Capítulo 29 - Depressão

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Kara Marie Danvers  |  Point of View





Após Lena sair com os amigos, não me restou muito o que fazer, fiquei organizando umas planilhas do trabalho e acabei muito surpresa com os resultados, estava tudo indo melhor do que imaginei para um ramo pouco lucrativo. Já havia recuperado meu investimento e um caixa conseguia sustentar as despesas.

O telefone tocou e Alex estava no interfone pedindo para entrar. Hoje ela encontraria o Jeremiah na prisão e não quis que eu fosse com ela, disse que não queria me envolver nisso e concordei com ela, pois ela tem mesmo que tomar partido das decisões dela e não ter medo.

Abri o portão e caminhei até a porta, ela me abraçou apertado e depois ficou tocando meu rosto.

— Você está bem?

— Sim, Alex. E você? O que aconteceu por lá? – Segurei a mão dela e fomos para a sala. — Quer beber alguma coisa?

— Sim, algo bem forte de preferência. – Fui ao bar e peguei um uísque. fui colocar gelo no copo. — Não precisa de gelo. – Assenti servindo dois copos e caminhando até o sofá, me sentando ao lado dela. — Esse é ótimo.

— Lionel é quem cuida do bar para nós, ele entende de bebidas, mas o que aconteceu?

— Ele não fez o que você falou, Jeremiah só pediu perdão e disse que não vai durar muito tempo por lá.

— Isso é novo.

— Sim, Monel e ele estão muito machucados, magros e bem pálidos. Nem parecem as mesmas pessoas.

— Você tem que aprender a se defender e comer bem rápido. Se não isso acontece mesmo. Passei muita fone lá, até aprender isso.

— Ele disse que consegue aguentar por mais uns dias e que precisa mesmo falar com você. Pedir perdão e se precisar, ele se ajoelha e implora.

— Ele está com o psicológico abalado. É rápido para querer desistir da vida lá dentro.

— Você apanhou muito?

— Muito. Eu ia para a enfermaria todas as semanas, mas depois eu aprendi a lutar, comecei a malhar e consegui me defender melhor. Após uns anos as pessoas esquecem de você conforme vão entrando pessoas novas. – Ela assentiu. — Como você está com tudo isso?

— É uma carga emocional muito grande, mas não tem como perdoar ele por tudo.

— Se ele está neste desespero, quem tem que se perdoar é ele mesmo. A culpa corrói, Alex. Eu tinha uma vantagem lá dentro e era essa, eu não tinha do que me arrepender ou qualquer remorso para não me deixar dormir a noite.

— Eu chorei muito depois que saí de lá. Me senti um monstro por ter ido visitar ele e por não ter te dado nenhuma chance para me explicar.

— Está tudo bem, Alex. Vamos pensar daqui para frente e eu não ia me defender para você, talvez fosse pior. Não precisamos voltar a isso.

— Não precisamos porque você é uma pessoa maravilhosa, se fosse com outra…

— Esse encontro não te fez bem mesmo, precisa de alguma coisa? Chamar a Maggie?

— Não, eu estou bem. – Fui até o quintal e chamei Cacau para fazer companhia a ela. Elas brincaram um pouco e depois de um tempo, Cacau dormiu no colo dela.

Pedimos o jantar... japonês já que Lena não jantaria em casa e depois assistimos a um filme.




Lena Luthor  |  Point of View




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