🌟 A D A P T A Ç Ã O 🌟
Fui presa aos 14 anos e aprendi a me virar como pude enquanto passava pelo inferno. Agora com 27 anos e com minha liberdade muito próxima, vou contar com a ajuda dos meus leais amigos para me reintegrar à sociedade.
Querem sa...
Levantei após não conseguir dormir e caminhei até a areia, o céu sobre minha cabeça era estrelado, fiquei pensando, estava ligada demais para conseguir fechar os olhos.
— Caralho! Um filho. – Olhei para o lado e Cacau estava ali. — Que loucura. – Me ajoelhei na areia para acariciar ela.
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Ficamos ali por um bom tempo, depois voltamos para casa e a coloquei na cama para dormir conosco.
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Estava preparando o café, Lena ainda estava dormindo, compensando o tempo perdido de sono. Minha mulher trabalha demais.
Sentei no sofá e deixei no canal de esportes, quando percebi ela estava escorada no corrimão da escada me encarando.
— Bom dia. – Falei para ela que caminhou até ali, sentando no meu colo de frente para mim.
— Kah… não quero que as coisas fiquem estranhas. – Acariciei o rosto dela e selei nossos lábios.
— Eu posso ter falado aquelas coisas, mas a situação era diferente, nada vai mudar, você está agindo como se fosse culpada de algo. Acho que minha contribuição foi grande para isso, mas não tem culpado, só vamos ter um filho e eu espero me sair bem como mãe.
— Você vai. Eu tenho certeza disto. Novamente eu duvidei dos meus instintos e quase faço besteira, fico cega, bloqueio tudo ao meu redor.
— Tudo bem, depois que você dormiu eu coloquei as ideias no lugar, não posso ter medo, é um presente incrível. – Ela sorriu e colou a testa na minha.
— Você é incrível.
— Você já pensou em um nome para ele?
— Não, pensar em como te contar ocupou muito do meu tempo.
— Acha que ele vai se parecer comigo?
— Você quer isso?
— Não sei. Precisamos arrumar o quarto dele. Eu conheço uma pessoa bem criativa para isto.
— Conhece?
— Sim. E ela é bem sexy, talvez eu peça mais que um quarto a ela.
— Espero mesmo que esteja falando de mim. – Soltei uma risada e selei nossos lábios.
— Estou muito feliz, Lena.
— Eu também, Kah.
Ficamos em silêncio por um tempo, ela acariciava meu pescoço e eu a cintura dela, paramos só quando me lembrei do café que havia preparado para nós.
Estava tão bom ficar por ali que quando o domingo chegou fiquei um pouco triste, a rotina com a ausência de Lena não me deixa muito confortável, ainda mais depois dos dias como os que vivemos.
