder, ficamos em silêncio por um tempo e a polícia já estava arrombando a porta e o oficial assim que me viu caminhou na minha direção.

— Danvers! Sabia que nos veríamos de novo. – Ele já disse me puxando e eu fiquei meio aérea, sem entender muito bem o que falavam. Soltaram o Monel e sentiram o pulso dele, chamando a ambulância na sequência.

— Ei! Ela não fez nada, quem fez foi ele. – Alex gritou.

— Ele me parece pior que ela. A senhorita deve estar confusa.

— Eu estava aqui o tempo todo. – Alex tentava soltar a mão dele do meu braço, mas ele parecia determinado.

— Ela está ameaçando a senhorita? Não precisa ficar com medo, trancafiada ela não poderá te fazer mal.

— Minha irmã acabou de salvar minha vida e se continuar com isso vamos resolver judicialmente.

— Tem como provar que ela é inocente? O rapaz está inconsciente e amarrado em uma cadeira, a senhora não tem passagem, mas a veneninho aqui tem! – Ele fez um gesto estranho e dava para notar a ironia na voz dele. Veneninho? Essa é bem autêntica.

Porra! Provas... não tenho provas. Estou ferrada. Retiraram ele da cadeira e eu fechei meus olhos.

— Bom... eu tenho toda nossa conversa gravada aqui. – Olhei para ela. — Pensei que ia me falar algo comprometedor, mas quando chegamos e você divagou sobre sermos melhores sem... – Ela olhou para ele. — Aquela frase sabe? Aí eu comecei gravar. Que sorte a nossa. – Ela me puxou para perto e os enfermeiros chegaram para examinar Monel. — Ela precisa de atendimento médico também.

— As duas para delegacia para esclarecer isso direitinho.

Foi horrível passar por tudo aquilo de novo. Entrar naquele carro e sair com a sirene ligada, enquanto toda a quadra assistia.



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Alex me tinha contra seu corpo, ela tentava responder todas as perguntas que nos faziam, mas o delegado estava focado em mim.

— Não estou me sentindo bem...

— Precisa ser mais clara, Kara.

— Lógico que não está bem, estamos presas aqui a horas e você também não faz nada para ajudar. – Ela disse irritada com o advogado dela.

Veneno - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora