Capítulo 24 - Filhos

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Kara Marie Danvers  |  Point of View





Barry está jogado na minha cama enquanto eu me visto para corrermos, pois segundo ele, estou ficando com uma pancinha bem saliente.

— Sua bunda está maior, é como se só crescesse a bunda e a barriga.

— Primeiro eu estou com pancinha, agora é a bunda… tem mais algum defeito meu que queira compartilhar comigo?

— Você é perfeita, Kara. Estou só comentando que sua bunda parece maior e isso não é um defeito. Só quero caminhar para termos mais um tempinho juntos e prevenir você de alguma coisa no futuro. Por pancinha olha aqui? estou totalmente fora de forma, é mais por mim.

— Você está ótimo.

— Não estou. – Ele levantou quando coloquei o celular no bolso do abrigo. — Estou igualzinho ao meu pai, capaz de até ficar careca...

— É muito trabalho, tem que dar diminuída no ritmo.

— Eu estou diminuindo, mas mesmo assim, a empresa dá muito trabalho. Como ficou a sua?

— Alex assumiu, mas fez negócio com a empresa concorrente e vendeu por um bom dinheiro. Investiu no abrigo no dela e abriu outro abrigo para cães.

— Não quis sua parte?

— Não. Lena queria que eu aceitasse, mas não acho que seja o correto. E nem Alex quis de fato o dinheiro, o que sobrou ela doou entre orfanatos e asilos.

— Muito nobre da parte dela.

— Ela não está cem por cento ainda. – Nesta altura já estávamos no parque, fazendo nossa corrida. — Está frequentando um psicólogo.

— Alex era muito no escuro, ela não é atenta ao redor dela e isso foi muito culpa do seu tio. Sempre protegeu ela de tudo, ela nem sonha como é o mundo aqui fora. Agora ela está aprendendo da pior forma possível.

— Ela não tem culpa, sei lá. É complicado falar, pois eu sou suspeita, mas olha o que o cara fez.

— Sim, não é bom nem lembrar. Você está lidando bem com tudo isso?

— Barry, você mais que ninguém sabe que eu esperava só isso daquele homem, só que ele é safo né, isso me incomoda ainda, vai arrumar amizades por lá e vai ficar na boa.

— Não vai mesmo, eu vou mover o mundo, nem que eu tenha que subornar o secretário de segurança, mas ele vai pagar. Vai ser julgado, condenado e vai pagar por cada sofrimento que ele te fez passar. Não se mexe com os Allen.

— Vem cá me dar um abraço, seu chato. – Ele sorriu e paramos a caminhada para um abraço, eu amava demais aquele barba suja. — Eu amo você, fico tão grata por ter você na minha vida.

— Sempre vai poder contar comigo e eu falava sério quando disse que quem fez isso com você ia pagar caro.

— Não fique se estressando com isso, não quero que coloque a culpa da sua calvície em mim. – Ele gargalhou me empurrando após a frase.

— Essa responsabilidade é toda do meu pai, não se preocupe com isso. Agora vamos correr, Lena comprou uma loira com abdômen e coxas definidas das pedaladas do trabalho, não quero devoluções.

— Pegou pesado agora.

— Brincadeira.

— Eu estava pensando sobre abrir uma loja de bicicletas. Sei lá, não tem muitas por aqui e agora as pessoas estão mais preocupadas com o meio ambiente, eu poderia chamar um cara... um que desenhasse uns modelos especiais também, fazer uma loja oficina e tudo mais.

Veneno - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora