Kara Marie Danvers | Point of View
Após duas semanas pedalando como uma louca pela cidade atrás de emprego, senti na pele todos os nãos e julgamentos possíveis.
Minhas pernas doíam, mas nada perto da decepção de não conseguir nada, eu cumpri minha pena, tenho ficha de bom comportamento e mesmo assim, não servi nem para limpar banheiros.
— Não fique assim, nós vamos conseguir algo.
— Não mesmo. Vocês tinham que ver o jeito que eles me olhavam quando eu falava meu nome.
— Eu processo todos se você quiser.
— Não. Isso era previsto. – O telefone tocou e Caitlin foi atender.
— Alô... sim, ela mora aqui, vou chama-la. – Ela estendeu o telefone. — É para você.
— Oi.
— Olá, você deixou esse número porque quer um emprego. Meu funcionário disse que você tem uma bicicleta.
— Tenho sim.
— Você pode usar ela para fazer nossas entregas?
— Claro... nossa... está me dando o emprego.
— Vamos conversar amanhã. Qual é seu nome?
— Kara.
— Kara de quê, minha filha? Vou fazer sua ficha. – Fechei meus olhos com força, seria mais uma decepção.
— Danvers. – Soltei e suspirei pesado após isso.
— Kara Danvers... – Ele ficou em silêncio e uma voz feminina começou a falar ao fundo. — Não era esse nome... – Ele respondeu a mulher e mais um tempo com ela falando. — Kara, você é a menina que foi presa?
— Sou, mas já cumpri minha pena e estou me reintegrando. Eu vou me esforçar.
— Eu queria te dar o emprego, mas você vai lidar com comida, não estou julgando você, mas meus clientes vão. Me desculpe mesmo, sei que é muito ruim ter esperança e tirarem, mas eu não fazia ideia...
— Tudo bem, obrigado de qualquer forma.
Encerrei a ligação e neguei. Sentei entre eles e um abraço foi fechado.
— Vou ter que te pedir mais uma vez, Barry.
— O emprego é seu, começa amanhã e leve a bicicleta.
— Muito obrigado. – Falei me sentindo constrangida.
— Fique feliz, Kara. Meu pai precisa de alguém mesmo e eu já tinha conversado sobre você com ele. Não tem nada de ruim em trabalhar com amigos.
— Só queria me sentir menos inútil.
— Você não é inútil, você é nosso bebê e vamos cuidar de você sempre. – Caitlin falou me abraçando e ficou me fazendo carinho.
— Isso mesmo. – Ele levantou. — O que vamos jantar hoje? Italiana?
— Ótima pedida.
— Perfeito.
Jantamos e depois acabei indo deitar, estava cansada e muito frustrada com os rumos da minha vida.
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Cheguei junto com Barry na empresa e fui até a sala do pai dele. Ele me abraçou e depois beijou o filho.
— Como você está, Kara? Tudo bem?
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Veneno - Karlena
Fanfic🌟 A D A P T A Ç Ã O 🌟 Fui presa aos 14 anos e aprendi a me virar como pude enquanto passava pelo inferno. Agora com 27 anos e com minha liberdade muito próxima, vou contar com a ajuda dos meus leais amigos para me reintegrar à sociedade. Querem sa...