Capítulo 15 - Paixão

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Kara Marie Danvers  |  Point of View




Nem entramos direito no quarto e Lena pulou no meu colo, me fazendo largar nossas mochilas no chão e empurrar a porta com o pé. Nem consegui visualizar o quarto, mas aproveitei um intervalo no nosso beijo que aconteceu para ela beijar meu pescoço e vi uma espécie de sofá na varanda e fui até lá me sentar.

Ela tirou minha jaqueta e me escorei na guarda a deixando praticamente deitada sobre mim.

Lena selou nossos lábios, deixou uma mordida em meu queixo e desceu a língua pelo meu pescoço, sugando um ponto específico e meu corpo vibrou quando ela o fez.

— Isso é tão gostoso… – Eu disse e ela me encarou, deslizando o dedo por meu rosto.

— E olha que eu nem chupei o que realmente eu quero chupar. – Eu gargalhei e coloquei minhas mãos contra a cintura dela.

— Só você mesmo, Lena. Só eu sei o quanto você me faz bem. – Ela sorriu e selou nossos lábios.

— Faço?

— Claro. Não tem um diálogo nosso que não termine em alguma risada ou em algum aula foda sua sobre assuntos que eu não entendo tanto. Não entendo o que alguém tão incrível viu em mim.

— Eu vi alguém tão incrível quanto eu, Alguém que por conta do bom coração que tem se sacrificou muito pelos outros. Uma loira sexy pra caralho, eu seria uma imbecil se te deixasse escapar. – Neguei e acariciei o rosto dela. Ficamos nos encarando por um tempo e de repente não estávamos mais sorrindo. — Já se apaixonou alguma vez, Kah?

— Não. Caitlin, Barry e eu éramos muito nerds, ficávamos em uma bolha nossa e nunca nem falamos sobre namoro.

— E lá dentro?

— Pior ainda. Sei lá, depois daquilo eu só consegui me questionar sobre tudo. Eu me sentia muito culpada por conseguir ficar de pau duro por conta daquelas mulheres cruéis. Elas ficavam falando tantas coisas e eu me questionava sobre tudo.

— Isso é mecânico, Kah. Você não teve culpa de nada.

— Agora eu sei. – Coloquei uma mecha do cabelo dela atrás da sua orelha e ela sorriu. — A pergunta tem algum motivo?

— Vai saber quanto estiver apaixonada?

— Vou. – Eu já estava apaixonada por ela, isso era fato e eu não entendia o motivo de não conseguir falar com ela sobre isso. — E você?

— Já. Me enrolei em alguma arapucas por essa vida, mas nada que tenha deixado grandes danos. – Ela escorou a cabeça contra meu peito. — Mas você quer ficar aqui só por conta da privacidade mesmo?

— Não. Hoje era da visita da minha irmã. – Ela se afastou rapidamente para me encarar.

— Algum problema?

— Eu não estou muito acostumada com isso de família, muita informação e a Alex quer recuperar todos esses anos em poucas horas, fica difícil para mim. Nem quero saber de como os Danvers seguiram a vida sem mim. Eu lutei tanto pela Alex e nem me liguei que ela não é mais aquela garotinha, ela não é mais minha melhor amiga e eu não a reconheço como antes.

— Já tentou se abrir com ela?

— Estou esperando essa fase passar, é muita informação.

— Sim, é um momento conturbado para você, mas o pior já passou. É só esses resultados saírem e você vai poder se
concentrar em se reconectar com ela. Alex tem uma energia bacana.

— Eu não disse que ela é ruim, só não é o momento.

— Eu entendi, Kah. – Ela se inclinou para selar nossos lábios, depois desceu a mão até o botão da minha calça e ficou passando o dedo por ali. — Está feliz?

Veneno - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora