Capítulo 03 - Aproveitar o tempo perdido sem a devida orientação

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Kara Marie Danvers  |  Point of View





Após duas semanas pedalando como uma louca pela cidade atrás de emprego, senti na pele todos os nãos e julgamentos possíveis.

Minhas pernas doíam, mas nada perto da decepção de não conseguir nada, eu cumpri minha pena, tenho ficha de bom comportamento e mesmo assim, não servi nem para limpar banheiros.

— Não fique assim, nós vamos conseguir algo.

— Não mesmo. Vocês tinham que ver o jeito que eles me olhavam quando eu falava meu nome.

— Eu processo todos se você quiser.

— Não. Isso era previsto. – O telefone tocou e Caitlin foi atender.

— Alô... sim, ela mora aqui, vou chama-la. – Ela estendeu o telefone. — É para você.

— Oi.

— Olá, você deixou esse número porque quer um emprego. Meu funcionário disse que você tem uma bicicleta.

— Tenho sim.

— Você pode usar ela para fazer nossas entregas?

— Claro... nossa... está me dando o emprego.

— Vamos conversar amanhã. Qual é seu nome?

— Kara.

— Kara de quê, minha filha? Vou fazer sua ficha. – Fechei meus olhos com força, seria mais uma decepção.

— Danvers. – Soltei e suspirei pesado após isso.

— Kara Danvers... – Ele ficou em silêncio e uma voz feminina começou a falar ao fundo. — Não era esse nome... – Ele respondeu a mulher e mais um tempo com ela falando. — Kara, você é a menina que foi presa?

— Sou, mas já cumpri minha pena e estou me reintegrando. Eu vou me esforçar.

— Eu queria te dar o emprego, mas você vai lidar com comida, não estou julgando você, mas meus clientes vão. Me desculpe mesmo, sei que é muito ruim ter esperança e tirarem, mas eu não fazia ideia...

— Tudo bem, obrigado de qualquer forma.

Encerrei a ligação e neguei. Sentei entre eles e um abraço foi fechado.

— Vou ter que te pedir mais uma vez, Barry.

— O emprego é seu, começa amanhã e leve a bicicleta.

— Muito obrigado. – Falei me sentindo constrangida.

— Fique feliz, Kara. Meu pai precisa de alguém mesmo e eu já tinha conversado sobre você com ele. Não tem nada de ruim em trabalhar com amigos.

— Só queria me sentir menos inútil.

— Você não é inútil, você é nosso bebê e vamos cuidar de você sempre. – Caitlin falou me abraçando e ficou me fazendo carinho.

— Isso mesmo. – Ele levantou. — O que vamos jantar hoje? Italiana?

— Ótima pedida.

— Perfeito.

Jantamos e depois acabei indo deitar, estava cansada e muito frustrada com os rumos da minha vida.




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Cheguei junto com Barry na empresa e fui até a sala do pai dele. Ele me abraçou e depois beijou o filho.

— Como você está, Kara? Tudo bem?

Veneno - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora